Blog do Leão Pelado



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Colaboradores:

A. João Soares, Aruangua, J. Rodrigues, Sapiens, Mentiroso



O Nazismo Ressuscitado em Portugal


PORTUGAL - O "nacional socialismo" do Primeiro-Ministro, José Sócrates...


O actual Governo Socialista, do Primeiro-Ministro, José Sócrates, é a tentativa visível e crescente de tomar conta, orientar e vigiar. Quer saber tudo sobre todos. Quer controlar.
...É, enfim, a institucionalização, em Portugal, do "Nacional Socialismo"...
(António Barreto)
Por Paulo M. A. Martins


Os Portugueses, particularmente os que se encontram na diáspora, acompanham com a mais viva apreensão e preocupação as políticas desenvolvidas pelo actual governo socialista, do Primeiro-Ministro, José Sócrates, não só em Portugal, como ao nível das Comunidades Portuguesas espalhadas pelo Mundo.

O actual governo tem vindo a manifestar a mais viva e negativa aptidão para conduzir os problemas de Portugal e, sobretudo, os que afectam directamente os Portugueses, a que importa pôr travão.

Nem sempre esses problemas são bem entendidos, dada a "máquina de informação" que persiste em manter os portugueses o mais distante possível das questões do País, bem como intensifica a desinformação que é desenvolvida a todos os níveis.

Portugal e os Portugueses estão aterrorizados com o que se está a passar, desde os grandes negócios que perfilam com o novo Aeroporto Internacional de Lisboa, o silenciamento dos jornalistas, cujo estatuto profissional, agora, aprovado pela Assembleia da República, constitui a maior ofensiva contra o direito de informar e ser informado, a vergonha e o miserabilismo com o que se está a passar na Saúde, na Educação, na Justiça, etc, tudo isto, perante a passividade do Presidente da República, Professor Aníbal Cavaco Silva.

Portugal, ao assumir o exercício da Presidência da União Europeia, nos próximos seis meses, vai ficar suspenso e entregue à sua sorte, tudo isto porque, internamente, é imperativa a manutenção de uma imagem de estabilidade política, quando, efectivamente, é o próprio governo que, através das suas medidas "diabolizantes", que nem lembram ao diabo, tem vindo a provocar toda a desestabilização social e não só...

Entretanto, eis que surge a público, o oportuníssimo, lúcido, inteligente e frontal, artigo subscrito pelo Dr. António Barreto, ex-Ministro da Agricultura do Partido Socialista e ilustre Sociólogo, sob o título "OPA sobre o país", hoje, publicado no jornal "Público", que nos ajuda e convida a uma reflexão bem mais profunda, e que, com a devida vénia, passo a transcrever.

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OPA Sobre o País

Por Dr. António Barreto (*)


"É a tentativa visível e crescente de o Governo tomar conta, orientar e vigiar. Quer saber tudo sobre todos. Quer controlar.

Não. Não se trata do lançamento de mais uma OPA sobre empresa ou clube desportivo. É, simplesmente, a tentativa visível e crescente de o Governo tomar conta, orientar e vigiar. Quer saber tudo sobre todos. Quer controlar.

Quando o Governo de Sócrates iniciou as suas funções, percebeu-se imediatamente que a afirmação da autoridade política era uma preocupação prioritária. Depois de anos de hesitação, de adiamentos e de muita demagogia, o novo primeiro-ministro parecia disposto a mudar os hábitos locais. Devo dizer que a intenção não era desagradável. Merecia consideração. A democracia portuguesa necessita de autoridade, sem a qual está condenada. Lentamente, o esforço foi ganhando contornos. Mas, gradualmente também, foi-se percebendo que essa afirmação de autoridade recorria a métodos que muito deixavam a desejar. Sócrates irrita-se facilmente, não gosta de ser contrariado. Ninguém gosta, pois claro, mas há quem não se importe e ache mesmo que seja inevitável. O primeiro-ministro importa-se e pensa que tal pode ser evitado. Quanto mais não seja colocando as pessoas em situação de fragilidade, de receio ou de ameaça.

Vale a pena recordar, sumariamente, alguns dos instrumentos utilizados. A lei das chefias da Administração Pública, ditas de "confiança política" e cujos mandatos cessam com novas eleições, foi um gesto fundador. O bilhete de identidade "quase único" foi um sinal revelador. O Governo queria construir, paulatinamente, os mecanismos de controlo e informação. E quis significar à opinião que, nesse propósito, não brincava. A criação de um órgão de coordenação de todas as polícias parecia ser uma medida meramente técnica, mas percebeu-se que não era só isso. A colocação de tal organismo sob a tutela directa do primeiro-ministro veio esclarecer dúvidas. A revisão e reforma do estatuto do jornalista e da Entidade Reguladora para a Comunicação confirmaram um espírito. A exposição pública dos nomes de alguns devedores fiscais inscrevia-se nesta linha de conduta. Os apelos à delação de funcionários ultrapassaram as fronteiras da decência. O processo disciplinar instaurado contra um professor que terá "desabafado" ou "insultado" o primeiro-ministro mostrou intranquilidade e crispação, o que não é particularmente grave, mas é sobretudo um aviso e, talvez, o primeiro de uma série cujo âmbito se desconhece ainda. A criação, anunciada esta semana, de um ficheiro dos funcionários públicos com cruzamento de todas as informações relativas a esses cidadãos, incluindo pormenores da vida privada dos próprios e dos seus filhos, agrava e concretiza um plano inadmissível de ingerência do Estado na vida dos cidadãos. Finalmente, o processo que Sócrates intentou agora contra um "bloguista" que, há anos, iniciou o episódio dos "diplomas" universitários do primeiro-ministro é mais um passo numa construção que ainda não tem nome.

Não se trata de imperícia. Se fosse, já o rumo teria sido corrigido. Não são ventos de loucura. Se fossem, teriam sido como tal denunciados. Nem são caprichos. É uma intenção, é uma estratégia, é um plano minuciosamente preparado e meticulosamente posto em prática. Passo a passo. Com ordem de prioridades. Primeiro os instrumentos, depois as leis, a seguir as medidas práticas, finalmente os gestos. E toda a vida pública será abrangida. Não serão apenas a liberdade individual, os direitos e garantias dos cidadãos ou a liberdade de expressão que são atingidos. Serão também as políticas de toda a espécie, as financeiras e as de investimento, como as da saúde, da educação, administrativas e todas as outras. O que se passou com a Ota é bem significativo. Só o Presidente da República e as sondagens de opinião puseram termo, provisoriamente, note-se, a uma teimosia que se transformara numa pura irracionalidade. No país, já nem se discutem os méritos da questão em termos técnicos, sociais e económicos. O mesmo está em vias de acontecer com o TGV. E não se pense que o Governo não sabe explicar ou que mostra deficiências na sua política de comunicação. Não. O Governo, pelo contrário, sabe muito bem comunicar. Sabe falar com quem o ouve, gosta de informar quem o acata. Aprecia a companhia dos seus seguidores, do banqueiro de Estado e dos patrícios das empresas participadas. Só explica o que quer. Não explica o que não quer. E só informa sobre o que lhe convém, quando convém.

É verdade que o clima se agravou com o tempo. Nem tudo estava assim há dois anos. A aura de determinação cobria as deficiências de temperamento e as intenções de carácter. Mas dois conjuntos de factos precipitaram tudo. O caso dos diplomas e da Universidade Independente, a exibir uma extraordinária falta de maturidade. E o novo aeroporto de Lisboa, cujo atamancado processo de decisão e de informação deixou perplexo meio país. A posição angélica e imperial do primeiro-ministro determinado e firme abriu brechas. Seguiu-se o desassossego, para o qual temos agora uma moratória, não precisamente a concedida aos estudos do aeroporto, mas a indispensável ao exercício da presidência da União Europeia.

De qualquer modo, nada, nem sequer este plano de tutela dos direitos e da informação, justifica que quase todos os jornais, de referência ou não, dêem a notícia de que "o professor de Sócrates" foi pronunciado ou arguido ou acusado de corrupção ou do que quer que seja. Em título, em manchete ou em primeira página, foi esta a regra seguida pela maior parte da imprensa! Quando as redacções dos jornais não resistem à demagogia velhaca e sensacionalista, quase dão razão a quem pretende colocá-las sob tutela..."



(*) Sociólogo e ex-Ministro da Agricultura do Partido Socialista


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Posto isto, cabe a cada um de nós, individual e colectivamente, reflectir com seriedade, transparência e isenção, independentemente da nossa opção ideológica individual, sobre o que foram os últimos dois anos do Governo do Primeiro-Ministro, José Sócrates, atentos os nossos objectivos como País e, sobretudo, como cidadãos.

Portugal caminha por um rumo errado e, sobretudo, contrário aos interesses dos Portugueses.

Portugal não pode mais continuar a ser "laboratório de experiências" de políticas erradas e contrárias aos interesses nacionais.

Portugal e os Portugueses não podem mais continuar a ser postergados e adiados por interesses contrários à sua Independência Nacional.

Portugal não pode continuar a ser "traido" por um Primeiro-Ministro e um Governo que, na Campanha Eleitoral prometeram "Socialismo em Liberdade" e, agora, impõe-nos o "Nacional Socialismo"...

De uma vez por todas, tomemos consciência de que Portugal precisa de outros políticos e governantes, porque estes, que estão aí, já deram provas de que estão, deliberadamente, a empurrá-lo para um precipício do qual não tem retorno.

Portugal e os Portugueses querem governantes e políticos que os conduza e governe com o mínimo de DIGNIDADE, COMPETÊNCIA, SABER E HONESTIDADE.

PORTUGAL E OS PORTUGUESES recusam-se a avançar com "coveiros" e "vendilhões do templo", que lhes postergam e vilipendiam os mais elementares DIREITOS DE CIDADANIA.

PORTUGAL E OS PORTUGUESES VENCERÃO!

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Paulo M. A. Martins
Jornalista Luso-Brasileiro
Fortaleza (CE)
Brasil

Email:: paulomartins58_19@hotmail.com


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Republicam-se dois artigos anteriores.

Mais um do António Barreto
e outro do Eduardo Prado Coelho

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Sócrates o Ditador

por António Barreto


A saída de António Costa para a Câmara de Lisboa pode ser interpretada de muitas maneiras. Mas se as intenções podem ser interessantes, os resultados é que contam.

Entre estes, está o facto de o candidato à autarquia se ter afastado do governo e do partido, o que deixa Sócrates praticamente sozinho à frente de um e de outro. Único senhor a bordo tem um mestre e uma inspiração. Com Guterres, o primeiro-ministro aprendeu a ambição pessoal, mas, contra ele, percebeu que a indecisão pode ser fatal.

A ponto de, com zelo, se exceder: prefere decidir mal, mas rapidamente, do que adiar para estudar. Em Cavaco, colheu o desdém pelo seu partido. Com os dois e com a sua própria intuição autoritária, compreendeu que se pode governar sem políticos.

Onde estão os políticos socialistas? Aqueles que conhecemos, cujas ideias pesaram alguma coisa e que são responsáveis pelo seu passado? Uns saneados, outros afastados. Uns reformaram-se da política, outros foram encostados. Uns foram promovidos ao céu, outros mudaram de profissão. Uns foram viajar, outros ganhar dinheiro. Uns desapareceram sem deixar vestígios, outros estão empregados nas empresas que dependem do Governo. Manuel Alegre resiste, mas já não conta.

Medeiros Ferreira ensina e escreve. Jaime Gama preside sem poderes. João Cravinho emigrou. Jorge Coelho está a milhas de distância e vai dizendo, sem convicção, que o socialismo ainda existe. António Vitorino, eterno desejado, exerce a sua profissão.

Almeida Santos justifica tudo. Freitas do Amaral reformou-se. Alberto Martins apagou-se. Mário Soares ocupa-se da globalização. Carlos César limitou-se definitivamente aos Açores. João Soares espera. Helena Roseta foi à sua vida independente. Os grandes autarcas do partido estão reduzidos à insignificância. O Grupo Parlamentar parece um jardim-escola sedado. Os sindicalistas quase não existem. O actual pensamento dos socialistas resume-se a uma lengalenga pragmática, justificativa e repetitiva sobre a inevitabilidade do governo e da luta contra o défice. O ideário contemporâneo dos socialistas portugueses é mais silencioso do que a meditação budista. Ainda por cima, Sócrates percebeu depressa que nunca o sentimento público esteve, como hoje, tão adverso e tão farto da política e dos políticos. Sem hesitar, apanhou a onda.

Desengane-se quem pensa que as gafes dos ministros incomodam Sócrates. Não mais do que picadas de mosquito. As gafes entretêm a opinião, mobilizam a imprensa, distraem a oposição e ocupam o Parlamento. Mas nada de essencial está em causa. Os disparates de Manuel Pinho fazem rir toda a gente. As tontarias e a prestidigitação estatística de Mário Lino são pura diversão. E não se pense que a irrelevância da maior parte dos ministros, que nada têm a dizer para além dos seus assuntos técnicos, perturba o primeiro-ministro. É assim que ele os quer, como se fossem directores-gerais. Só o problema da Universidade Independente e dos seus diplomas o incomodou realmente. Mas tratava-se, politicamente, de questão menor. Percebeu que as suas fragilidades podiam ser expostas e que
nem tudo estava sob controlo. Mas nada de semelhante se repetirá.

O estilo de Sócrates consolida-se. Autoritário. Crispado. Despótico. Irritado. Enervado.

Detesta ser contrariado. Não admite perguntas que não estavam previstas. Pretende saber, sobre as pessoas, o que há para saber. Deseja ter tudo quanto vive sob controlo.

Tem os seus sermões preparados todos os dias. Só ele faz política, ajudado por uma máquina poderosa de recolha de informações, de manipulação da imprensa, de propaganda e de encenação. O verdadeiro Sócrates está presente nos novos bilhetes de identidade, nas tentativas de Augusto Santos Silva de tutelar a imprensa livre, na teimosia descabelada de Mário Lino, na concentração das polícias sob seu mando e no processo que o Ministério da Educação abriu contra um funcionário que se exprimiu em privado. O estilo de Sócrates está vivo, por inteiro, no ambiente que se vive, feito já de medo e apreensão. A austeridade administrativa e orçamental ameaça a tranquilidade de cidadãos que sentem que a sua liberdade de expressão pode ser onerosa. A imprensa sabe o que tem de pagar para aceder à informação. As empresas conhecem as iras do Governo e fazem as contas ao que têm de fazer para ter acesso aos fundos e às autorizações.

Sem partido que o incomode, sem ministros politicamente competentes e sem oposição à altura, Sócrates trata de si. Rodeado de adjuntos dispostos a tudo e com a benevolência de alguns interesses económicos, Sócrates governa. Com uma maioria dócil, uma oposição desorientada e um rol de secretários de Estado zelosos, ocupa eficientemente, como nunca nas últimas décadas, a Administração Pública e os cargos dirigentes do Estado. Nomeia e saneia a bel-prazer. Há quem diga que o vamos ter durante mais uns anos. É possível. Mas não é boa notícia. É sinal da impotência da oposição. De incompetência da sociedade. De fraqueza das organizações. E da falta de carinho dos portugueses pela liberdade.

[ Público, assinantes]


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Por Eduardo Prado Coelho

Jornal Público


A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia, bem como Cavaco, Durão e Guterres. Agora dizemos que Sócrates não serve. E o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada. Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates. O problema está em nós. Nós como povo.

Nós como matéria-prima de um país. Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda sempre valorizada, tanto ou mais o que o euro. Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família baseada em valores e respeito aos demais. Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO.

Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa, como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clipes e tudo o que possa ser útil para os trabalhos de escola dos filhos... e para eles mesmos.

Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo, onde se frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos.

Pertenço a um país onde a falta de pontualidade é um hábito. Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano. Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e depois reclamam do governo por não limpar os esgotos. Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros. Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que é "muito chato ter que ler") e não há consciência nem memória política, histórica nem económica. Onde os nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média e beneficiar a alguns.

Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas podem ser "compradas", sem se fazer qualquer exame. Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para lhe não dar o lugar. Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o peão. Um país onde fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a criticar os nossos governantes. Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um guarda de trânsito para não ser multado. Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português, apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas. Não. Não. Não. Já basta.

Como "matéria-prima" de um país, temos muitas coisas boas, mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que nosso país precisa. Esses defeitos, essa "CHICO-ESPERTERTICE PORTUGUESA" congénita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até converter-se em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana, mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates, é que é real e honestamente ruim, porque todos eles são portugueses como nós, ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não em outra parte.

Fico triste. Porque, ainda que Sócrates fosse embora hoje mesmo, o próximo que o suceder terá que continuar trabalhando com a mesma matéria-prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos. E não poderá fazer nada... Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá. Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco, e nem serve Sócrates, nem servirá o que vier. Qual é a alternativa?

Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror? Aqui falta outra coisa. E enquanto essa "outra coisa" não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados.... igualmente abusados!

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Blog com Tomates

Este blog foi agraciado com a distinção de Blog com Tomates. Porém, a lógica com que este prémio está sendo atribuído, deixou de satisfazer ao espírito que ditou a sua instauração. Nestas circunstâncias a nomeação deixou também de fazer sentido, pelo que não pode ser aceite.

Esta nomeação, copiada do do original com o nome em inglês “No Fear” foi instituída sob os mesmos princípios do seu original, ou seja, com a intenção de distinguir blogs que fossem arautos da defesa dos direitos fundamentais do ser humano. Todavia, este princípio foi desrespeitado a ponto da nomeação já não fazer qualquer sentido, ainda que muita gente possa continuar contente por receber uma distinção que perdeu o seu significado por completo. Ao que parece, a fundadora da versão portuguesa da distinção já previa esta aberração, pois que muito bem escreveu logo no seu blog: «reservo-me o direito de não incluir na lista de links deste blog nomeados que claramente desrespeitem ou não se insiram no acima exposto.» E isto aconteceu e repetiu-se como se da verdadeira norma se tratasse.

Esta nomeação deixou de ter valor desde que, primeiro, foi atribuído a blogs literários, alguns excelentes e de veras interessantes, mas que não se inserem na definição do prémio. Não tem este blog nenhuma pretensão literária, é absolutamente inferior a esse blogs sob esse tema e não pode nem quer a eles ser comparado, o que seria no mínimo uma irrealidade.

Em segundo lugar o prémio foi atribuído a alguns blogs sem qualquer razão que o apreço pelos seus posts, a da amizade ou simpatia de compadrio, pois que muitos deles nem se ocupam que muito esporadicamente do assunto objecto do prémio.

Por demais, em terceiro lugar – e isto é bem pior e diferente – o prémio foi ainda atribuído a blogs que se podem até considerar como traidores, por defenderem causas anti-nacionais ou se baseiam em publicações ou causas espanholas ou contra Bascos (desrespeitando simultaneamente a Declaração dos Direitos Humanos e a Carta da Nações Unidas), directamente em oposição à finalidade inicial da nomeação, tornando-a assim numa vergonha para aquele que a aceite em semelhantes circunstâncias.

Em quarto lugar, existe ainda o caso de algumas nomeações entre os muitos blogs que se aproveitam das circunstâncias presentes para fazerem uma suja propaganda oportunista partidária, desvalorizando a questão de base, que é geral e sem distinções. Como exemplo deste último, que cito por crer não ter sido nomeado (o que seria o cúmulo da desonra da nomeação), temos o blog intitulado José Maria Martins, em que se lêem casos objectivos, mas com análises invariável e chapadamente parciais, com conclusões clara e abertamente partidárias, donde a mencionada propaganda aberrantemente facciosa. A apresentação dos casos e as declarações são mais do que suficientemente claras para se reconhecer que, tal como os políticos corruptos, se conta com a ignorância e aceitação geral da pobre carneiragem para fazer passar a propaganda sectária. São estes falsos profetas que enganando a população, não lhe permitem tomar uma posição democrática, equidistante e independente dos partidos, causa principal do estado em que o país se encontra. Donde, tal procedimento, ainda que demasiado comum, torna-se uma autêntica traição à nação.

Finalmente, foram ainda nomeados blogs que apagam os comentários que não lhes convêm, embora estes sejam justos e judiciosos. Até hoje, o Blog do Leão Pelado nunca apagou qualquer comentário e só o poderá fazer por causa universalmente considerada como justa, não para matar desonestamente uma discussão, sempre sadia.

Assim sendo, o Blog do Leão Pelado agradece a nomeação por ela ter sido amavelmente ofertada de boa fé pelo blog Do Mirante, um blog que tem demonstrado uma permanente e inalterável honestidade na sua luta permanente pelos Direitos Humanos bem além da grande maioria dos outros blogs que seguem a mesma linha, estando portando acima de toda e qualquer suspeita do que aqui se indica.

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Sócrates Acusado de Traidor
pela Human Rights Watch

A organização internacional humanitária não governamental (ONG) Human Rights Watch (HRW), é a mais conhecida e prestigiosa organização humanitária que, conjuntamente com a Amnisty International, luta mundialmente pelos Direitos Humanos.

Referindo-se à recente visita de Sócrates à Rússia, a HRW publicou no seu site, na página dedicada a Portugal, inserida na secção da Europa/Ásia Central, sob o título Atraiçoando os direitos humanos na Rússia, uma forte crítica a uma alocução de Sócrates pronunciada durante essa visita, em que o acusa de traição aos Direitos Humanos na Rússia. Nesta página encontram-se ainda outras acusações contra os governos portugueses – reconhecidas como justas e que nós também sabemos que por corrupção – como a condenação declarada pelo Parlamento Europeu por cumplicidade nas actividades ilegais da CIA, o relatório sobre os soldados crianças de 2001, o relatório sobre o incumprimento do tratado internacional que baniu as minas.

A HRW publicou ainda um artigo muito mais longo sob o mesmo título e sobre o mesmo assunto, em que apresenta uma lista mais extensa das desastrosas consequências provocadas pela impudência de Sócrates. A HRW critica fortemente várias alusões do discurso de Sócrates pondo em causa a defesa dos Direitos Humanos, considera esta atitude como um mau presságio para a presidência de Portugal na União Europeia e pondera que em lugar destas atitudes, Portugal deveria promover um "diálogo mais robusto sobre os assuntos dos Direitos Humanos entre a UE e a Rússia, pressionando o Kremlin para restaurar a liberdade de expressão", etc. Em suma, a HRW encara o comportamento de Sócrates como atípico, desleal para com a UE e uma traição aos Direitos Humanos.

Em 29-5-2007, o International Herald Tribune chamou delicadamente “linguagem colorida” ao discurso de Sócrates, enquanto a Angela Merkl questionava o tratamento do governo russo aos seus opositores.

Muitos outros jornais fizeram menções idênticas sobre o discurso do Sócrates, classificando-o das mais diversas formas sobre as suas críticas veementes contra os valores do Ocidente sobre os Direitos Humanos e a democracia.

Como se nós não conhecêssemos já a cambada de canalhas e parasitas corruptos dos neo-cons que actualmente domina o partido que se faz passar por socialista, e que, para nosso mal, não é melhor que a cambada precedente de neo-cons que queria terminar com a Segurança Social e que praticamente acabou com o direito à defesa. Decisões contra os Direitos Humanos são comuns em Portugal, como matar velhos à fome e sem medicamentos pôr as mulheres a parir nas ambulâncias, perpetuar a miséria, vender Portugal ao estrangeiro e destruir a riqueza e o futuro do país, dizendo que é investir (belo género de investimento, proibido noutros países, por ruinoso!). Agora, na Rússia, Sócrates apoia também outros actos contra os Direitos Humanos, como o massacre das populações que se querem libertar de jugos, a proibição da liberdade de expressão ou qualquer outro direito à liberdade. Que melhor prova daquilo que já sabíamos e que os governos corruptos teimam em desmentir?

Estas páginas no site da HRW foram publicadas em 11-6-2007 (a mencionada em segundo lugar está datada no URL). Alguém ouviu ou leu algo sobre o assunto nos noticiários de cobertura nacional? Que significa então este caso encoberto? Após tantas demonstrações no mesmo sentido, a conclusão parece simples. Para além da praga dos políticos, estamos rodeados por um bando de pseudo jornalistas, jornaleiros, que pasteurizam notícias e informações, escondem ou mostram, anunciam ou escondem de acordo com os interesses da corrupção mafiosa que encobrem e defendem num conluio declarado e aberto. São os profissionais da impostura.

Temos um governo que se declara abertamente contra os Direitos Humanos e o tem provado consistentemente. Temos uma oposição que já provou não ser melhor, pois que o mal no país não se poderia ter desenvolvido em dois anos. Onde vamos dar? A única solução possível é a união nacional para dominar as oligarquias de gananciosos, corruptos e abusadores. Acabar com regalias a que não têm direito. Desfazer as leis corruptas que protegem a corrupção e os seus autores e participantes. Impedir que se apoderem dos lugares de chefia de toda a administração, do estado e municipal. Colocá-los no seu lugar: cumpridores dos seus deveres e servidores obedientes do povo soberano. Mantê-los domesticados e com rédea curta.

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Déspota Iluminado Mete a Pata na Poça

Por analogia ao que acontece em países, pelo menos um pouco mais civilizados que Portugal, como nos EUA, os iluminados portugueses, a começar pelos políticos irresponsáveis, arrogantes demagogos, persistem invariavelmente em só copiar o que está mal.

Um artigo publicado no excelente blog A Caverna Obscura, mostra-nos como o fruto das experiências nos outros países é completamente ignorado e contrariado pelos super-inteligentes super-impostores nacionais. Projectos abandonados por maus resultados contraditórios são adoptados em Portugal, anos depois da sua comprovada perniciosidade. Que se pode imaginar de gentalha deste género?

Como se pode ler nesse artigo, a experiência já não é de ontem. Com efeito, já se tinha verificado, pelo menos em 2002. Donde a posição do governo se torna ainda mais estúpida e prenha duma bestial arrogância.

Não se faz aqui a cópia do longo artigo e anexo do The New York Times sobre as conclusões da experiência nos EUA. Sugere-se o link e a tradução com o Google, caso necessário. A não perder. Como se depreende ao ler este artigo, outras conclusões se podem tirar sobre a sociedade moderna e alunos em geral, para além do desbarato perfeitamente estúpido dos fundos nacionais, da adequada e justificada crítica à mentalidade e à maquiavélica manipulação das massas pelos corruptos, vigaristas e ineptos políticos portugueses. Se não é vigarice, que será então?

Nada mudará enquanto não se meterem os políticos no seu lugar, como se teve de fazer noutros países democráticos europeus. É o que está bem que deve copiar. Assim, deve começar-se por eliminar não a corrupção directamente – porque desse modo nunca mais se atinge o necessário – mas as próprias fontes da corrupção.

De acrescentar. É realmente remarcável como o bando de jornaleiros indignos se mostra verdadeiramente conivente, cobarde e inútil, pois que num assunto desta importância se absteve completamente de contar o que se sabe. Ou melhor, se empenhou em escondê-lo, obrando assim contra toda a população. Que faz esta bandalheira da sua responsabilidade de informar?

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Trogloditas Presos

Um bando de sete trogloditas, dos quais cinco rascas portugueses, foram presos na Letónia, em 16-5-07, por actos criminosos e parte deles aguarda julgamento. Roubaram bandeiras nacionais, espezinharam-nas e rasgaram-nas em público. Uma afronta ao país da bandeira e um acto da mais genuína indignidade selvagem. No entanto, habituados à bandalheira geral em que nasceram, cresceram e têm vivido em Portugal e estando completamente em branco quanto aos mais simples e básicos princípios humanos e de civismo, os monstros julgam-se inocentes e injustamente perseguidos pela polícia lituana, no cumprimento duma das suas funções mais normais.

Quer saber porque acontecimentos deste teor têm lugar? O que fez os portugueses estarem mal vistos em todo e qualquer lado onde forem? Porquê, toda a Europa (o que fica mais próximo, donde onde são melhor conhecidos) são conhecidos como aquilo que são, um bando de atrasados que berram o nome do seu país nos encontros de futebol? Se quer realmente saber, encontra-se abaixo.

Na maioria dos países é assim que os portugueses são conhecidos. Nunca assim foi até os políticos corruptos os terem convertidos naquilo que hoje são, ao mesmo tempo que lhes insuflavam o mais estúpido dos orgulhos: o orgulho de serem rascas. Para quê!?? Para os manterem contentes e anestesiados na estrumeira da Europa que criaram especialmente para eles e lhes sacarem os votos. Trata-se duma situação absolutamente normal porque esperada, já que outra coisa não poderia ser aguardada: o caminho foi traçado e seguido conscientemente, não por acaso.

Uma situação esperada não só por em Portugal nunca ter existido um sistema educativo como nos outros países. Mas lá se ia andando enquanto os pais, embora não sabendo educar os filhos, lhes ensinavam algumas bases de civismo. Com a corrupção política citada acima, os pobres de espírito até esse pouco lhes foi tirado. O resultado não foi só o de se terem convertido em autênticos trogloditas, mentalmente atardados, de tão enganados pela corrupção que se tornou geral, acreditam piamente que são um povo avançada, inteligente, instruído, civilizado, que “são os màiyóres”. Pobre lixo, vivem num mundo às avessas.

Seguindo os seguintes links obtém-se a descrição de tão digno trabalho dos corruptos que os atrasados elegem em perfeita ignorância. Link 1 Link 2. Este segundo link parece ser outro assunto, mas está estreitamente relacionado com o procedimento dos trogloditas na Letónia. E com aqueles que lá não foram.

O resultado do mesmo excelente trabalho dos corruptos se reflecte no estado da polícia e no da justiça.


Aditamento:

Após publicação deste post, alguns jornais publicaram declarações dos trogloditas em que estes afirmavam não compreenderem porque foram assim tratados, pois que não fizeram nada de mal, apenas levaram as bandeiras como recordação (como se isto por si só fosse pouco), omitindo o restantes actos noticiados na altura, em todo o mundo reconhecidos como criminosos. Afirmam ainda que foram maltratados pela polícia nacional. Afirmação fácil de fazer por portugueses e bem compreendida em Portugal, dados os conhecidos costumes da polícia portuguesa. Foi provavelmente esta facilidade de se acreditar que originou as alegações. No entanto, fazendo pesquisas pelos sites das organizações de Direitos Humanos. o que se encontra é sobre Portugal e é bem conhecido.


Aditamento II:

Para cúmulo do desrespeito para com todos os cidadãos honestos e bem formados, a canalha troglodita foi recebida com honras de heróis pela bandalheira e bestial jornaleirada nacional à sua chegada ao aeroporto da Portela para permanecer em portugal enquanto aguarda julgamento. Uma recepção muito no estilo daquela como os escoiceadores de bola são recebidos de volta à cavalariça. De recordar que a Lituânia, injustamente criticada pela referida bandlheira, contrariamente aos usos da pseudo-justiça portuguesa não guardou os trogloditas sob prisão preventiva num caso em que a fuga é algo mais que possível, donde a prevenção absolutamente admissível. No meio deste espalhafate e enquanto falavam das crianças, fomos obrigados a reparar que as ditas criancinhas eram afinal bem maduras. Crianças velhas ou demasiado velhas para crianças.

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A Vitória da Corrupção

Pelo ludíbrio e fabricação de guerras partidárias perfeitamente orquestradas e controladas, a população desmiolada tem sido completamente dominada pela corrupção a ponto de tomar causa pelas facções corruptas num teatro onde representação e realidade se confundem e se equivalem. Ou a arte do marketing dos corruptos que dominam um povo que deveria ser soberano.

As guerras orquestradas e controladas são as “gué-guerras” armadas pelos políticos dos partidos que aparentando antagonismo mortal servem para defender e cimentar os interesses comuns. Ou seja, os partidos têm efectivamente interesse em “ocupar” o governo, não só pelos “tachos lícitos”, mas sobretudo pelos ilícitos. Os tachos ilícitos são em número múltiplas e múltiplas vezes maior do que os lícitos. Os tachos lícitos são os que, apesar de tachos, por serem ocupados por indivíduos corruptos e incompetentes são cargos governamentais. Os tachos ilícitos são todos aqueles que em qualquer país são postos a concurso e atribuídos aos que os merecem, dum modo sem corrupção. Para que os corruptos continuem a aproveitar-se desta situação é necessário que os partidos se esgrimam, mas sem jamais demolirem a estrutura que a mantém. Que façam apenas as pessoas baterem-se por eles – “dividir para reinar” – e dar a ilusão que o mal está nos partidos. Os corruptos querem ser tomados por “salvadores”. Simplesmente diabólico!

Contrariamente ao que se passa em países democráticos e até mesmo menos democráticos, os políticos portugueses adoptaram o sistema parasitário e anti-democrático de se apossarem injustificável e desonestamente de todos os cargos de chefia da Administração Pública e duma boa parte de postos subalternos em que colocam os militantes e amigos após cada eleição, atirando-se a eles como que a um despojo de guerra.

Estes cargos passam assim, o mais corruptamente possível, de mão em mão. Para poderem justificar o roubo dos parasitas à Nação, extorquido das bolsas da população, inventaram artimanhas mafiosas inexistentes em qualquer outro país europeu do modo como cá foram arquitectadas. Com alicerce na corrupção, construíram um sistema de indemnizações para cada parasita ao sair do seu cargo, como esperado quando o partido no governo for substituído após eleições. Não só se coloca um parasita indevidamente num cargo por modo corrupto, como ainda se lhe oferece uma parte do produto do roubo.

Inventaram ainda as reformas especiais para parasitas corruptos.
Ou seja, como os parasitas não podem permanecer nos seus cargos roubados ao povo para lá do tempo eleitoral, insuficiente para ser considerado para qualquer reforma legal, atropelaram as regras da democracia, passaram por cima dos direitos de todos os cidadãos e obrigaram estes a pagar uma real reforma aos parasitas. Em qualquer país democrático há limites ao máximo das reformas de qualquer cidadão, seja ele quem for; mas essa regra democrática foi também espezinhada pelos corruptos nacionais. Corruptos e parasitas podem usufruir de montantes não só já por si sós escandalosamente maiores do que aqueles em vigência noutros países, como – inacreditável – podem juntar várias reformas milionárias enquanto a população aperta o cinto, não morre à fome por ter em a sopa dos pobres, mas morre por falta de assistência médica, de medicamentos. A população permite-o. Se o povo o permite porque se queixa, então, que o seu pão lhe ser tirado da boca e da boca dos seus filhos para ser dado a malditos?

Abuso escandaloso, roubo inqualificável dos fundos públicos, pago pelos doentes sem assistência, pelos velhos abandonados e à fome, pelas grávidas que passaram a ter os filhos nas ambulâncias, para já não falar nos elevadores. Uma extorsão dos pobres por corruptos parasitas que vivem à sua custa, explorando-os por vezes ao ponto de lhes provocarem a morte. De notar o facto altamente significativo da esperança de vida continuar a diminuir em Portugal.

Entretanto, os próprios corruptos apregoam a luta contra a corrupção. Que anedota! A corrupção jamais terá fim se não se tomarem decisões cruciais sobre os políticos: domesticá-los como fizeram os irlandeses e que aqui se manteve secreto pelos óbvios interesses que nem precisam de ser mencionados, mantê-los sempre com rédea curta.

É impossível reduzir a corrupção e aumentar a eficiência da administração pública ignorando a sua fonte. A origem de todos estes males e doutros vem de que os partidos açambarquem todos os lugares de chefia, tal como acima descrito e como toda a gente conhece pormenorizadamente em Portugal.

Os bandos das oligarquias de corruptos têm o arrojo de alegar que entregam estes lugares a parasitas incompetentes por precisarem de pessoas de sua confiança a fim de lhes encobrirem os seus actos criminosos. Só em Portugal acontece assim. Daqui, tudo o que há a recriminar aos funcionários, aos hospitais, aos médicos, à polícia e a todos os serviços que funcionam mal, ou a tudo em geral, terem a mesma causa. Os dirigentes e os cargos superiores são todos ocupados por parasitas corruptos.

Voltando ao ponto inicial, o domínio da população pelas oligarquias corruptas está neste momento assegurado. Enquanto os parvalhões continuarem enganados, pensando que o mal está nos partidos e cada um a defender “o seu” partido contra os outros, a corrupção não estará em perigo. Os lorpas continuarão sem compreender a que ponto estão a ser gozados e a sua credulidade explorada por uma maldade baixa e abjecta que se perpetua.

Após décadas de exploração e desdém dos oligarcas que deles se aproveitam para lhes comerem a carne, os papalvos dos portugueses ainda não compreenderam que o mal nuca esteve, está ou estará nos partidos, necessários a uma democracia, mas na cambada corrupta que os ocupa e domina sem o braço forte da população. Enquanto estes problemas não forem resolvidos nada mudará senão mezinhas e areia atirada aos olhos.

Devido à comprovada colaboração da jornaleirada indigna, que encobre tudo o que possa prejudicar as oligarquias corruptas e os interesses financeiros das grandes empresas de informação, nenhuma informação transpirou em Portugal sobre como casos semelhantes foram decapitados logo ao princípio noutros países pelas populações que não permitiram a sua continuidade. Puseram cobro à malandragem açaimando e encabrestando os corruptos, controlando-os e obrigando-os a obedecer ao povo soberano.

Quem quer que despreze factos palpáveis, exemplos democráticos de outros países e persista numa luta partidária em lugar de defender o fim da corrupção, só o pode fazer por estupidez ou por interesse ilícito.

Em conclusão, a cegueira em continuar a atacar os partidos em lugar dos corruptos, só pode servir para apoiar a perpetuação da estrumeira em que se vive. Dizer mal de um ou de outro partido de nada serve. Afinal, todos têm culpas idênticas, tanto os que desbarataram e roubaram os fundos europeus e não prepararam o país para o futuro, cujas consequências estamos agora a sofrer, como os que agravaram a miséria e a infelicidade do povo de outros modos. Já que não vemos mais longe, tenhamos um mínimo de capacidade mental para compreender factos tangíveis e inegáveis. E a coragem de pegar o touro pelos cornos. Tal como aconteceu noutros países em que a população impôs a democracia, cá também ninguém o fará por nós. A União Europeia não se preocupa com a corrupção e permite-a no seu seio. Ou estaremos à espera de que venha um arcanjo salvar-nos dos corruptos, enquanto continuamos a fazer a sua alegria, incriminando os partidos em seu lugar e a dar-lhes a vitória?

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