Blog do Leão Pelado



Este blog está construído segundo as normas da W3C, pelo que pode apresentar irregularidades em browsers que não as sigam, como o Internet Explorer e o Google Chrome. As bandas rotativas não funcionam no IE e as molduras são duma só cor.


Visite o blog da Mentira!
Colaboradores:

A. João Soares, Aruangua, J. Rodrigues, Sapiens, Mentiroso



A Demagogia dos Impostos
Carga Demasiada ou Correcta?

Ouvindo os partido vemos que cada um apenas quer vender as suas sardinhas. Novidade?! Cada político conta uma história à sua conveniência. Que acontece com a grande maioria dos portugueses que os ouvem? Que ficam os desinformados a saber?

Há três cenários.

O primeiro é cada tolo defender o seu partido incondicionalmente, sejam as ideias acertadas ou as costumeiras trapaças. São estes os que permitem a situação actual, os verdadeiros culpados a quem a tacanhice não permite que se ponha o freio nos dentes da máfia política e que se lhes puxem as rédeas para dominar os miseráveis.

O segundo cenário é aquele em que nunca se admite que o governo possa ter razão, característica tradicional e bem conhecida dos portugueses, que se confirma em quase todos a reconhecerem quando dizem que os portugueses não se sabem governar nem deixam que os governem. No primeiro cenário e no segundo entram ainda os oportunistas de oposição, seja ela qual for e quando for, temo-lo visto com todos os governos; a massa é sempre a mesma.

O terceiro cenário é aquele que só pode resultar duma análise apartidária e independente de qualquer influência. É nele que vamos tentar enxergar a verdade.

De vez em quando ouvimos notícias resultantes de descaídas: a percentagem de impostos é muito semelhante ao que se paga na maioria dos países da União Europeia. Só que aqui começam e acabam todas as semelhanças. A distribuição dos impostos em Portugal tem sido a alavanca principal da engrenagem que gerou o desnivelamento social, um dos mais importantes factores que cavaram o fosso entre ricos e pobres. Os impostos têm sido sempre mal distribuídos e em conjunto com um número infindo de outras condições, têm demonstrado que não estamos em nenhuma democracia.

Os governos, sobretudo os mais à direita, têm optado por um imposto maior ao consumo e menor aos rendimentos individuais, fonte de injustiça social e de aumentos de preços de maior grandeza. Para o agravar, as grandes fortunas deveriam pagar mais e desagravar-se os que usufruem dum menor ganho. O rendimento mínimo colectável deveria subir. Além destas causas, há mais.

As empresas não pagam o suficiente e aquilo que elas deveriam pagar vai sobrecarregar a população que o paga em seu lugar. Um caso que «mesmo um cego vê» é o escândalo dos bancos a pagarem impostos reduzidos e livres de explorarem os seus clientes como lhes apraz. cada ano multiplicam os seus lucros, aumentando o escândalo da sua semi-isenção.

Há muitos políticos que apregoam que se deveria aliviar os impostos das empresas, mas isto é uma solução comparável àquela de pôr mais polícias na rua para acabar com o pequeno crime. Se as empresas não podem verdadeiramente pagar os seus impostos, então que sejam dissolvidas, visto não justificarem a sua própria existência, a de produzir riqueza e nem poderem pagar ordenados decentes. Muitas de entre elas não podem mesmo. Para que continuam então a existir? Para encobrimento de vigarices e manutenção de baixos salários?

Outros, autênticos vigaristas, provam que o são fazendo comparações de custos com outros países desprezando a regra fundamental, em que o único valor comparável só pode ser a parte dum salário médio que representa e não o valor cambial ou nominal ou qualquer outro, seja qual for; o euro, como moeda comum serve de tapa-olhos, mas não relega a regra: ainda que a moeda seja a mesma o método comparativo da parte do salário mantém-se inalterável. Os economistas de pacotilha, vis apoiantes do sistema que empobrece a população, não contestam os erros propositadamente introduzidos para enganar uma população das mais ignorantes que existem, sobretudo em cálculos que contenham contas. Os facínoras aproveitam-se desta ignorância para ludibriar em lugar de informar.

A razão por que existem muitas empresas em condições miseráveis é bem conhecida: não se modernizaram, não se adaptaram, não acompanharam o progresso. Mais uma prova do atraso a que Portugal foi submetido durante décadas enquanto se dizia ao povo que era um país avançado, que os governos dos parasitas faziam o povo e o país progredirem muito, etc., um blá-blá-blá, fomentando o orgulho que cegou os lorpas e os impediu de tomarem medidas contra os impostores que, entretanto, espoliaram o país enchendo os seus cofres e aumentando o seu património à conta desses mesmos lorpas que os apoiaram iludidos num orgulho que mais tolo seria impossível. Que os apoiassem aqueles que com eles comeram o bolo, não espantaria, mas os outros?!

O bolo que comeram foi o dos fundos europeus de coesão, que em lugar de preparar as empresas com a ajuda e o incentivo do Estado, foi esbanjado, dividido entre os corruptos ladrões e seus parentes e amigos. O pouco que foi empregue no sentido correcto foi ainda assim mal utilizado. O restante foi posto em circulação para dar a ilusão de riqueza, mas falsa e balofa, que quando os cães, autores assassinos da população, encabeçados pelo Cavaco, largaram o osso do governo deixaram uma inflação superior a 5%. Porque se esconde???

Assim, grande parte das empresas não pode verdadeiramente pagar os impostos. Mas isso não os deve dispensar. Se não podem, fechem, não é o povo que os deve pagar em seu lugar.

Eis, pois, o que se passa com os impostos.


  • Pagamos muito, no total? Não.

  • Os encargos são bem distribuídos? Não, há quem devesse pagar mais e quem devesse pagar menos.

  • O dinheiro dos impostos é bem utilizado? Não, é como com o do sistema de saúde, pagamos pelo menos tanto quanto os ouros e é usado para nos matar, até somos o único país em que não se pode ir ao médico que se quiser.

Se não tomarmos mão na canalha corrupta serão eles a destruir-nos. Não temos provas suficientes?

Ler mais...