Blog do Leão Pelado



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Colaboradores:

A. João Soares, Aruangua, J. Rodrigues, Sapiens, Mentiroso



Bandalheira Geral
num País de Trogloditas

No chamado caso da Face Oculta, os manipuladores número um daquilo a que em Portugal persistem em chamar justiça (que há outros, a justiça cá é manipulada) têm demonstrado o que têm dentro, o que valem. Não é que não tenha sido sempre assim desde há alguns anos, mas agora alguns casos obrigam-nos a salientar os seus valores.

Valores de rascas, evidentemente. Existe há já cerca de dois anos um artigo no Site da Mentira! explicando o porquê. Nessa altura já o sujeito era velhíssimo. Há ainda posts sobre o assunto, assim como sobre a polícia, tanto neste blog como no blog da Mentira! Também não é novidade. Aliás, pelas suas obras e ouvindo-os, como poderíamos deixar de notar essas suas qualidades e valores, mesmo que algumas fracas vozes se levantem em sua defesa? As intervenções do Presidente do Supremo Tribunal de Justiça sobre o caso são mais do que uma revelação sobre essa promíscua figura. Diz-se e desdiz-se, foge e esquiva-se, aldraba. Verdade ou mera coincidência, o seu comportamento assemelha-se bem ao que as versões dum velhíssimo ditado nos contam; a verdade está no povo:

Homem pequeno, velhaco ou dançarino,
Homem pequenino, velhaco ou dançarino,
Homem pequenino, velhaco ou bailarino,
Homem pequeno pode ter muito veneno,
Homem pequeno, poço de veneno.


Certo ou errado? Pelo menos dá que pensar sobre a sabedoria popular.

Continuam a esconder o que devem desfraldar. Aproveitam-se duma lei parida por abortos velhacos e ladrões, mais que evidentemente concebida para encobrir o que a justiça nacional faz dos actos de corrupção: a lei do segredo de justiça. Qual segredo? Justiça merecedora desse nome não se pode esconder, é pública. Se se esconde será por má intenção. Afinal, os tribunais não servem para mais do que julgamentos do Estado (o Povo) contra o criminoso. A investigação dificilmente se poderia fazer sem sigilo, mas o julgamento deve ser público e nada que o concerne deve ser mantido sob segredo. O segredo, tal como usado nesta pseudo-democracia, tem apenas duas utilidades: por um lado encobrir actos criminosos de políticos para os absolver, por outro esconder a bandalheira dos tribunais. A justiça em Portugal, tal como quase tudo no país, não é democrática. Os tribunais são o palco da arrogância dos fantoches que por lá se pavoneiam arrogantemente.

Bandalheira, sim, multiplamente constatada e ainda no fim de semana de 21/22-11-2009 comprovada na notícia do acto de deitar para a rua documentos, que esses sim, deveriam ser guardados, arquivados longe dos olhos dos transeuntes, em que de passagem qualquer um pode deitar a mão.

Bandalheira, sim, pelo comportamento de certos juízes, como testemunhado em 1999 em julgamentos na 4ª Vara Criminal do Tribunal da Boa Hora, caso concreto. A juíza Presidente fumava no seu gabinete e ao terminar abria a porta para o corredor interior para deitar a beata que pisava no chão. Durante os julgamentos cochichava todo o tempo com a colega, não prestando atenção às declarações respondendo às suas próprias perguntas, enquanto o outro colega, que tinha entrado na sala de audiências aviltadamente em calças de ganga azul e “bata” aberta, fazia agora contas de cabeça com os olhos fechados. Se não querem que os classifiquem assim, que se comportem condignamente. Se querem que ser respeitados, que mostrem merecê-lo. Ser juiz não é pertencer a uma raça superior. O juiz é um comum mortal que deve cumprir o seu trabalho com zelo e esmero, qualidades humanas e conhecimentos gerais e da vida. O que em Portugal não têm em geral. Quanto aos conhecimentos da vida, que se pode esperar de pobres juízes rapazolas e catraias pedantes? A profissão foi desonrada de vários modos, que eles não o esqueçam no seu pedantismo.

O caso da Casa Pia, os julgamentos que demoram anos e anos e outros que nunca chegam ao fim. Tudo isto revela a bandalheira da cambada de arrogantes irresponsáveis e mandriões que são os juízes e os funcionários judiciais. Sim, porque segundo o Eurostat os juízes portugueses apenas resolvem cerca de metade dos casos que a média dos seus colegas europeus resolve dentro do mesmo espaço de tempo. Como assim? Não se podem excluir os magistrados, por tão fortemente ligados aos mesmos processos.

A rasquice, mentalidade atrasada, espírito de vigarista e outras qualidades asquerosas afins não são apanágio exclusivo do povo. Jamais esquecer que um qualquer povo se compõe de todos os seus elementos. Qualquer que seja a «casta» a que eles pretendam pertencer, fazem dele parte integrante, como ele pensam, reagem e se comportam. São feitos da mesma massa e cresceram juntos; as excepções são na mesma percentagem para todos. Pretender contrariar esta realidade universalmente reconhecida e mesmo tomada como padrão, só pode ser afirmado por gente mal intencionada tentando desresponsabilizar-se com a mais baixa perversidade do género dos políticos, dos juízes e dos magistrados portugueses. Como podem eles pretender colocar-se acima da população, meramente devido às suas funções profissionais e não aos seus méritos profissionais, pessoais e humanos? Só se não fossem portugueses. A sua própria reacção ao descrédito e às críticas de que agora são alvo demonstra que elas são justificadas.

É verdadeiramente triste que pessoas colocadas em funções de respeito não o mereçam devido à sua baixa formação, princípios e comportamento a todos os níveis morais e profissionais. São bandos de rascas desprezíveis roídos pela arrogância, apanágio justificativo da gente do seu género.

Muto mais isto se verifica em Portugal, onde a população em geral tolera e aprova as mais baixas qualidades, delas fazendo parte a desonestidade, a mandriice, a irresponsabilidade, a incompetência, a corrupção, a aparência, a profunda falta de civismo e de princípios ordinários escondidos sob uma falsidade reles e baixa quase a toda a prova.

Alguns casos são demonstrações flagrantes do estado de atraso mental generalizado da população nacional. Entre o seu número infindável, alguns saltam aos olhos. O relativo êxito alcançado pela Manela Leiteira e pelo Portas com os seus discursos anti-sociais e transbordando de falsidade que eles sabem ser aceites devido à mentalidade geral. Mais um é os jornaleiros chamarem ao CDS o partido dos centristas e ninguém corrigir. Outro, mundialmente flagrante, é a constatação de que Portugal é o único país ocidental onde o número de infectados pela SIDA não diminui, mas pelo contrário, cresce. O estado da justiça é gritante. Um povo que tem escoiceados de bolas como ídolos e noticiários que dão futebol a meio das notícias e por um tempo exagerado, ambos inéditos na Europa. Os casos demonstrativos são tantos que nem vale a pena acrescentar, basta abrir os olhos e querer ver. Em lugar de acreditar nos energúmenos fabricantes das notícias de desinformação anti-social, abramos os olhos para o que se passa no resto do mundo e que esses indivíduos animalescos se esforçam por nos esconder por cá. Usemos as nossas cabeças em lugar de emprenharmos pelos ouvidos como os papalvos por que eles justamente assim nos tomam.

A incapacidade do povo mais desabonado em tomar nas suas mãos as rédeas dos maiores ladrões e as esticar fazendo-os morder o freio é que os pobres diabos julgam que também eles poderão tirar proveito da situação que causa sua própria miséria e a desgraça geral. Outra prova do seu atraso mental. Fazem a sua cama a seu jeito, o que justifica plenamente outro ditado popular: cada povo tem o governo que merece. Porquê, pois, queixarem-se?

Há muito a fazer, mas deve começar-se pelo princípio.
O povo deve, literalmente, tomar as rédeas nas mãos e domesticar os políticos. Estes devem governar para o país e não para o seu partido, roubando e arruinando o país, como até agora têm feito. A miséria actual não pode jamais dever-se apenas a alguns anos de má governação – como esse monstro impostor e de falsidade que é a Manela Leiteira proclama – mas à contínua manipulação interesseira de todos os governos de gananciosos, corruptos e ladrões Os tribunais devem ser independentes dos políticos, mas nunca do povo que representam; que deveriam representar, mas não o fazem. Tal como os políticos, devem prestar contas ao seu soberano, ao seu patrão, ao seu dono, àquele a quem servem. O povo soberano tem o direito de saber e os juízes, tal como os políticos, a obrigação de prestar contas, informando.

Aliás, o problema do estado da justiça em Portugal não se distingue do estado geral do país, um verdadeiro lamaçal dominado por máfias, incompetentes e irresponsáveis a todos os níveis. Aquilo em que jornaleiros indignos e políticos ladrões, vigaristas e corruptos transformaram o país ao mesmo tempo que mentiam às pessoas, convencendo-as de que era assim uma democracia como viviam. Era necessário manter toda a população contente e ignorante da realidade (só possível com a ajuda incondicional dos sabujos jornaleiros) para continuar a votar neles, permitindo a continuidade do roubo e da impunidade dos criminosos de direito comum que nos têm governado.

Através dos anos, políticos corruptos e jornaleirada asquerosa com falsidades artificiais conseguiram convencer a população de que vivia em democracia. Porém, aqueles que tiveram suficiente experiência de viva anterior à Abrilada sabem que a liberdade anunciada se limita exclusivamente a políticos e jornaleiros. Esses sim, não a tinham e passaram a tê-la, utilizando-a contra o povo. Os demais sabem bem que no geral têm agora muito menos liberdade que anteriormente. Hoje, até o direito universal a um advogado experiente ou o de sua escolha é vedado ao cidadão comum que não o pague. É aquilo a que os impostores chamam liberdade e democracia. Democracia coxa? Não, sem braços nem pernas para andar.

Tudo o que está mal dura tanto. Por si só não mudará, que os interessados tudo farão para o manter.

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Portugal Não É uma Democracia,
Os Governos não Representam os Eleitores
ou É uma República das Bananas

A formação dos governos não representa a vontade expressa pelos eleitores. Portugal é apenas um dos muitos países que não segue a regra democrática, mas não segue. A maioria da população não se dá conta do embuste, mas o facto é que, em consequência, num sistema representativo os governos portugueses não representam mais que uma ínfima fracção da população: não são representativos.

Vejamos um exemplo concreto. A repartição dos votos pelos partidos, os votantes e os deputados dos partidos em que estes foram eleitos em 2009, referentes aos cinco partidos mais votados (fonte: RTP):


Partido      % de vot.      Vot. receb.    Dep. eleit.

   PS               36,56%        2.068.665             96
   PSD            29,09%        1.646.097             78
   CDS-PP      10,46%           592.064              21
   BE                 9,85%           557.109              16
   CDU              7,88%           446.174              15

   Votos brancos 1,75%   98.993
   Votos nulos   1,31 %   74.274

   Eleitores Inscritos: 9.337.314.
   Votaram 5.658.778 60,6%.

   Apenas 5 dos 17 partidos conseguiram eleger deputados.


Os deputados eleitos para o parlamento representam os resultados das urnas, ou seja, a vontade dos eleitores. Os eleitores estão assim fielmente representados no parlamento desde que os partidos não façam trocas, o que lhes devia ser vedado por ilícito, pois que isso corresponde a trapacear e inutilizar as eleições.

Partindo do princípio que o número de eleitores que votaram corresponde ao total dos eleitores nacionais, constatamos que o governo será formado pelos votos de apenas 36,56% e que os restantes 63.44% dos votos reais vão directamente para o lixo.

Partindo do princípio que o número de eleitores inscritos corresponde ao total dos eleitores nacionais, constatamos que o governo será formado pelos votos de apenas 22,15% e que os restantes 77,85% foram para o lixo.

Estas constatações correspondem quase exactamente ao publicado em posts anteriores: os governos formados por este processo não representam ao que foi expressado nas eleições. Não representas os eleitores, pelo que não têm legitimidade democrática. Qualquer argumentação pretendendo dar legitimidade a tais governos é obviamente desmentida pelos factos.

O principal argumento que pretende dar legitimidade a um tal governo extremamente minoritário e onde os votos da maioria da população são desrespeitados que não seria possível aos políticos de governar por não se entenderem. Se isso não lhes é possível, pelo menos de acordo com as normas dos países mais democráticos, só poderá ser por um dos seguintes motivos ou, como admissível e provado, por todos em simultâneo:

  • Falta civismo;
  • Falta de interesse no governo do país;
  • Na intenção de formarem governo é apenas para se governarem em lugar de governarem o país;
  • Quererem guardar os lugares da administração, de que ilegalmente se apossam, unicamente para os parasitas do partido;
  • Evitarem que outros partidos tomem conhecimento da sua corrupção interna.

É bem claro que com métodos deste tipo não vamos a lado nenhum. O progresso é o possível, que é condicionado por esta política e não há outro a esperar não obstantes os seus discursos burlões. Não restam dúvidas de que se os políticos apregoam que isto é uma democracia, só o podem fazer para defenderem os seus interesses corruptos oligárquico-mafiosos e porque sabem que para esse fim podem enganar uma populaça ignorante e desmiolada que tudo aceita.

As primeiras formas de luta contra a corrupção e para uma democracia digna desse nome, são sem qualquer dúvida:

  • Governos formados de acordo com os resultados das eleições;
  • O controlo dos políticos pelo povo que deveria ser soberano;
  • Terminar com a corrupção, começando por acabar com o assalto dos animais aos cargos públicos, os quais devem ser todos postos a concurso público.

Muito longo é o caminho a percorrer num país que tanto se afastou da democracia e da honestidade, mas estes pontos são o princípio indispensável para qualquer avanço.

Adenda:
Pensa que o que aqui está é mau e que para ser completo nem precisava de tantas acusações? Ou pensa que ainda assim poderia ser pior e ser uma democracia? Então veja o conteúdo deste post no parágrafo com o texto de caracteres de tamanho aumentado.

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Mais uma Bronca na Desinformação

É só mais uma bronca entre tantas outras que não diferem entre elas senão no género segundo o assunto. Nesta, a aldrabice é duma evidência que brada aos céus, não podendo senão ter origem num punhado desses seres atrasados mentais e ignorantes que pretendem que lhes chamem doutores. Porém, usar esse termo que revela sabedoria relacionado com estes impostores, só pode ser um desprestígio e uma ofensa para aqueles que realmente o são.


A reconstrução artística da Ardipithecus ramidus foi possível mediante a reconstrução digital das partes craniana de dois indivíduos. A face da Ardi não é tão protuberante quanto a dos grandes macacos actuais, mas não é tão plana e massiva quanto a dos mais recentes Australopithecus afarensis.



Os noticiários de hoje falaram-nos numa importante descoberta científica cuja história começou há cerca de 15 anos, mas cuja documentação foi publicada ontem (2-10-09) no jornal Science, da American Association for the Advancement of Science (AAAS), conhecida como a maior sociedade científica geral mundial.

Trata-se da descoberta de vários ossários e de um esqueleto parcial de um hominídeo, em 1994, que é um dos mais antigos predecessores ou progenitores da humanidade (os jornaleiros pedantes chamam progenitores ao pai e à mãe, pois que desconhecem o significado do vocábulo). Este esqueleto é o duma fêmea que viveu há cerca de 4,4 milhões de anos na região do vale de Afar - Rift, na actual Etiópia, considerado o berço da humanidade. A este novo humanóide foi chamado Ardipithecus ramidus, enquanto que este espécimen feminino foi familiarmente alcunhado de Ardi.

Zona do Vale de Afar-Rift e área circundante – a mais rica em fósseis de hominídeos e berço da humanidade.



Esta descoberta veio quase fazer esquecer a da Lucy, uns vinte anos antes (1974), o hominídeo mas antigo até à descoberta da Ardi.

Segundo se lê na Science, após esta descoberta, a existência dum predecessor comum aos humanos e aos chimpanzés e gorilas, de acordo com a teoria de Darwin, seria muito mais anterior do que ele teria considerado quando publicou o seu estudo intitulado A Origem das Espécies, há 150 anos. Cada nova descoberta tem relegado esse progenitor para um passado mais longínquo, calculando agora os cientistas que ele teria existido há mais de 6 milhões de anos. Pelas descobertas que se têm sucedido, provavelmente mais.

Chimpazé no Jardim Zoológico de Tama, em Tokyo.



Ainda segundo os cientistas, a relativamente enorme evolução verificada nos humanos também aconteceu paralelamente aos chimpanzés e aos gorilas, em ambos os casos desde que os seus ramos se dividiram. Daí o ter-se desistido da falsa assunção de que estes últimos seriam mais parecidos com o predecessor comum do que os humanos. Efectivamente, porque deveriam uns ter evoluído tanto e ou outros tão pouco? Era um erro de apreciação.

Estes 11 documentos por uma equipa de internacional de cientistas agora publicados (2-10-09) «contêm uma enorme quantidade de dados colectados e analisados num esforço superior de investigação internacional».

A edição de 2 de Outubro de 2009 do jornal Science, da American Association for the Advancement of Science (AAAS), distribuida pela Reuters em 2-10-2009.



O artigo da Science na Web (1-10-09) cita várias vezes a teoria de Darwin sem nunca a desmentir, mas corroborando a sua estimação em que «apreciava que a evolução das linhagens dos grandes macacos e as linhagens dos humanos se tinham processado independentemente desde o tempo em que essas linhas se separaram», relegando-a apenas no tempo. «Darwin foi muito prudente nesta matéria.»

Que nos contaram os nossos sapientes doutores em mentiras e aldrabices, especializados na fabricação de notícias e outras desinformações? No dia seguinte ao da publicação dos documentos, ouvimo-los claramente afirmar nos noticiários que «Por enquanto, as provas que existem afastam-se cada vez mais das teorias de Darwin ... Põe um ponto final a anos de especulação sobre a forma como decorreu a evolução humana … Nesta remota região de África, os cientistas descobriram as nossas raízes que são afinal muito diferentes». Este trecho da gravação do noticiário encontra-se entre os 5m 22s e os 7m 49s.

Mais uma vez aqui se repete:

  • Que confiança merecem estes animais iletrados, sem instrução nem profissionalismo, mas pedantes e arrogantes a mais não poder ser?

  • Que confiança profissional merece esta escória profissional que inventa e modifica as informações, que fabrica notícias?

  • Que confiança nos merece este bando de emproados que nos tem escondido e esconde tantos acontecimentos que deveriam ser noticiados (um exemplo entre tantos)?

  • Onde estão os verdadeiros jornalistas, dignos desse nome que conhecemos e que têm lenta e progressivamente desaparecido até atingirmos o ponto crítico actual?

  • Porquê hoje tão poucas as excepções na qualidade do jornalismo quando antes era a regra?

Fotografias da National Geographic Society e do Yahoo! News.

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Barroso Aprova e Encobre a Corrupção e a Fraude na União Europeia
Por Isso Que Foi Reeleito

A corrupção dos políticos não é apenas inerente aos portugueses. A Comissão Europeia e os deputados fazem igualmente parte com distinção. Um dos motivos da escolha do Zé Barroso para presidir a Comissão é obviamente devido à intenção de manter o status quo. Os acontecimentos aqui relatados atestam-no.

Cada vez somos mais desinformados pelos tinhosos da jornaleirada indigna e asquerosa, falsos, mentirosos, encobridores e incompetentes. A televisão dá-nos programas para atrasados mentais. São espanholadas, brasileiradas, gatos, morangos, etc., que se substituem e se repetem. Disto, é o que se quiser.

Pela ignorância nacional de casos semelhantes, frequentemente abordados na imprensa dos outros países, mais uma vez se constata a perversidade da imunda jornaleirada nacional que filtra e fabrica as notícias a seu bel-prazer.

Marta Andreasen, uma competente contabilista argentina de renome, com nacionalidade espanhola, ex-chefe contabilista da União Europeia, foi primeiro suspensa e em seguida expulsa pelo crime de ter encontrado um sistema contabilístico caótico, aberto ao roubo e à fraude e ter apresentado propostas para a sua reforma completa. A resolução desta completa ausência de controlo fecharia aquilo a que chamam um banco com os cofres abertos à descrição do roubo e da fraude dos deputados e dos membros da Comissão. Negou-se também a assinar as contas da União, no anterior sempre assinadas pelo seu predecessor corrupto, mas que durante 15 anos nunca tinham sido assinados pelo Tribunal de Auditoria por os auditores encontrarem as contas cheias daquilo que eles classificam como «irregularidades». São €100 Biliões de dinheiro de contribuintes praticamente à disposição de quem quer que lhes tenha acesso, que são roubados sem direito a reclamação por parte dos espoliados.

Em consequência, «em consistência com a recomendação feita unanimemente pelo Conselho Disciplinar, a Comissão decidiu despedir a Senhora Andreasen, permitindo-lhe reter os seus direitos de pensão.» Isto passou-se em 2003/2004. De recordar que em 2003 Marta Andreasen fora eleita personalidade do ano pelo seu alto profissionalismo.

Nessa altura, o Comissário que zela pela fraude e responsável pela auditoria, o Vice-Presidente da Comissão para Assuntos Administrativos, Auditoria e Luta Antifraude, e o OLAF (Organismo Europeu de Luta Antifraude), nada fizeram. Outros acontecimentos confirmam-nos que o OLAF nada faz sobre o que concerne a tipos de corrupção que envolvam governantes e políticos. A Comissão, hoje presidida pelo Barroso, manteve o sistema corrupto tal e qual.

Encontram-se aqui algumas afinidades com o caso Cravinho e outros. Só que a este ainda foi dado um exílio dourado. Contudo, a Marta Andreasen não precisou de favores. O seu profissionalismo e honestidade foram recompensados por várias propostas, uma das quais a do partido inglês UKIP, o qual a propôs para ser eleita para o Parlamento Europeu e os ingleses votaram nela.

Ultimamente, pouco após as eleições dos Euro Deputados de 2009, Marta Andreasen, MPE, foi de novo apresentada ao Parlamento como deputada pelo seu partido inglês, o UKIP, que a propôs para chefiar a comissão parlamentar da contabilidade. Agora não pode ser expulsa pela mesma causa, mas num acontecimento verdadeiramente inédito no PE, os deputados corruptos quiseram que o voto para a sua eleição fosse secreto para que não se conhecesse quem votasse contra e não viessem a ter de mostrar vergonha. Nem vale a pena dizer que votaram contra em maioria. Porém, vale a pena saber que foram festejar a vitória da corrupção com champanhe num bar do edifício em grande alegria e algazarra. Mais uma vez, tinham conseguido continuar a encobrir e proteger a sua corrupção e os seu roubos continuariam possíveis e impunes com a bênção do Barroso.

Os links abaixo contam a história muito melhor e mais completamente. Leiam-se e tome-se conhecimento daquilo que os sabujos portugueses nos escondem. Recordem-se ainda as palavras do Cavaco no sentido de que não importava que o Barroso fosse, o que importava era que fosse português. Poderíamos acrescentar que o que importava era que fosse corrupto e continuasse a permitir a corrupção como até agora o tem feito. (Para quem tenha dificuldade com línguas, lembra-se a existência dos tradutores online, como os do Google, Yahoo e outros, actualmente muito melhores que há alguns anos.)

A jornaleirada fantoche, porca e indigna nacional, pobres barrascos aldrabões que querem que lhes chamem doutores (que ridículo e que risada) só nos conta baboseiras convenientes a corruptos e a ela mesma. Se quisermos conhecer a verdade de assuntos do nosso legítimo interesse, nacionais ou não, temos de recorrer à imprensa dos países democráticos.

http://en.wikipedia.org/wiki/Marta_Andreasen


http://pipl.com/directory/people/Marta/Andreasen


http://www.telegraph.co.uk/comment/columnists/christopherbooker/5907489/Secret-vote-keeps-EU-whistleblower-from-office.html


http://news.bbc.co.uk/2/hi/europe/7091043.stm


http://news.bbc.co.uk/2/hi/programmes/hardtalk/2293519.stm


http://news.bbc.co.uk/2/hi/europe/3742148.stm


http://www.indhome.com/2009/07/20/marta-andreasen-blocked/


http://www.financialdirector.co.uk/accountancyage/features/2040268/profile-marta-andreasen-personality


http://www.indhome.com/2009/05/02/could-marta-andreasen-be-the-most-feared-mep-in-history/



Uma outra história de corrupção:


O Comissário Vice-Presidente da Comissão para Assuntos Administrativos, Auditoria e Luta Antifraude, Siim Kallas, assim como o Director-Geral do OLAF, Franz Hermann Brüner, ambos se recusaram a analisar o caso relatado nas páginas do link acima, agarrando-se a que os autores das participações eram quem devia apresentar as investigações, ou seja, que lhe entregassem o trabalho já feito numa bandeja. De certo que se assim se fizesse apresentariam outra desculpa: o que se pergunta é como pretendem esses senhores impostores que se faça tal inquérito sem os poderes que eles têm. De notar que o Director-Geral do OLAF já o era aquando do caso Marta Andreasen, pois que se encontra no OLAF desde 1998 e que desde 2000 ocupa o seu actual cargo.

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Resistência Contra Ocupação e Opressão

Ainda hoje, os mais celebrados heróis franceses modernos são aqueles que lutaram contra a ocupação alemã durante a Segunda Guerra Mundial. Em Espanha, aos heróis da resistência basca chamam terroristas.

Os heróis da resistência francesa têm sido frequentemente objecto das maiores homenagens ao mais alto nível nacional.

Difícil de acreditar em tão monstruosa maldade e falsidade quando o governo central espanhol, terrorista e opressor, afirma que quer a paz, ou não fosse o próprio povo castelhano o herdeiro das maiores selvajarias, torturas e genocídios mundiais. Se essa descomunal mentira fosse verdade, seria bem fácil de obter a paz, pois que para tanto bastaria conceder a independência ao país que colonizam impunemente. Não seria qualquer favor, mas apenas no cumprimento da Carta das Nações Unidas (Cap. I, Art°. 1, nº 2, assim como noutros lugares) e das normas de todas organizações defensoras dos Direitos Humanos.

Diz o falso do primeiro-ministro castelhano que vai acabar com a ETA. Esta afirmação acrescenta o epitáfio de louco à sua personalidade. Já provou a sua esperteza canalha noutras alturas e agora demonstra a sua baixa capacidade de compreensão, a sua falta de inteligência. Ao longo da história não faltam exemplos do contrário, sendo os mais recentes os constatados em Timor, na Palestina ou no Kosovo, onde povos dominados de modo idêntico ao que os bascos sofrem, lutaram pela liberdade ou morte. Sem excepção, observamos que a um aumento de opressão corresponde um aumento de resistência agressiva. É absolutamente lógico que os filhos, vendo como os pais são tratados pelos opressores se tornarão mais revoltados e agressivos do que os próprios pais. Está na natureza humana e está provado. Daí, a afirmação pelo aldrabão rasca e borra-botas do castelhano só poderá originar risota por tanta estupidez revelada, ainda que promovida por intrínseca iniquidade. Só passará despercebido a interessados ou estultos.

Todos os povos têm direito à autodeterminação. Se esgotadas todas as tentativas pacíficas, esta lhes continuar a ser negada, têm ainda o direito em a exigir seja por que modo for.

Em tudo isto, o povo castelhano não está isento de responsabilidade. O único modo possível de obter a paz e a tranquilidade é conceder a liberdade de direito ao povo colonizado. Não há outro caminho nem alternativa para a paz. Todos os acordos quebrados pelos governos castelhanos o têm provado.

Quando se conhece a populaça estúpida castelhana, que em lugar de se manifestar exigindo do governo essa única solução, se manifesta contra os próprios oprimidos, não podemos deixar de nos recordar dos crimes sanguinários cometidos pelos antepassados directos desse mesmo povo maldito. Aquele que mais selvaticamente se comportou ao cimo da terra, duma malvadez incrível, tal como descrita por um dos seus missionários, o Dominicano sevilhano Frei Bartolomé de las Casas, mais tarde bispo de Chiapas, no México, testemunha ocular das inimagináveis torturas e carnificinas por eles perpetradas.

Os incrédulos, os enganados, os desinformados e todos aqueles que desejem tomar conhecimento sólido da verdade deveriam ler as suas crónicas traduzidas em várias línguas e publicadas num grande número de países menos em Espanha. A mais conhecida é decerto aquela que ele intitulou Brevísima Relación de la Destrucción de las Indias. Os crimes relatados e cometidos pela população normal e pessoal dos colonos atingem as raias do inconcebível de tão hediondos. Só lendo-a e conhecendo o renome da honorabilidade do autor nos podemos convencer.

As demonstrações populares a que assistimos presentemente contra os bascos, por parte dos castelhanos são efectuadas pelos descendentes directos dessa raça de malvados.

Morte aos malvados! Pelo comportamento dos governos castelhanos, adivinha-se que será infelizmente necessário matar muitos mais até que a iniquidade compreenda e ceda à razão. Em lugar de se celebrarem e honrarem os resistentes como a França fez (e faz) aos seus. A violência dos bascos que se verificou em Barcelona é condenável por os catalães terem também sido conquistados e subjugados pelos mesmos castelhanos. Todavia, sempre que dirigida ao opressor ou aos seus tentáculos é um acto lícito, visto todos os outros terem sido frustrados pela malignidade castelhana. «As causas conduzem à violência, por os poderosos não as quererem resolver e não estarem interessados em fazer cedências.»

Querendo, pode consultar-se uma página com alguns extractos, factos históricos, nomes do principais heróis da perversidade e crueldade e, sobretudo, links para a crónica acima citada, textos, testemunhos, biografia do missionário, etc., clicando aqui.

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Confraternização de Canalhas

Assistimos recentemente à confraternização entre o canalha primeiro-ministro espanhol, que despreza os Direitos Humanos, e o seu homólogo português, não menos espezinhador dos mesmos direitos.

Este caso foi muito bem criticado pelo Porco em Pé do PSD, aquele que guincha desalmadamente no parlamento como um ordinário, ajudando a que este seja reconhecido como a Lavandaria Nacional, embora as suas alusões não terem sido todas adequadas. É o oportunista de aproveitamento político que tudo come em qualquer grau de podridão. Como um porco.

Continuando, nada de admirar que um pulha aprove um seu igual e que com ele confraternize. A continuidade destes factos está na origem de grande parte do evidente atraso de Portugal em quase tudo desde o tempo em que o Mário Soares chamou irmãos àquela escória de selvagens indignos que formam a quase totalidade da população dos nossos amaldiçoados vizinhos. Note-se que os malditos são os castelhanos e que o termo Espanha engloba povos como Catalães, Galegos e Bascos, por eles colonizados e que não têm os mesmos sentimentos nem os mesmos princípios, nem cometeram os mesmos crimes hediondos.

A jornaleirada repelente e os sórdidos políticos corruptos nacionais não deixam de nos atirar à cara com os maus exemplos da escumalha castelhana. Porquê? A resposta parece evidente, é intuitiva, sugestiva e bem provada: mostram-nos os maus resultados como se de bons se tratasse para não reclamarmos pela miséria nacional em relação aos países mais avançados de União Europeia. Se não são canalhas, então o que são?

Na verdade, os nossos vizinhos são tudo o que existe de pior na Europa e em certos pontos até em toda a humanidade. Não se trata apenas de corroborar com os factos de que a Amnistia Internacional os acusa anualmente em todos os seus incumprimentos dos Direitos Humanos, das más políticas sempre aqui citadas e agora comprovadas pelo estado da economia nesse país. Era um progresso balofo e sem bases sustentáveis. Não são casos a copiar, são tudo casos a evitar.

Com efeito, as agressões contínuas aos Direitos Humanos, incluindo o assassínio e a tortura são moeda corrente em Espanha e que não melhoram de ano para ano. O estado arroga-se o direito de manter prisioneiros sem julgamento num regime «incomunicado», impedidos de comunicar com quer que seja e vedada a assistência dum advogado, tal como nas mais extremas ditaduras. A sua página na AI sobre os crimes de Espanha é muito mais longa que aquela que reflecte as misérias de Portugal. Este facto não deve, porém, dar azo a qualquer tipo de orgulho nacional desapropriado, mas fazer reflectir como exemplo a não seguir.

A Espanha maldita é hoje o único país europeu que persiste no colonialismo, desrespeitando a Carta das Nações Unidas e todas as organizações internacionais relacionadas com os Direitos Humanos e dos povos. Juntamente com os EUA e Israel é acusada pela Amnistia Internacional de abastardar a definição de terrorismo em alguns artigos do Código Penal espanhol pudesse incluir actos que não seriam apropriadamente compreendidos por essa categoria (sic). A intenção é de ludibriar, permitindo ao estado esconder a perpetração de crimes inqualificáveis contra a humanidade.

Quanto ao passado, não se compreende que tanto espalhafato publicitário se faça sobre a morte dos meros seis milhões de judeus durante a II Guerra Mundial, relativamente aos mais de oitenta milhões assassinados pelos castelhanos nas suas colónias. Os malditos chegaram a exterminar povos inteiros. Então, esses seres humanos não têm mais direito ao reconhecimento que os judeus por serem num número mais de 12 vezes superior? Será a raça maldita se crê dispensada de pedir perdão aos descendentes dos sobreviventes do seu massacre? Porque se continuam a esconder os crimes dum povo bárbaro? Para lhe permitir a continuação dos seus crimes contra humanidade? Para lhes permitir de exterminar os Bascos? Para lhes permitir de matar os imigrantes ilegais?

A questão da real malvadez não se limita exclusivamente aos políticos. O povo animalesco revela os mesmos sentimentos nas demonstrações contra aquilo que querem fazer passa por terrorismo basco. Querem paz, como dizem? Pura mentira, simples falsidade, pois que se fosse verdade tomariam facilmente as mais que evidentes e simples medidas para que assim fosse. Serão tão estúpidos que não possam compreender que se lhes derem a independência a que têm direito se acabam as sequências da revolta dum povo massacrado? Ou querem fazer o mundo compreender que se tomassem essa decisão os ataques de defesa dos Bascos continuariam? Que risota! Como se pode ser tão estúpido a ponto de pensar que ninguém compreende a apresentação dum caso às avessas. No entanto têm-se servido dessa desculpa e há mesmo estúpidos que acreditam e interessados que fingem acreditar. As demonstrações do povo espanhol revelam estupidez crassa.

De espantar, ainda, é que parecem estar convencidos de que se conseguirem dominar a revolta da resistência basca, que terminarão com o problema! Acreditarão verdadeiramente que vão assim resolver o problema? Esperarão que os filhos dos bascos que assassinaram não seguirão as pégadas dos pais? A história, tanto antiga como moderna, revela-nos uma outra verdade.

Veja-se um resumo dos crimes maiores dos castelhanos, aqui.
Veja-se aqui o relato do Frei Bartolomé de las Casas, missionário sevilhano e bispo de Chiapas, no México, sobre as inimagináveis e inconcebíveis torturas do mais selvagem povo sobre a terra, aquele que de longe ultrapassou os temidos Mongóis.

Um outro post relacionado sobre uma faceta do terrorismo no mundo. Um outro sobre a traição do Sócrates.

Odiar um tal povo não é ser racista, mas colocar acima de tudo os Direitos Humanos, a verdade, a justiça e a honestidade, valores hoje bem murchos em Portugal, substituídos por valores-lixo de rascas, se virmos onde nos levaram, onde o número de traidores iberistas cresce a olhos vistos. Talvez não seja de admirar se nos lembrarmos do alto grau da desinformação nacional e das palavras de Victor Hugo: a ignorância é a mãe da estupidez. A internet está literalmente infestada de lixo espanhol que todos os imbecis teimam em reexpedir para tudo quanto é e-mail. Não nos bastará já o nosso próprio lixo? Não, pois que queremos importar todo o mais que encontramos para podermos justificar o que se diz de Portugal: a estrumeira da Europa.



Adenda29-5-09 16h0

Para quem preferir rescrever a história (costume que se tem vindo a enraizar) e desmentir a queixa/pedido do missionário ao rei espanhol, segue-se um pequeno extracto. São apenas algumas das suas frases numa descrição pormenorizada que em 46 páginas num ficheiro PDF.

Todas estas universas e infinitas gentes a todo género crió Dios los más simples, sin maldades ni dobleces, obedientísimas y fidelísimas a sus señores naturales e a los cristianos a quien sirven; más humildes, más pacientes, más pacíficas e quietas, sin rencillas ni bullicios, no rijosos, no querulosos, sin rencores, sin odios, sin desear venganzas, que hay en el mundo.
...
En estas ovejas mansas, y de las calidades susodichas por su Hacedor y Criador así dotadas, entraron los españoles, desde luego que las conocieron, como lobos e tigres y leones cruelísimos de muchos días hambrientos. Y otra cosa no han hecho de cuarenta años a esta parte, hasta hoy, e hoy en este día lo hacen, sino despedazarlas, matarlas, angustiarlas, afligirlas, atormentarlas y destruirlas por las extrañas y nuevas e varias e nunca otras tales vistas ni leídas ni oídas maneras de crueldad...
...
Daremos por cuenta muy cierta y verdadera que son muertas en los dichos cuarenta años por las dichas tiranías e infernales obras de los cristianos, ºinjusta y tiránicamente, más de doce cuentos de ánimas, hombres y mujeres y niños; y en verdad que creo, sin pensar engañarme, que son más de quince cuentos.
...
La causa por que han muerto y destruído tantas y tales e tan infinito número de ánimas los cristianos ha sido solamente por tener por su fin último el oro y henchirse de riquezas en muy breves días e subir a estados muy altos e sin proporción de sus personas (conviene a saber): por la insaciable codicia e ambición que han tenido, que ha sido mayor que en el mundo ser pudo...
...
Entraban en los pueblos, ni dejaban niños y viejos, ni mujeres preñadas ni paridas que no desbarrigaban e hacían pedazos, como si dieran en unos corderos metidos en sus apriscos. Hacían apuestas sobre quién de una cuchillada abría el hombre por medio, o le cortaba la cabeza de un piquete o le descubría las entrañas. Tomaban las criaturas de las tetas de las madres, por las piernas, y daban de cabeza con ellas en las peñas. Otros, daban con ellas en ríos por las espaldas, riendo e burlando, e cayendo en el agua decían: bullís, cuerpo de tal; otras criaturas metían a espada con las madres juntamente, e todos cuantos delante de sí hallaban. Hacían unas horcas largas, que juntasen casi los pies a la tierra, e de trece en trece, a honor y reverencia de Nuestro Redemptor e de los doce apóstoles, poniéndoles leña e fuego, los quemaban vivos. Otros, ataban o liaban todo el cuerpo de paja seca pegándoles fuego, así los quemaban. Otros, y todos los que querían tomar a vida, cortábanles ambas manos y dellas llevaban colgando, y decíanles: "Andad con cartas." Conviene a saber, lleva las nuevas a las gentes que estaban huídas por los montes. Comúnmente mataban a los señores y nobles desta manera: que hacían unas parrillas de varas sobre horquetas y atábanlos en ellas y poníanles por debajo fuego manso, para que poco a poco, dando alaridos en aquellos tormentos, desesperados, se les salían las ánimas.
...
Una vez vide que, teniendo en las parrillas quemándose cuatro o cinco principales y señores (y aun pienso que había dos o tres pares de parrillas donde quemaban otros), y porque daban muy grandes gritos y daban pena al capitán o le impedían el sueño, mandó que los ahogasen, y el alguacil, que era peor que el verdugo que los quemaba (y sé cómo se llamaba y aun sus parientes conocí en Sevilla), no quiso ahogarlos, antes les metió con sus manos palos en las bocas para que no sonasen y atizoles el fuego hasta que se asaron de despacio como él quería. Yo vide todas las cosas arriba dichas y muchas otras infinitas. Y porque toda la gente que huir podía se encerraba en los montes y subía a las sierras huyendo de hombres tan inhumanos, tan sin piedad y tan feroces bestias, extirpadores y capitales enemigos del linaje humano, enseñaron y amaestraron lebreles, perros bravísimos que en viendo un indio lo hacían pedazos en un credo, y mejor arremetían a él y lo comían que si fuera un puerco. Estos perros hicieron grandes estragos y carnecerías. Y porque algunas veces, raras y pocas, mataban los indios algunos cristianos con justa razón y santa justicia, hicieron ley entre sí, que por un cristiano que los indios matasen, habían los cristianos de matar cien indios.


Um site Porto Riquenho publica o mesmo texto e testemunha do silêncio que se tem querido impor a esta malvadez.

Nesta página há imensos links para outros testemunhos nos mais diversos sites. Só corroborando com a dita malvadez se pode querer ignorá-los.

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Obrigado, 25 de Abril

Transcreve-se aqui uma carta de um aluno ao seu professor de história, que não é nova e já apareceu em vários blogs no decorrer de 2008. Como com tantas outras matérias do conhecimento geral cujo interesse se mantém através dos anos, o assunto em questão também se perpetua, pelo que a sua actualidade permanece constante. Estes assuntos de actualidade durável são em tão grande número que fez com que o Blog do Leão Pelado desde o seu início decidisse publicar os posts sem data. Transcreve-se, pois, a carta na sua íntegra com pequenas correcções gramaticais, como a do primeiro período em que os seus elementos foram de tal modo deslocados e intercalados que o autor, a fim de evitar a confusão que assim gerou, semeou nele um punhado de vírgulas! Diga-se de passagem que é um costume que tem feito o seu caminho na escrita geral portuguesa, sobretudo na jornaleira; a inaptidão de construir uma frase inteligível, resultado da incapacidade mental de «arrumar» logicamente os elementos das frases de acordo com a importância e funções desses elementos na composição das frases para uma transcrição lógica das ideias. Consequentemente, trata-se claramente dum problema de mentalidade, duma deficiência mental que se generalizou paralelamente com os outros problemas da sociedade actual e com idênticas origens. É este, porém, outro assunto que não será agora debatido.

Após este alongado exórdio, segue-se a carta que, ainda que extensa, merece todos os minutos consumidos na sua leitura.


Exmo. Senhor Professor,

Sou obrigado a escrever-lhe nesta data, depois de ter escutado com toda a atenção a aula de História que nos deu sobre a Revolução de Abril de 1974.

Li todos os apontamentos que tirei na aula e os textos de apoio que me entregou para me preparar para o teste que o Senhor Professor irá apresentar-nos na próxima semana sobre a Revolução dos Cravos.

Disse o Senhor Professor que a Revolução derrubou a ditadura salazarista e veio a permitir o final da Guerra Colonial, com a conquista da Liberdade do Povo Português e dos Povos dos territórios que nós dominávamos e que constituíam o nosso Império. Afirmou ainda que passámos a viver em Democracia e que iniciámos uma nova política de Desenvolvimento baseada na economia de mercado. Informou-nos também que a Censura sobre os órgãos de Comunicação Social terminara e que a PIDE/DGS, a Polícia Política do Estado Fascista, acabara, dando a possibilidade aos Portugueses de terem liberdade de expressão, opinião e pensamento. Hoje, todos eles podem exprimir as suas opiniões nos jornais, rádio, televisão, cinema e teatro, sem receio de serem presos.

Disse igualmente que Portugal era um país isolado no contexto internacional e que agora fazemos parte da União Europeia e temos grande prestígio no mundo. Que somos dos poucos países da União a cumprir, na íntegra, os cinco critérios de convergência nominal do Tratado de Maastricht para fazermos parte do pelotão da frente com vista ao Euro.

Li os textos de apoio do Professor Fernando Rosas, onde me informam que os Capitães de Abril são considerados heróis nacionais, como nunca houvera antes na nossa história, e que eles são os responsáveis por toda a modernidade do nosso país, pois se não tivesse acontecido a memorável Revolução, estaríamos na cauda da Europa e viveríamos em grande atraso, em relação aos outros países, e num total obscurantismo.

Tinha já tudo bem compreendido e decorado, quando pedi ao meu pai que lesse os apontamentos e os textos para me fazer perguntas sobre a tal Revolução, com vista à minha preparação para o teste, pois eu não assisti ao acontecimento histórico por não ter ainda nascido, uma vez que, como sabe, tenho apenas dezasseis anos de idade.

Com o pedido que fiz ao meu pai, começaram os meus problemas pois ele ficou horrorizado com o que o Senhor Professor me ensinou e chamou-lhe até mentiroso porque conseguira falsificar a História de Portugal. Ele disse-me que assistira à Revolução dos Cravos dos Capitães de Abril e que vira com os olhos que a terra há-de comer o que acontecera e as suas consequências.

Disse-me que os Capitães foram os maiores traidores que a nossa História conhecera, porque entregaram aos comunistas todo o nosso império, enganando os Portugueses e os naturais dos territórios, que nos pertenciam por direito histórico. Que a Guerra no Ultramar envolvera toda a sua geração e que nela sobressaíra a valentia dum povo em armas, a defender a herança dos nossos maiores. Que já não existia ditadura salazarista, porque Salazar já tinha morrido na altura e que vigorava a Primavera Marcelista que, paulatinamente, estava a colocar Portugal na vanguarda da Europa. Que hoje o nosso país, conjuntamente com a Grécia, são os países mais atrasados da Comunidade Europeia. Que Portugal já desfrutava de muitas liberdades ao tempo do Professor Marcelo Caetano, que caminhávamos para a Democracia sem sobressaltos, que os jovens, como eu, tinham empregos assegurados quando terminavam os estudos, que não se drogavam, que não frequentavam antros de deboche a que chamam discotecas, nem viviam na promiscuidade sexual, que hoje lhes embotam os sentidos.

Disse-me também que ele sabia o que era Deus, a Pátria e a Família e que eu sou um ignorante nessas matérias. Aliás, eu nem sabia que a minha Pátria era Portugal, pois o Senhor Professor ensinou-me que a minha Pátria era a Europa. O meu pai disse-me que os governantes de outrora não eram corruptos e que após o 25 de Abril nunca se viu tanta corrupção como actualmente. Também me disse que a criminalidade aumentara assustadoramente em Portugal e que já há verdadeiras máfias a operar, vivendo à custa da miséria dos jovens drogados e da prostituição, resultado do abandono dos filhos de pais divorciados e dum lamentável atraso cultural, em virtude de um Sistema Educativo que é a nossa maior vergonha, desde há mais vinte anos.

Eu fiquei de boca aberta, quando o meu pai me disse que a Censura continuava na ordem do dia, porque ele manda artigos para alguns jornais e não são publicados, visto que ele diz as verdades, que são escamoteadas ao Povo Português, e isso não interessa a certos órgãos de Comunicação Social ao serviço de interesses obscuros.

O meu pai diz que o nosso país é hoje uma colónia de Bruxelas, que nos dá esmolas para nós conseguirmos sobreviver, pois os tais Capitães de Abril reduziram Portugal a uma “pobreza franciscana” e que o nosso país já não nos pertence e que perdemos a nossa independência. Perguntei-lhe se ele já ouvira falar de Mário Soares, Almeida Santos, Rosa Coutinho, Melo Antunes, Álvaro Cunhal, Vítor Alves, Vítor Crespo, Lemos Pires, Vasco Lourenço, Vasco Gonçalves, Costa Gomes, Pezarat Correia… Não pude acrescentar mais nomes, que fixara com enorme sacrifício e trabalho de memória, porque o meu pai começou a vomitar só de me ouvir pronunciar estes nomes. Quando se sentiu melhor, disse-me que nunca mais lhe falasse em tais “sacanas de gajos”, mas que decorasse antes os nomes de Vasco da Gama, Pedro Álvares Cabral, Diogo Cão, D. João II, D. Manuel I, Bartolomeu Dias, Afonso de Albuquerque, D. João de Castro, Camões, porque os outros não eram dignos de ser Portugueses, mas estes eram as grandes e respeitáveis figuras da nossa História. Naturalmente que fiquei admirado, porque o Senhor Professor nunca me falara nestas personagens tão importantes e apenas me citara os nomes que constam nos textos do Professor Fernando Rosas.

Senhor Professor, dada a circunstância do meu pai ter visto, ouvido, sentido e lido a Revolução de Abril, estou completamente baralhado com o que o Senhor me ensinou e com a leitura dos textos de apoio. Eu julgo que o meu pai é que tem razão e, por isso, no próximo teste vou seguir os conselhos dele.

Não foi o Senhor Professor que disse que a Revolução nos deu a liberdade de opinião? Certamente terei uma nota negativa, mas o meu pai nunca me mentiu e eu continuo a acreditar nele. Como ele, também eu vou pôr uma gravata preta no dia 25 de Abril, em sinal de luto pelos milhares de mortos havidos no nosso Império, provocados pela Revolução dos Espinhos, perdão, dos Cravos. O Senhor disse-me que esta Revolução não vertera uma gota de sangue e agora vim a saber que militares negros que serviram no exército português, durante a guerra que o Senhor chamou colonial, foram abandonados e depois fuzilados pelos comunistas a quem foram entregues as nossas terras.

Desculpe-me, Senhor Professor, mas o meu pai disse-me que o Senhor era cego de um olho, que só sabia ler a História de Portugal com o olho esquerdo. Se o Senhor tivesse os dois olhos não me ensinaria tantas asneiras, mas que o desculpava porque o Senhor era um jovem e certamente só lera o que o Professor Fernando Rosas escrevera.

A minha carta já vai longa, mas eu usei de toda a honestidade e espero que o Senhor Professor consiga igualmente ser honesto para comigo, no próximo teste, quando o avaliar.

Com os meus respeitosos cumprimentos,

O seu aluno



É um relato bem contado e algumas partes merecem-nos uma atenção especial.

De recordar que a descolonização, da maneira como foi operada por Mário Soares, fez dele o autor da desgraça de todos os povos que dela usufruíram, provocou hecatombes e carnificinas em cascata fazendo dele um literal assassino, não obstante ele mais tarde se ter desculpado injustificadamente, alegando que fora a descolonização possível na altura. «Desculpem-me se os matei», diria ele às vítimas da sua política. Nenhum país que descolonizou, todos anteriormente a Portugal, provocou tal desgraça quanto a de que o criminoso Mário Soares é o primeiro responsável. Portugal foi o único país colonial que provocou a desgraça das suas colónias e que desde então tem durado.

De focar a parte em que se menciona o fim da ditadura com a morte do ditador e que nos conta a verdade sobre o início da passagem do regime a democracia, que se estava a efectuar «em doçura» com o lógico intuito de «não fazer ondas» do género que a Abrilada alteou na sua sequência. O que se conta em contrário só pode servir para encobrir interesses ocultos, anestesiar aqueles que se recordam por terem vivido essa curta época ou para enganar e domesticar as mentes daqueles que não a tendo vivido a ignoram por falta de experiência própria. O golpe, que no passado teria sido verdadeiramente útil, necessário e benfazejo, foi, afinal, uma néscia loucura fora de tempo e que lançou o País no caminho resumido no texto da carta. Será que os Portugueses acordarão um dia a horas ou será o seu destino o de eternos atrasados?

De notar que as funestas consequências da Abrilada já tinham sido previstas por gente eminente da época que usava a própria cabeça para discorrer em lugar de pensar com a dos traidores do povo, como Miguel Torga entre outros. Veja-se aqui.

Outro ponto a realçar é o suposto e patético heroísmo de militares que se passearam em autêntica parada ou fizeram de polícias sinaleiros, recebendo flores, comida e vinho nos dias da Abrilada, por comparação ao autêntico patriotismo e heroísmo demonstrado por aqueles que, no Ultramar e por cerca de uma década, se sacrificaram ou foram sacrificados com tão escassos meios à sua disposição. Confusão de heroísmo ou pantomina, embuste e injustiça?

Veja-se ainda aqui e ainda aqui e aqui.

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Implicações do Caso Freeport

Tome-se de que lado se tomar, vire-se donde se virar, este caso é a prova real do banditismo político nacional, seja qual for a oligarquia no poder ou na oposição. A escumalha é a mesma.

Se se vier a apurar a culpa do Sócrates, não ficamos a saber mais do que aquilo que já conhecemos, que os políticos se servem do estado para corromperem e beneficiarem da corrupção, circunstância já amplamente demonstrada para quem tenha memória e se recorde do que os governos do Cavaco, entre os mais corruptos que jamais houve, fizeram dos largos fundos de coesão da União Europeia, esbanjando, distribuindo-o por amigos e correligionários partidários, roubando-o e tudo o mais do pior de que nos recordamos, mas que muitos pretendem ter esquecido por partidarismo ou pelo palrar enganador dos culpados. Esta simples circunstância faz do Cavaco o verdadeiro coveiro nacional, o cabeça do governo que preparou o futuro do país causando o estado actual, agora agravado pela conjuntura mundial, aquele que também construiu as estradas assassinas.

Portanto, a eventual conclusão da culpabilidade do Sócrates não poderá ser uma novidade inesperada, inserindo-se apenas no ram-ram quotidiano do comportamento dos políticos portugueses. (Obs.: o nome de “coveiro” já foi atribuído ao Cavaco aquando da sua eleição; a Leiteira limitou-se a copiá-lo como o papagaio que é, nem ideias frescas tem.)

Se pelo contrário se vier a confirmar que o Sócrates não esteve implicado no caso não demonstra que Portugal se encontre em melhor situação de seriedade. Bem pelo contrário. Por alguma razão a fama da corrupção nacional se alastrou pela Europa fora e esta ocorrência só poderá aprofundar a ideia que se formou do país. Afinal, ambas as hipóteses são perfeitamente plausíveis.

Por um lado Sócrates é um político que, corrupto ou não como os de todas essas oligarquias gananciosas e mafiosas, tal como os outros com grande dificuldade resistiria ao contágio; por outro lado o PSD está bem colocado para ter sido o autor da carta anónima de delação. Não admira que uma calúnia pudesse chegar por esse caminho (se de calúnia se tratar); a corrupção política geral acima mencionada é de todos conhecida. Como tem sido bem visível, o PSD é um partido que quase se desmancha quando não está no poder e encontra-se actualmente num autêntico estado de frenesim e desespero. Vendo-se sem argumentação contra um governo que afinal seguiu o caminho que ele tinha delineado quando era governo, não tem ponta por onde pegar e as circunstâncias não lhe deixam outro curso que o de mentir ainda mais do que o usual dos políticos. Alguns, extremamente nojentos, como a Manela Leiteira e o Aquilino ave de rapina, conceberam em conjunto um plano no estilo do que o presente governo seguiu, todavia pior por incluir a destruição do já miserável sistema de saúde, um dos piores da Europa, assim como abandonar o sistema solidário da segurança social, ou seja perpetrar crimes contra os Direitos Humanos, porque as necessidades sociais são Direitos Humanos.

Estes bandidos assaltantes da saúde pública e das pensões de reforma, encontrando-se sem argumentação com pés e cabeça, um cala-se e a outra limita-se a vomitar as maiores atrocidades jamais concebidas, pois sabe que aquilo que aprovou antes do governo o ter concretizado era ainda muito pior. Até o malfadado comboio a alta velocidade é filho desse governo. Donde as suas vociferações mais não podem ser do que a banha da cobra para ludibriar os carneiros eleitores. Contudo, ao que se constata, quanto mais baboseiras bárbaras a Leiteira clama mais desce a sua cotação, segundo tem publicado a TVI.

Noutros países europeus os partidos da família do PSD são democráticos do centro ou mais para a esquerda. Recordemos que foram os partidos do PSD da Suécia, da Noruega e da Dinamarca que em grande parte financiaram o Partido Socialista no seu princípio. Em Portugal, o PSD de PSD só tem o nome, não é nem social nem democrata, mas apenas burocrata, ou não fizesse parte da podridão política nacional. O PS também se voltou para o neo-liberalismo feroz. Que o Diabo leve a ambos e nos livre doutros piores que querem diminuir os impostos para terminar de vez com os serviços sociais, já que não haveria fundos para os manter mesmo assim reduzidos, e pôr mais agentes da polícia na rua para evitar o crime com origem na pobreza e na miséria moral.

Não tenhamos ilusões, políticos santos será a mais rara das excepções e quer este caso penda para uma conclusão ou para outra, os perdedores serão sempre os mesmos: nós, que pagamos e sofremos as consequências e ainda ficamos com fama de atrasados nos outros países por permitirmos que assim seja. A justiça podre, incompetente e arrogante que leva anos a avançar também para isso contribui.

Surge ainda uma outra questão. Então o Sampaio promulgou conhecendo que se tratava dum projecto numa zona protegida?

A corrupção generalizou-se no país, tornou-se parte integrante da nossa história recente e aprovamos governos corruptos pensando que se estivéssemos lá procederíamos de modo idêntico. As únicas coisas que movem estes políticos são a competição pelo poder e a acumulação de bens materiais. O povo que se lixe, só serve para sustentar a ganância, para ser ludibriado e se lhe arrancar o voto que permite a continuidade.

Num qualquer governo o poder é exercido por delegação. O governo exerce-o em nome dos que o elegeram e entre eles podem delegar o poder, como um ministro pode delegar poderes nos seus secretários. O ministro que delega o poder pode sempre tomar ele mesmo as decisões, ultrapassando a delegação. Do mesmo modo, num sistema verdadeiramente democrático – e não apenas de nome – os eleitores também têm o direito de tomar as decisões dos seus eleitos ou de as corrigir em seu lugar. Negá-lo é treta. Enquanto em Portugal não existir um sistema sério de controlo e de avaliação dos políticos, a corrupção continuará de vento em poupa. Se não se lhes põem rédeas bem curtas nenhuma melhoria há a esperar.

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