Blog do Leão Pelado



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Colaboradores:

A. João Soares, Aruangua, J. Rodrigues, Sapiens, Mentiroso



O Portugal do Terceiro Mundo
V – Porque Somos o que Somos?

Que seria que tornou os portugueses tão ignorantes, com a mentalidade mais atrasada e incapaz da Europa? Está previsto que dentro de poucos anos estaremos na ponta da cauda de todos os países europeus. Então nenhum dos sabujos com tanta garganta previu as consequências do que estavam a fazer com os fundos europeus de coesão e a redução de vagas para os cursos de medicina? São tarados, ou vigaristas que usam marketing como traidores?

Na realidade, foram os políticos, apoiados por jornalistas, quem criou o "buraco" de ignorância para onde lançaram a população. Os jornalistas (ou jornaleiros) nunca cumpriram as suas funções e deveres para com o país, denunciando-o, pelo que se conclui a existência duma conivência; mas foram os políticos quem o criou por puros interesses oligárquicos, dizendo à população que após a Abrilada todos passaram a ser livres, o que, como eles diziam, permitia a cada um poder fazer o que quisesse. Enganaram assim o povo, pois que este não é o princípio de nenhuma democracia, é sim, o princípio duma anarquia em que todos fazem o que querem mesmo quando isso significa que para seu bem são livres de fazer mal ao vizinho, seja como for, sem nenhuma consideração pelo próximo a quem prejudiquem. O princípio da democracia é exactamente o contrário: nunca fazer seja o que for que possa prejudicar o próximo

Com esta burla, maior do que todas as outras, os políticos guiaram a formação da mentalidade atrasada dos portugueses, conduzindo-a a um estado de selvática falta de civismo extrema em tudo comprovada, fomentaram os maus instintos, a imoralidade, o egoísmo, o pedantismo e o orgulho que os cegam e não lhes permitem ver a profundidade do buraco em que os meteram. Mas assim, fazendo um povo orgulhoso da sua estupidez e ignorância, garantiram os votos de que até agora têm usufruído por burla e, evidentemente, à custa da desgraça, da infelicidade e do atraso de toda uma população. Para seu único proveito colocaram Portugal na cauda dos países do terceiro mundo. Actos de malvadez e traição.

A própria mentalidade e gostos gerais são os maiores acusadores dum super atraso mental inigualável por toda a Europa. (Raros o conhecem por tudo lhes ser escondido por politiqueiros inferiores e jornaleiros indignos.) Disso são comprovativo os passeios familiares de fim de semana pelas grandes superfícies comerciais e os "tops" da televisão. É impossível deixar de notar a preferência doentia por tudo quanto é lixo. É igualmente impossível de comparar esses "tops" aos que se constatam em países europeus, tanto nos mais desenvolvidos como nos mais atrasados, sem se dar facilmente conta que a população portuguesa ganha a palma a todos sobre a matéria, e de longe. Atraso profundo, hoje tão bem enraizado graças às técnicas efectivas usadas por políticos e jornalistas. Fácil presa política e jornalística. Fizeram de Portugal não só o país mais pobre, mas ainda o mais atrasado, tanto materialmente como intelectualmente, fisicamente, psicologicamente, mentalmente, de todos os modos que se imagine, basta citar um assunto qualquer e compará-lo com o que se passa nos outros países para o concluir.

Outras evidências abundam comprovando a mentalidade atrasada, baixeza de sentimentos, educação de nível muito inferior ao que se verifica noutros países do terceiro mundo. Para o demonstrar basta notar-se que a maioria que segue estes procedimentos acha que não e disso está absolutamente convencida. Quando muito há alguns que mesmo com este procedimento reconhecem a falta de civismo geral, nunca admitindo, todavia, que eles próprios façam parte do grupo. É geral, como bem provado pelos assassinos da estrada: eles podem cometer qualquer erro ou brutalidade ou mesmo matar, que segundo eles não o são, são sempre os outros. Estas características verificam-se a todos os níveis da população e ainda tanto no ramo privado como no comercial, este em tudo o que se relacione com relações humanas.

Todos estes casos se encontram entre os mais gritantes dos países atrasados. Infelizmente estão bem longe de serem todos os que fazem de Portugal um país atrasado e dos mais atrasados da Europa. Está oficialmente previsto que a continuar-se neste caminho, dentro de poucos anos será o país mais atrasado de toda a Europa. Donde, não só estamos num país do terceiro mundo como num em que muitas regras típicas de ditaduras e apenas nelas verificadas se perpetram com o maior à-vontade dos factos comuns, normais e naturais. Mantêm-se, assim, prisões superlotadas, o que desencadeia outro problema humano (ou desumano). Não sejamos inocentes ao ponto de estupidez crassa: tais acontecimentos não podem ter lugar sem conhecimento dos políticos, sem que eles se apercebam e nada façam para o modificar, e em que somos colossalmente estúpidos em votar. Aí sim, somos estúpidos.

Mais evidências se encontram, por exemplo, na completa desorganização dos serviços do Estado, sem dúvida por estes serem sempre chefiados por incompetentes e interesseiros incapazes que ocupam esses lugares – que deveriam ser postos a concurso de gente competente – apenas por fazerem parte dos partidos políticos governamentais. Pura corrupção ao mais alto nível. Os prazos de resposta ou de qualquer outra reacção a notificações de qualquer proveniência, incluindo dos tribunais, ou para qualquer actuação, são uma autêntica barafunda burocrática que apenas os portugueses, pelo seu hábito podem julgar normais. Em países avançados todos os prazos são iguais, geralmente de 30 dias, salvo raríssimas excepções justificadas. Não há excepções, não há enganos. Todavia, para a mentalidade dos dirigentes portugueses que só seguem os maus exemplos vindos de fora, pondo de lado os meritórios com o falso pretexto de que “em Portugal isso não pode ser assim”, abona mais do perfeitamente o profundo atraso de país, que começa na mentalidade incapaz e retrógrada dos governantes.

Demonstrações dum actual e contínuo aumento da selvajaria estão patenteados, entre outros, no comportamento geral dos políticos e dos governos, da sua corrupção que se amplia em lugar de diminuir, do acréscimo anual de animais abandonados. Muita gente ignorante dos sintomas considerados nos países civilizados, argumentarão que estes factos não são significativos, mas palavra de ignorante não tem valor.

Exemplos? Leiam-se neste blog, nos blogs da Mentira!, Do Mirante, O Anarquista, no site da Mentira! Se estes não chegarem, a internet portuguesa está cheia de mais exemplos fáceis de encontrar. Que se espera par se pôr cobro a esta situação? Exija-se a obediência dos políticos ao seu soberano, o povo. Numa democracia, o único soberano é o povo. Todos os outros, incluindo deputados, magistratura e tribunais, não passam de simples mandantes, dignos ou indignos consoante cumprirem ou não as funções por que são pagos. Se não se obtiver resposta, continue-se a exigir e a demonstrar essa vontade por acções num crescendo de acordo com a reacção da corrupção política. Na melhor ordem enquanto possível, exigindo com toda a força se não houver reconhecimento da parte dos corruptos. Que comecem por demonstrar alguma vontade terminando com a corrida aos lugares da administração a cada eleição e pondo-os todos a concurso público. Que parem as nomeações. A desculpa de confiança política já cheira mal de podridão que encerra e não é nem nunca foi admissível. Se não têm confiança política é apenas por porem os interesses partidários e pessoais à frente de todos os outros, incluindo os nacionais, o que faz deles traidores. Traidores, o uso sempre foi de se enforcarem por se considerarem demasiado indignos para que se lhes cortasse a cabeça. E arrastavam-se os cadáveres pelas ruas.


Este artigo é parte duma série em vias de publicação sob o tópico «3º mundo». Os casos que comprovam Portugal encontrar-se na “parte baixa” do terceiro mundo são demasiados para se comprimirem em poucas linhas.

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Terrorismo

Bascos, Bósnios, Kosovo, Curdos, Franceses, Irlandeses, Palestinos, Tibetanos, Timorenses e tantos outros. Serão todos Terroristas?

Em 1948, o povo dos Hebreus que não tinha emigrado vivia numa pequena porção do território chamado Palestina, um protectorado Inglês. Este povo, com a intenção de afugentar os ingleses e obter liberdade total, fazia explodir bombas por tudo quanto era sítio inglês. No entanto, nunca lhes chamaram terroristas. Porquê? No passado, um procedimento idêntico já lhes valera a quase aniquilação total pelos Romanos. Mas eles queriam ser livres.

Nesse ano, o mundo representado nas Nações Unidas reconheceu a esse povo o direito a formar um estado a que ele chamou de Israel e obrigou os vizinhos a lhe cederem o território necessário a esse fim, território com o qual os representantes desse povo concordaram em seu nome. A partir de então, esse tão lamentado povo começou a sair das fronteiras que tinha aceitado e a roubar terras aos vizinhos. O povo mártir tinha-se transformado em martirizador e usurpador. O povo que sempre lutara pela sua liberdade tornara-se agora, contra os princípios que parecera defender, o opressor, o ocupante abusador.

O povo assim espoliado, desde então tem tentado por todos os meios recuperar o que é seu e lhe tem sido extorquido pela força. Os pobres usurpadores de terras começaram a lamentar-se e a dizer que as suas vítimas espalhavam o terror nas terras que eles lhes usurpavam, oprimindo-os mesmo nos seus próprios territórios de todas as formas imagináveis escondidas pela maioria dos jornalistas.

Assim nasceu o significada moderno da palavra-termo «terrorismo», cujo significado, dada a sua origem e o género de reacção, se depreende ser uma forma de defesa contra um agressor que usurpa os territórios e os direitos doutro povo, inibindo-o da liberdade e oprimindo-o.

Veja-se mais sobre esta história, referências e alguns links. Veja-se como a maioria dos Hebreus não quis roubar os territórios alheios, como perpetrada pelos zionistas (ou sionistas). Vejam-se também os links na coluna de esquerda deste blog, sob o título Outras Opiniões.

Mais recentemente, o significado do terrorismo legítimo tem sido abusado por dois lados. Por um lado, grupos que lutam por qualquer interesse mínimo têm usado métodos idênticos na tentativa de conseguirem os seus desígnios. Embora na maioria dos casos estes meios sejam desproporcionais ao reivindicado, o certo é que, quase sempre, os seus argumentos ou parte deles são válidos. Pelo outro lado, sempre que um povo quer libertar-se do jugo de outro, exige a liberdade a que tem direito e pega em armas caseiras, após todos as possibilidades de diálogo estarem esgotadas, o usurpador, invariavelmente, chama-lhes terroristas.

Entretanto, todos parecem querer esquecer-se doutra história. Ninguém parece querer falar do direito dos escravizados, dominados e fracos a utilizarem todos os meios possíveis e ao seu alcance, quaisquer que eles forem, para se defenderem dos escravizadores, dos dominadores e dos fortes que lhes infligem sofrimentos.

Os franceses compreendem-no. Não por serem mais inteligentes do que os outros (talvez sejam mesmo o contrário), mas porque sofreram muito semelhante na carne e na sua própria terra, mas em muito menor grau, aquilo que sente o povo escravizado e colonizado da Palestina. Com a ajuda dos ingleses, assim como de todos os aliados que hoje pretendem ter-se esquecido, a Resistência Francesa, comandada pelo General de Gaule, mais tarde presidente da República, rebentava com tudo, plantava bombas em tudo quanto era sítio onde estivessem ou passassem alemães. Quanto mais alemães matassem ou fossem atingidos, melhor.

Com muito menor sofrimento infligido pelos nazis, faziam muito pior do que hoje o fazem os Palestinos aos seus bárbaros colonizadores. Na verdade os Palestinos comparados aos franceses de então, mais parecem aprendizes inexperientes e com pouca efectividade. Por isso os franceses compreendem e aprovam.

Só a falsidade e a maldade ou interesses escondidos podem escamotear a “verdade verdadeira” e inteira. Outros povos se encontram em situação idêntica e os malditos esclavagistas insistem em chamar-lhes terroristas. É um direito humano, mundialmente reconhecido por todas as organizações de Direitos Humanos e continua a ter o nome que se usou na Seg. Guerra Mundial: Resistentes.

Se a definição de terroristas aqui exemplificada for acertada por corresponder à definição de resistentes, dada pelos franceses, é um mérito sê-lo. A palavra, com sentido depreciativo, toma forma de elogio. Ser terrorista, neste contexto unicamente, é ser herói. É fazer parte dum grupo de heróis que por toda a terra lutam pelos direitos dos povos de acordo com a Carta das Nações Unidas, pelo seu reconhecimento e pelos Direitos Humanos. Os esclavagistas pretendem interpretar as palavras do preâmbulo da Carta das Nações Unidas, que cita a paz e a tolerância como obrigatoriedade dos escravizados em aceitar a paz dos opressores e em tolerá-los!

Especialmente de recordar, o primeiro acto oficial praticado por François Mitterrand – defunto presidente da república francesa, ex-resistente da força dirigida pelo General de Gaule – como presidente da França. Este acto foi o mais solene de todo o seu longo mandato, elevado ao mais alto grau, com participação de um número enorme de militares de todos os ramos, apresentação de todas as forças e maquinaria militar. Colaboraram todos os partidos sem distinção na longa cerimónia que durou um dia inteiro. Tratou-se de François Mitterrand, em nome da França, prestar a mais alta e solene homenagem a Jean Moulin e ao seu túmulo, no Panteão Nacional, monumento dos heróis nacionais. E afinal, quem foi Jean Moulin? Era filho dum professor de história e prefeito, tinha colaborado com os republicanos na guerra civil de Espanha e conseguiu reunir os vários grupos de resistentes. Um resistente (um terrorista) socialista, preso e torturado pela Gestapo por colocar e mandar colocar umas bombazitas por aqui e por ali, para matar alemães. Morreu em 18 de Julho de 1943 em consequência da tortura.

Um resistente-terrorista, um dos maiores heróis da França moderna, pelo menos o maior da Segunda Guerra Mundial, juntamente com o seu comandante, o General de Gaule. Haverá ainda quem creia ser possível os franceses não apoiarem actos de libertação após o domínio nazi? Pelo menos nestas décadas mais próximas não será provável: ainda está muito recente na sua memória colectiva.

As colonizações actuais, a subjugação de povos por outros povos e o roubo de territórios, justificam a defesa e a luta por meios duros quando todos os outros se esgotarem e o país dominador continuar a dominar os outros. Todas as organizações internacionais de Direitos Humanos defendem os direitos desses povos.


  • Afinal, quem são os terroristas? E quais têm sido as medidas tomadas em vista a resolver as causas?

  • Serão os bósnios ou os sérvios que os exterminaram após terem consumado outros métodos de opressão, inclusivamente o de lhes terem tirado os médios? (Ainda que sob outro aspecto, em Portugal não estamos longe de ficar sem médicos, como eles ficaram.)

  • Os Irlandeses, que levaram séculos a conseguirem uma independência apenas parcial?

  • Os Tibetanos, chacinados pelos chineses e com a sua cultura multi-milenar praticamente destruída?

  • Os Bascos, em que onde até o Franco mandou a Luftwafe treinar os seus bombardeamentos sobre as suas cidades?

  • Os Timorenses, que rejeitaram a imposição da lei indonésia à facada?

  • Os Palestinos, expulsos de suas casas para que os judeus construam colónias, emmurados, escravizados, levados à miséria, que usam pedras contra armas sofisticadas?

  • Os Curdos, a quem interesses mais fortes lhes dividiram e partilharam a nação por quatro países e que quando se querem unir são apodados de terroristas pelos cobardes que os escravizam?

  • Os resistentes-terroristas franceses, como o presidente François Mitterrand, o heroi Jean Moulin e o seu chefe principal, o General de Gaule, que se fartaram mandar pôr e pôr bombas, matando o máximo de alemães possível, serão todos terroristas, visto se encontrarem em iguais circunstâncias?



Serão todos terroristas ou estaremos a assistir a interesses sujos que nos pretendem “entochicar”? Interesses defendidos pelos interessados e encobertos por jornaleiros imundos. Como com todos os tipos propaganda, não devemos sequer olhar para os quadros que nos pintam nem ouvir as canções de embalar de assassinos. Devemos abrir os olhos e usar a nossa própria cabeça.

Se se quiser acabar com este terrorismo há uma solução evidente: restituir-lhes o que lhes pertence e que eles reclamam. Só que também é evidente que os verdadeiros malfeitores não querem uma solução justa por ganância; querem massacrar os povos que dominam pela força refugiando-se na teoria de burla que pretendem dialogar. Só que o dialogo não pode conduzir a qualquer conclusão desde que as condições primordiais, requeridas, necessárias e em falta não sejam satisfeitas. Não querem tornar-se civilizados e restituir aquilo que roubaram e a que não têm qualquer direito. Assim, jamais haverá paz. Os opressores não a querem.

Por justiça não ter sido feita, o nome «terrorista» tornou-se uma honra muito especial: o nome dado pelo reconhecimento mundial a todos aqueles que lutam pelas liberdades básicas, pelos Direitos Humanos, pelos direitos dos povos, tal como definidos pela Carta das Nações Unidas, os verdadeiros heróis por vocação, desconhecidos, merecedores de todas as honrarias.

É sob esta luz que deveremos analisar todos os casos do chamado terrorismo, se eles se enquadram ou não neste reconhecimento mundial das organizações dos direitos humanos e dos povos. É o que faremos, em breve, acerca daquilo a que em Espanha se chama o terrorismo Basco.

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O Portugal do Terceiro Mundo
IV – A Nova Ditadura

Infelizmente é verdade. Não foi proclamada nem veio de repente; foi-se metamorfoseando com o 25 de Abril roubado ao povo por políticos corruptos e oportunistas.

Os factos concretos sobre o género de problemas e procedimentos que os causaram são em número interminável, visto a corrupção e a ganância políticas não terem feito outra coisa desde que a oportunidade lhes foi concedida. Prossegue-se aqui o relato dessa fonte inesgotável de maldade, banditismo, associações de malfeitores, máfia genuína.

A ditadura
As enormes despesas com um serviço de saúde de inspiração comunista e extremamente ineficaz, de organização únicas na Europa, assim como a quase completa ausência de aplicação de medicina de prevenção e crescente recusa de participação do Estado nos medicamentos existentes exclusivamente para esse fim, são alguns entre o muitos factos que nos distinguem dos outros países europeus (Saúde). Com efeito poucos o conhecem, posto que politiqueiros e jornaleiros só nos falam do que se passa até aos Pirinéus, a não ser no que está mal, para nos fazerem admitir os seus maliciosos desgovernos mal intencionados. Para eles, e consequentemente para nossa desinformação, é aí a fronteira da UE.

O dobro de acidentes com crianças e idosos relativamente à média da UE e mesma proporção nos acidentes rodoviários dentro das populações são dois recordes absolutos. O trabalho infantil, a pobreza geral e a crescente disparidade entre ricos e pobres que não pára de se acentuar. Hábitos incivilizados, e tanto mais. As contínuas acusações de violações dos direitos humanos pela parte da justiça e das polícias. Uma justiça aplicada com parcialidade e com critérios e preceitos inadequados e mais que duvidosos, fazendo distinção entre políticos e ricos de um lado, cidadãos comuns e pobres do outro. A impunidade de criminosos de direito comum por incapacidade da justiça e da Polícia Judiciária. O quase vedado acesso ao apoio judiciário, inconstitucional, altamente agravado pelo governo de Durão Barroso e por um seu ministro que mentiu mais e mais mal causou ao povo do que qualquer outro seu predecessor, que por demais, afirmando-se cristão não poderá deixar de ir para o inferno. O incrível facto de que a fantochada da justiça portuguesa se arrogue o direito de enjaular pessoas por longo tempo sem formalização de acusação e mantê-las assim enjauladas por tempo praticamente indeterminado, sem formalização de acusação, sob pretextos estúpidos e inexistentes em países democráticos (a quarta parte dos detidos em masmorras estão nestas condições inadmissíveis), caso apenas igual ao que se passa em ditaduras. Nos outros países da UE, ainda que não exista homogeneidade, estes prazos contam-se em dias. Donde a justiça portuguesa funciona com a arrogância duma ditadura e os direitos humanos são espezinhados.

Povo selvagem
O modo como se pensa e se tratam os outros animais, incluindo o seu abuso sexual. A autêntica selvajaria demonstrada a este propósito e a falta de legislação relativa ("se os animais não votam, porque perder tempo com eles?" – mentalidade típica dos políticos portugueses), estão bem patentes e exemplificadas pelas muitas e contínuas ocorrências, inclassificáveis até num ambiente da mais pura selvajaria e barbárie, perfeitamente entranhados na «cultura» nacional. Casos como alguns amplamente divulgados são verdadeiros atestados do atraso na mentalidade. Casos conhecidos, como pendurar cães e espancá-los à morte, abuso sexual dos cães, são casos muito mais baixos de sentimentos e significativos do que as simples lutas de animais. Como não votam, não merecem a atenção da cambada política.

A superstição de que há raças de cães perigosas ou não, ignorando completamente o conhecimento sobre o assunto, atestado num velho ditado em uso em muitos outros países: pelo comportamento das crianças e dos cães se conhece a mentalidade dos adultos. Este ditado, como todos os ditados em geral, demonstra um facto de conhecimento lato (aqui sobre crianças e cães, ignorado em Portugal), que tanto as crianças como os cães se comportam de acordo com aquilo que lhes ensinaram ou que aprenderam por observação dos seres que lhes são mais próximos, neste caso os pais ou os donos. Donde não há crianças nem cães mais perigosos que outros; o que há é adultos, mais ou menos incivilizados, que os fazem como eles são. Não se vê o mesmo no comportamento das crianças nas escolas? Ou pretendemos ser cegos?

Pode um povo com tal mentalidade para perpetrar tais crimes bárbaros ser considerado como civilizado? Pode um Estado que o consente ser considerado democrático? Podem os políticos que nada fazem no interesse dos habitantes (tanto pessoas como animais ou a própria natureza) e que em nada contribuem para a melhoria da mentalidade e do civismo ser considerados como pessoas idóneas, íntegras, honestas, dignas? Eles exigem que assim os considerem, mas as suas acções reles negam-no e condenam-nos, pois que pelo fruto se conhece a árvore. Se os seus frutos são poderes, eles só podem ser incapazes, bandalhos, indignos, burlões, vigaristas gananciosos e maldosos: podres.

A população foi convencida e entorpecida pela ideia de que desde que se vote é uma democracia. Para isso muitos políticos chegam a mentir e reinventar a história, afirmando que durante o Estado Novo nunca se votou: era uma ditadura em que se votava. Pois agora também se vota, o que não faz do sistema uma democracia. É uma ditadura, uma ditadura diferente, mais contemporânea.

Atraso mental e falta de civismo
Uma população com uma mentalidade assim patenteada, sem princípios humanos nem dignos, nunca poderá avançar em direcção à democracia, à qualidade de vida que pretende, mas busca no sentido errado, porque é a falta de conhecimentos que a impede de compreender o que verdadeiramente lhe interessa. Desta conjuntura, fomentada por eles próprios, os políticos têm sabido aproveitar-se, mantendo-a com o único propósito dela se aproveitarem em seu único proveito.

A falta de civismo só pode ter uma origem: a incapacidade mental de compreender que na vida em comum, em sociedade, a que é impossível fugir nos tempos modernos, que para nosso próprio bem somos obrigados a tratar todos e tudo o que é a natureza com a mesma consideração com que nós próprios queremos ser tratados. É assim que se pensa nos países civilizados de que Portugal não pode fazer parte. A falha na compreensão de tão simples realidade só pode ter origem em atraso e numa ignorância obscura e profunda e ser causa de infelicidade. Ou não vivemos nós numa aldeia global? Estas são talvez provas difíceis de compreender por quem quer que tenha sido criado e vivido em países absolutamente selváticos em que o cinismo é tomado por educação, como em Portugal, mas é esta a simples realidade, quer se recuse ou se aceite. A falta de compreensão desta simples realidade é a primeira causa da falta de democracia, do bem-estar de toda uma população.

Garantia de continuidade
Políticos que obram no sentido de manter estas circunstâncias num status quo só o podem fazer por pura e profunda malvadez. Porque não o ignorando, sabem o mal que fazem. Não o ignorando são malvados. Os seus actos o demonstram. A persistência da população em continuar a votar neste género de gente desprezível que os engana e os faz infelizes de todos os modos, é outra prova da crassa ignorância em que os interesses ilícitos dos políticos os têm mantido. Os políticos, com a indispensável ajuda dos jornaleiros, têm mantido a situação de ignorância que tem garantido este referido estado de status quo, mas na verdade este caso não se limita a este ponto.

A continuidade deste estado é garantida pela continuidade da ignorância e pela continuidade da sua aceitação pela parte dos carneiros votantes. Existem mesmo alguns ingénuos ao ponto de ainda suporem que os políticos que assim se comportam «não serão assim tão maus» e que «um dia arranjarão as coisas». Outros, como anteriormente citado, parecem estar à espera que venha um arcanjo salvá-los. Ingenuidade, tacanhez boçal ou pura estupidez? Porque diabo haveriam os políticos de rejeitar a felicidade que lhes é assim oferecida numa bandeja, mesmo que à custa do mal e da infelicidade de toda uma população, enquanto lhes permitirem? Não é este país um verdadeiro paraíso para gente dessa espécie?


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O Crescimento Negativo de 1,3% ou Como se Mente e se Toma a População por Lerda

Assistimos a uma alocução de fantástica impostura, em que um primeiro ministro fez um escandaloso elogio a um enorme retrocesso a que ele alcunha de progresso. Gozo, fantochada, ludíbrio ou estupidez crassa?

O crescimento de Portugal, de acordo com as estatísticas publicadas, foi de 1,3%. Constatando que o crescimento médio na Europa foi de cerca do dobro, o número significa simplesmente que aquilo a que um aldrabão chama de crescimento e progresso, fazendo as contas só pode ser um atraso. A realidade, pois, foi que sendo o citado crescimento europeu médio do dobro, Portugal fez um retrocesso igual à diferença, ou seja, igual ao valor do alcunhado crescimento, um retrocesso igual a metade da média do crescimento europeu. Parece ser uma conta tão fácil de fazer, que ninguém pode crer que mesmo Guterres se enganasse.

Portanto, para se ser autor dessa afirmação é imprescindível ser-se doente mental, retardado, analfabeto, ou então um bandido maldoso e vigarista mal intencionado. Denuncia também um elevado grau de estupidez da parte do seu inventor, pois que ele parece crer que até uma população desinformada, ignorante e embrutecida por aldrabices do género, possa ser lerda a esse ponto.

À parte esta verdade, é bem conhecido que um crescimento inferior a 3% equivale sempre a um retrocesso. 1,3% é inferior ao crescimento de qualquer dos outros países europeus. É uma afirmação de que Portugal continua a afastar-se dos outros países a passos largos. Semelhante afirmação só pode ser motivo de orgulho para quem quiser mal ao país.

A riqueza nacional não tem feito senão baixar desde a altura em que o Cavaco pôs em circulação o saldo do que foi roubado e mal administrado dos fundos europeus com o seu desinteresse ou bênção. Este acto provocou uma enorme inflação e a ilusão geral de se ter enriquecido. Uma fonte de votos dum povo ignorante que votou assim na sua própria desgraça, nos actos que lhes arruinaram o futuro e o dos seus próprios filhos.

E assim continuará por um tempo indeterminado, o qual dependerá do modo como o problema for encarado pelos governos de gananciosos que proclamam o seu interesse pela nação, mas cujos actos provam que apenas lhes importam os lucros próprios, lícitos ou não e privilégios a que não teriam direito, fosse Portugal uma democracia. Qual é o pacóvio que acredita que uma desgraça que levou décadas a acumular vai desaparecer em poucos anos pelas palavras de corruptos oligarcas? Nem os mais desmiolados portugueses podem acreditar.

De frisar que se este governo é culpado dos resultados, é inconcebível que um tal atraso estrutural possa dever-se unicamente a ele. Na realidade um mal deste género (estrutural) tem que vir de longe. Levou décadas a concretizar-se. Não se pode omitir o que foi feito dos fundos europeus que nos deviam ter posto na pegada dos países progressistas. Não se pode esquecer o modo corrupto como foram administrados, roubados e distribuídos entre governantes, partidos & amigos, que enriqueceram todos de forma tão rápida e escandalosa, do conhecimento geral. O povo de carneiros agradeceu ao seu carrasco responsável número um, elegendo-o.

Após análise dum ano na presidência, podemos tirar algumas conclusões. Provavelmente, o homem não é pessoalmente corrupto, ele próprio poderá não ter enriquecido da maneira vergonhosa dos seus colaboradores, subordinados & amigos, mas nada fez para o impedir. Não cumpriu o seu dever de primeiro responsável, pelo que é tão culpado como se o tivesse feito ele próprio, mais culpado ainda. É ele o primeiro culpado da desgraça actual dos portugueses e até da falta de médicos. Temos observado como ele tolera todo o género de barbaridades, punhaladas na constituição, legislação anti-nacional, baixezas, infâmias ou pulhices feitas ao povo por governantes imundos. O homem é um comprovado irresponsável, incapaz de qualquer posição de chefia. Um mandarete nas mãos da máfia política, extremamente conveniente a não importa qual a oligarquia no poder.

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O Portugal do Terceiro Mundo
III – Mentalidade, Entorpecimento e Consentimento

A população, entorpecida pelas contínuas balelas de políticos encobertos pela desinformação jornaleira, continua a nadar num orgulho tanto mais imbecil quanto maior e mais injustificável, afundada numa atroz miséria humana.

O rol das circunstâncias que agrilhoam Portugal ao terceiro mundo parece interminável. Para não o ver e para o aceitar sem reclamar, a população tem que ser cega, ou insensível, ou cobarde. O procedimento geral baseia-se na inércia, na aceitação e na lamentação, demonstrado em eleições – em que votar nos autores é continuar a aprovar a sua conduta – o melhor incentivo aos políticos para que continuem na mesma direcção.


Miséria e atraso provocados por perversidade política
Por perversidade, por os fundos europeus terem sido roubados, ou desbaratados por incapazes, ou não terem sido aplicados de modo a evitar o caos actual. Se são incapazes são ainda parasitas, pois que deveriam ir parasitar para outro lado que não prejudicasse a população.

As aldeias, sobretudo as de Trás-os-Montes, sem água canalizada, nem esgotos, nem electricidade, nem estradas, num patente incentivo ao abandono das suas populações e subsequente desertificação.

Reduzidos e ineficientes Serviços de Saúde e de Segurança Social. O Serviço Nacional de Saúde foi concebido de raiz ao mais puro estilo comunista, e jamais poderá funcionar satisfatoriamente. Podem-se fazer muitos mais hospitais e centros de saúde que de nada servirão senão para aumentar as despesas do estado. De lembrar mais uma vez que todos os partidos e países têm coisas que estão bem e úteis, mas em Portugal só se copia o que está mal. Nunca nenhum aborto de político quis copiar a organização dos países em que funciona satisfatoriamente. Por isso que não é difícil de compreender como se chegou ai caos actual. Cada governo vem com ideias novas para sacrificar o povo, mas nenhum ainda apresentou uma cópia capaz do que se passa noutros países, limitando-se a mencionar soluções aplicadas sob outras condições completamente diferentes.
A assistência a idosos, por exemplo, não tem equiparação nem semelhança à de qualquer país civilizado em todo o mundo. São bandos de pulhas mentirosos e vigaristas.

Acesso à justiça praticamente vedado a todos sem que o paguem do seu próprio bolso, contrariamente ao que se passa nos outros países europeus, onde todos têm os mesmos direitos, independentemente dos seus meios. Os ricos também. Evidentemente, pois que pagam mais impostos para terem um direito democrático e constitucional. Em Portugal, +ara ter a assistência dum advogado estagiário, imberbe e ainda incapaz, é necessário ter o equivalente ao que seria um atestado de pobreza e de fome. Inacreditável! Que maior canalhice!?

A luta contra a corrupção não passa de conversa esporádica ou para eleições, logo abandonada, abafando-se as vozes dos raros políticos que pretendam pôr-lhe termo.

Numa população que ronda os 10.000.000, 11.000 têm mais de um milhão de euros, enquanto que cerca de um quarto da população não tem meios para subsistir. Embora o Capitalismo de Estado esteja na base do comunismo, tem um conjunto de regras das quais algumas, por pura corrupção, são aplicadas pelos políticos portugueses para único benefício dos partidos e daqueles que os compõem, com genuíno intuito egoísta, tais como:


  • Exploração dos trabalhadores via extracção de mais-valia;

  • O monopólio dos meios de produção está nas mãos das grandes empresas, que exploram os trabalhadores e o público em geral, com a bênção dos governos (ex.: caso do roubo autorizado pelos bancos);

  • Acumulação de capital, entre os burocratas, que passam a usufruir de diversos privilégios, formando uma burguesia de Estado;

  • O Estado não é o proprietário de todos os meios de produção, mas os partidos estão subordinados aos burocratas por corrupção, dizem-se mandatários do povo, mas na realidade os seus mandantes são quem os patrocina, tornando assim a política no meio mais corrupto nacional e num exemplo para todos.

  • O controlo dos meios de informação, camufladamente, através dos burocratas que acima mencionados. Também já se viu como a justiça manipulada tenta controlá-los com acções de terrorismo.



Em Portugal, a riqueza é dividida segundo estes princípios, o que continua a aprofundar o fosso entre ricos e pobres. Políticos que não concordam são postos de parte pelos seus próprios partidos.

O atraso mental
Os trabalhadores emigrantes vigarizados nalguns dos países para onde se deslocaram, demonstra simultaneamente a capacidade mental em caírem em contos do vigário e como são conhecidos nesses países onde tais casos não se passam com outros que não portugueses.

A mentalidade geral extremamente atrasada e incapaz de compreender os seus próprios interesses em quase todos os campos, à parte os de esperteza saloia e da malandrice de algibeira. Entre outros assuntos que o demonstram verifica-se como são presa fácil duma publicidade feita por medida para atrasados mentais. Incapazes de distinguir o que é verdade do falso. Vê-se como votam e nos resultados da publicidade enganadora. Como único exemplo, mas significativo, que se acorda perfeitamente com a maneira que votam, veja-se o caso da Telecom e do Sapo, assim como tudo que do grupo da Telecom. São os que têm os tarifários mais altos, com os piores serviços e abusadores, mas os que fazem maior publicidade vigarista; no entanto são de longe os mais preferidos por uma população embrutecida que em tudo acredita ou que pelo menos procede exactamente como se acreditasse. Que espécie de mentalidade demonstra este caso e tantos outros semelhantes?

Que fazer?
Até que ponto continuará o povo a suportar este sistema ditatorial e a sustentar os indecentes e corruptos parasitas que lhe Têm transformado a vida num inferno? Serão os portugueses tão sado-masoquistas a ponto de tirarem prazer deste modo de vida? Não nos queixemos, continuemos a aprovar quem assim nos conduz ao abismo. E a esperar que os mesmos nos tirem dele, contra o seu próprio interesse. Ou então aguardemos a vinda dum arcanjo que nos salve das mãos dos algozes…


À primeira vista poderá parecer que nesta altura este blog se empenha em repetir os mesmos casos, mas tal não é o que se passa. Infelizmente, a lista de problemas e de eventos que coloca Portugal autenticamente na cauda dos países do terceiro mundo é tão longa que a verdade é que todos os posts aqui dedicados não passam dum resumo dum resumo. Com efeito, os casos são tantos e tão longos que este blog não pode publicar mais do que uns tantos posts sobre o assunto sem correr o risco de se tornar um blog unicamente dedicado ao Portugal do terceiro mundo.



Este artigo é parte duma série em vias de publicação sob o tópico «3º mundo». Os casos que comprovam Portugal encontrar-se na “parte baixa” do terceiro mundo são demasiados para se comprimirem em poucas linhas.

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Paulo Portas de Volta

Após uma retirada das mais vergonhosas na política portuguesa, está de volta o politico da direita que vai para as feiras e mercados à conquista dos votos da esquerda, de quem se poderia dizer o ceifeiro em seara alheia.

Teve um percurso escolar quase exemplar, a que não foi alheio o colégio que frequentou, o mesmo em que estudaram os filhos do General Norton de Matos, que lá foram colegas do autor destas linhas. Pela sua fluência, conhecimentos didácticos, boa formação, boa educação, alta inteligência e boa família, Paulo Portas é sem dúvida um dos políticos mais aptos e que melhor sabe nadar nas águas turvas da pocilga da política portuguesa.

Paulo Portas sabe falar e expressar-se melhor do que a maioria dos seus confrades, sem mostrar a arrogância demasiada nem o desprezo que se notam ou subentendem dos discursos dos seus colegas, a seu lado pobres rascas. Sabe dar explicações plausíveis e dá-as. Sabe apresentar as suas ideias, fazer com que os seus ouvintes lhe dêem ouvidos e despertar neles interesse. Tem carácter simultaneamente de play-boy e de bom-vivant. Tem um espírito de verdadeiro leader e sabe sê-lo porque tem todas as qualidades e requisitos necessários e apropriados, com distinção.

Paulo Portas teria indubitável capacidade para se distinguir em qualquer parido e para qualquer deles seria um trunfo apreciável e garantido. Sabe usar as suas competências, esmerando os seus esforços e capacidades bem pensados e bem treinados.

Apesar de todos estes atributos, nunca se leu ou ouviu que Satanás fosse estúpido, incapaz, burro ou desmiolado.

Quando a insegurança aumenta, Paulo Portas brada por todo o lado que é preciso pôr mais agentes de polícia na rua. Dá mais nas vistas, satisfaz e ilude uma população parvalhona. Pelo que dá mais votos, mas é como querer curar a gangrena com medicamentos para as dores, ou um tumor no cérebro com aspirina. Tratar um sintoma em lugar da doença. As medidas que ele apregoou não resolvem a causa da insegurança, a qual – ele sabe-o bem – a exemplo dos resultados obtidos em países democráticos e civilizados, foi obtida pela eliminação da miséria, pela instrução, pela educação, por uma justa divisão da riqueza e por civilizar toda a gente. Ou seja, com a justiça social, coisa desconhecida em Portugal. De facto, é até de assombrar que a insegurança no país nem seja pior, vistas as circunstâncias em que se vive, criadas por uma corrupção geral que corre a todo o vapor.

Paulo Portas sabe, pois, impor as suas ideias, sejam elas convenientes ou não à maioria da população. As ideias políticas que ele defende são as que definem o bem de alguns (os mais ricos) à custa do mal dos outros (os mais pobres). Dado o seu poder de persuasão face ao embrutecimento geral, ele é de facto a maior ameaça existente contra um progresso social no bom sentido. Com ele à frente de qualquer partido, o caminho só pode ser para trás. Todos os malditos lhe ficam aquém. A sua escolha política não é apenas uma perda para a nação. Devido à iniquidade da maioria dos políticos e à mentalidade dos eleitores pode vir a transformar-se numa autêntica calamidade. Se ele aparenta

Paulo Partas sabe apresentar um caminho que conduz à desgraça dos mais desprovidos como se da sua salvação se tratasse. Todavia, em Portugal, a maioria da população é iletrada (são muito mais os iletrados de hoje que os iletrados e os analfabetos de há 35 anos juntos). É também profundamente iletrada e incauta no que respeita à política, tanto mais quanto acredita que é conhecedora. Facto bem patenteado em eleições. Em circunstâncias semelhantes, Paulo Portas é de veras um enorme perigo, é o lobo no redil. É andar para trás no tempo. É um reforço ao sistema oligárquico. Porque se o que ele diz soa tão bem aos ouvidos dos iletrados políticos, é precisamente por serem iletrados que não compreendem; e apoiando o seu próprio mal, arranjam lenha para a fogueira em que vão arder.

Bem-vindo ao redil, Paulo Portas!

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