Blog do Leão Pelado



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Colaboradores:

A. João Soares, Aruangua, J. Rodrigues, Sapiens, Mentiroso



Mais uma Bronca na Desinformação

É só mais uma bronca entre tantas outras que não diferem entre elas senão no género segundo o assunto. Nesta, a aldrabice é duma evidência que brada aos céus, não podendo senão ter origem num punhado desses seres atrasados mentais e ignorantes que pretendem que lhes chamem doutores. Porém, usar esse termo que revela sabedoria relacionado com estes impostores, só pode ser um desprestígio e uma ofensa para aqueles que realmente o são.


A reconstrução artística da Ardipithecus ramidus foi possível mediante a reconstrução digital das partes craniana de dois indivíduos. A face da Ardi não é tão protuberante quanto a dos grandes macacos actuais, mas não é tão plana e massiva quanto a dos mais recentes Australopithecus afarensis.



Os noticiários de hoje falaram-nos numa importante descoberta científica cuja história começou há cerca de 15 anos, mas cuja documentação foi publicada ontem (2-10-09) no jornal Science, da American Association for the Advancement of Science (AAAS), conhecida como a maior sociedade científica geral mundial.

Trata-se da descoberta de vários ossários e de um esqueleto parcial de um hominídeo, em 1994, que é um dos mais antigos predecessores ou progenitores da humanidade (os jornaleiros pedantes chamam progenitores ao pai e à mãe, pois que desconhecem o significado do vocábulo). Este esqueleto é o duma fêmea que viveu há cerca de 4,4 milhões de anos na região do vale de Afar - Rift, na actual Etiópia, considerado o berço da humanidade. A este novo humanóide foi chamado Ardipithecus ramidus, enquanto que este espécimen feminino foi familiarmente alcunhado de Ardi.

Zona do Vale de Afar-Rift e área circundante – a mais rica em fósseis de hominídeos e berço da humanidade.



Esta descoberta veio quase fazer esquecer a da Lucy, uns vinte anos antes (1974), o hominídeo mas antigo até à descoberta da Ardi.

Segundo se lê na Science, após esta descoberta, a existência dum predecessor comum aos humanos e aos chimpanzés e gorilas, de acordo com a teoria de Darwin, seria muito mais anterior do que ele teria considerado quando publicou o seu estudo intitulado A Origem das Espécies, há 150 anos. Cada nova descoberta tem relegado esse progenitor para um passado mais longínquo, calculando agora os cientistas que ele teria existido há mais de 6 milhões de anos. Pelas descobertas que se têm sucedido, provavelmente mais.

Chimpazé no Jardim Zoológico de Tama, em Tokyo.



Ainda segundo os cientistas, a relativamente enorme evolução verificada nos humanos também aconteceu paralelamente aos chimpanzés e aos gorilas, em ambos os casos desde que os seus ramos se dividiram. Daí o ter-se desistido da falsa assunção de que estes últimos seriam mais parecidos com o predecessor comum do que os humanos. Efectivamente, porque deveriam uns ter evoluído tanto e ou outros tão pouco? Era um erro de apreciação.

Estes 11 documentos por uma equipa de internacional de cientistas agora publicados (2-10-09) «contêm uma enorme quantidade de dados colectados e analisados num esforço superior de investigação internacional».

A edição de 2 de Outubro de 2009 do jornal Science, da American Association for the Advancement of Science (AAAS), distribuida pela Reuters em 2-10-2009.



O artigo da Science na Web (1-10-09) cita várias vezes a teoria de Darwin sem nunca a desmentir, mas corroborando a sua estimação em que «apreciava que a evolução das linhagens dos grandes macacos e as linhagens dos humanos se tinham processado independentemente desde o tempo em que essas linhas se separaram», relegando-a apenas no tempo. «Darwin foi muito prudente nesta matéria.»

Que nos contaram os nossos sapientes doutores em mentiras e aldrabices, especializados na fabricação de notícias e outras desinformações? No dia seguinte ao da publicação dos documentos, ouvimo-los claramente afirmar nos noticiários que «Por enquanto, as provas que existem afastam-se cada vez mais das teorias de Darwin ... Põe um ponto final a anos de especulação sobre a forma como decorreu a evolução humana … Nesta remota região de África, os cientistas descobriram as nossas raízes que são afinal muito diferentes». Este trecho da gravação do noticiário encontra-se entre os 5m 22s e os 7m 49s.

Mais uma vez aqui se repete:

  • Que confiança merecem estes animais iletrados, sem instrução nem profissionalismo, mas pedantes e arrogantes a mais não poder ser?

  • Que confiança profissional merece esta escória profissional que inventa e modifica as informações, que fabrica notícias?

  • Que confiança nos merece este bando de emproados que nos tem escondido e esconde tantos acontecimentos que deveriam ser noticiados (um exemplo entre tantos)?

  • Onde estão os verdadeiros jornalistas, dignos desse nome que conhecemos e que têm lenta e progressivamente desaparecido até atingirmos o ponto crítico actual?

  • Porquê hoje tão poucas as excepções na qualidade do jornalismo quando antes era a regra?

Fotografias da National Geographic Society e do Yahoo! News.

1 mentiras:

A. João Soares said...

Caro amigo,

Sobre a falta de profissionalismo, e de ética, transcrevo um comentário que coloquei noutro local num post que na essência aborda o tema:

«Há pouco tempo ouvi na TV um empresário queixar-se de que a produtividade da empresa não poderia melhorar muito por carência de profissionalismo, de sentido da responsabilidade, de ausência de gosto pela perfeição, pela na excelência, do pessoal a todos os níveis.

O lema do português fica bem expresso naquilo que Elisa Ferreira respondeu a uma florista no mercado, referindo-se ao seu papel no Parlamento Europeu: é um trabalho sossegadinho e bem pago.

E esse empresário atribuía as culpas ao papel das escolas em que há uma permissividade, uma tolerância total, o que nada contribui para criar qualidades válidas nos futuros obreiros de Portugal.

Sem profissionalismo responsável, na obediência a regras, não se pode ir longe.

E para começar, a mudança tem de ser feita nas escolas. Tirem de lá a sinistra ministra e a sua equipa de ceguinhos.»

Um outro comentário que coloquei no mesmo post:

«A solução terá de vir sem demoras, mas será dura e mal aceite pelas pessoas viciadas nesta libertinagem. Se demorar muito, a iniciar-se a recuperação do civismo, a dureza da solução ter+á de ser maior. Tem, por isso, de começar já.
Mas os políticos sofrem da mesma falta de valores éticos e não querem perder votos. O futuro está incerto.»

Caro Amigo, estamos lançados aos bichos se não erradicarmos todos os políticos viciados e manhosos que detêm o poder, por escolha dos eleitores!!!

Um abraço
João Soares