Infelizmente é verdade. Não foi proclamada nem veio de repente; foi-se metamorfoseando com o 25 de Abril roubado ao povo por políticos corruptos e oportunistas. Este artigo é parte duma série em vias de publicação sob o tópico «3º mundo». Os casos que comprovam Portugal encontrar-se na “parte baixa” do terceiro mundo são demasiados para se comprimirem em poucas linhas
Os factos concretos sobre o género de problemas e procedimentos que os causaram são em número interminável, visto a corrupção e a ganância políticas não terem feito outra coisa desde que a oportunidade lhes foi concedida. Prossegue-se aqui o relato dessa fonte inesgotável de maldade, banditismo, associações de malfeitores, máfia genuína.
A ditadura
As enormes despesas com um serviço de saúde de inspiração comunista e extremamente ineficaz, de organização únicas na Europa, assim como a quase completa ausência de aplicação de medicina de prevenção e crescente recusa de participação do Estado nos medicamentos existentes exclusivamente para esse fim, são alguns entre o muitos factos que nos distinguem dos outros países europeus (Saúde). Com efeito poucos o conhecem, posto que politiqueiros e jornaleiros só nos falam do que se passa até aos Pirinéus, a não ser no que está mal, para nos fazerem admitir os seus maliciosos desgovernos mal intencionados. Para eles, e consequentemente para nossa desinformação, é aí a fronteira da UE.
O dobro de acidentes com crianças e idosos relativamente à média da UE e mesma proporção nos acidentes rodoviários dentro das populações são dois recordes absolutos. O trabalho infantil, a pobreza geral e a crescente disparidade entre ricos e pobres que não pára de se acentuar. Hábitos incivilizados, e tanto mais. As contínuas acusações de violações dos direitos humanos pela parte da justiça e das polícias. Uma justiça aplicada com parcialidade e com critérios e preceitos inadequados e mais que duvidosos, fazendo distinção entre políticos e ricos de um lado, cidadãos comuns e pobres do outro. A impunidade de criminosos de direito comum por incapacidade da justiça e da Polícia Judiciária. O quase vedado acesso ao apoio judiciário, inconstitucional, altamente agravado pelo governo de Durão Barroso e por um seu ministro que mentiu mais e mais mal causou ao povo do que qualquer outro seu predecessor, que por demais, afirmando-se cristão não poderá deixar de ir para o inferno. O incrível facto de que a fantochada da justiça portuguesa se arrogue o direito de enjaular pessoas por longo tempo sem formalização de acusação e mantê-las assim enjauladas por tempo praticamente indeterminado, sem formalização de acusação, sob pretextos estúpidos e inexistentes em países democráticos (a quarta parte dos detidos em masmorras estão nestas condições inadmissíveis), caso apenas igual ao que se passa em ditaduras. Nos outros países da UE, ainda que não exista homogeneidade, estes prazos contam-se em dias. Donde a justiça portuguesa funciona com a arrogância duma ditadura e os direitos humanos são espezinhados.
Povo selvagem
O modo como se pensa e se tratam os outros animais, incluindo o seu abuso sexual. A autêntica selvajaria demonstrada a este propósito e a falta de legislação relativa ("se os animais não votam, porque perder tempo com eles?" – mentalidade típica dos políticos portugueses), estão bem patentes e exemplificadas pelas muitas e contínuas ocorrências, inclassificáveis até num ambiente da mais pura selvajaria e barbárie, perfeitamente entranhados na «cultura» nacional. Casos como alguns amplamente divulgados são verdadeiros atestados do atraso na mentalidade. Casos conhecidos, como pendurar cães e espancá-los à morte, abuso sexual dos cães, são casos muito mais baixos de sentimentos e significativos do que as simples lutas de animais. Como não votam, não merecem a atenção da cambada política.
A superstição de que há raças de cães perigosas ou não, ignorando completamente o conhecimento sobre o assunto, atestado num velho ditado em uso em muitos outros países: pelo comportamento das crianças e dos cães se conhece a mentalidade dos adultos. Este ditado, como todos os ditados em geral, demonstra um facto de conhecimento lato (aqui sobre crianças e cães, ignorado em Portugal), que tanto as crianças como os cães se comportam de acordo com aquilo que lhes ensinaram ou que aprenderam por observação dos seres que lhes são mais próximos, neste caso os pais ou os donos. Donde não há crianças nem cães mais perigosos que outros; o que há é adultos, mais ou menos incivilizados, que os fazem como eles são. Não se vê o mesmo no comportamento das crianças nas escolas? Ou pretendemos ser cegos?
Pode um povo com tal mentalidade para perpetrar tais crimes bárbaros ser considerado como civilizado? Pode um Estado que o consente ser considerado democrático? Podem os políticos que nada fazem no interesse dos habitantes (tanto pessoas como animais ou a própria natureza) e que em nada contribuem para a melhoria da mentalidade e do civismo ser considerados como pessoas idóneas, íntegras, honestas, dignas? Eles exigem que assim os considerem, mas as suas acções reles negam-no e condenam-nos, pois que pelo fruto se conhece a árvore. Se os seus frutos são poderes, eles só podem ser incapazes, bandalhos, indignos, burlões, vigaristas gananciosos e maldosos: podres.
A população foi convencida e entorpecida pela ideia de que desde que se vote é uma democracia. Para isso muitos políticos chegam a mentir e reinventar a história, afirmando que durante o Estado Novo nunca se votou: era uma ditadura em que se votava. Pois agora também se vota, o que não faz do sistema uma democracia. É uma ditadura, uma ditadura diferente, mais contemporânea.
Atraso mental e falta de civismo
Uma população com uma mentalidade assim patenteada, sem princípios humanos nem dignos, nunca poderá avançar em direcção à democracia, à qualidade de vida que pretende, mas busca no sentido errado, porque é a falta de conhecimentos que a impede de compreender o que verdadeiramente lhe interessa. Desta conjuntura, fomentada por eles próprios, os políticos têm sabido aproveitar-se, mantendo-a com o único propósito dela se aproveitarem em seu único proveito.
A falta de civismo só pode ter uma origem: a incapacidade mental de compreender que na vida em comum, em sociedade, a que é impossível fugir nos tempos modernos, que para nosso próprio bem somos obrigados a tratar todos e tudo o que é a natureza com a mesma consideração com que nós próprios queremos ser tratados. É assim que se pensa nos países civilizados de que Portugal não pode fazer parte. A falha na compreensão de tão simples realidade só pode ter origem em atraso e numa ignorância obscura e profunda e ser causa de infelicidade. Ou não vivemos nós numa aldeia global? Estas são talvez provas difíceis de compreender por quem quer que tenha sido criado e vivido em países absolutamente selváticos em que o cinismo é tomado por educação, como em Portugal, mas é esta a simples realidade, quer se recuse ou se aceite. A falta de compreensão desta simples realidade é a primeira causa da falta de democracia, do bem-estar de toda uma população.
Garantia de continuidade
Políticos que obram no sentido de manter estas circunstâncias num status quo só o podem fazer por pura e profunda malvadez. Porque não o ignorando, sabem o mal que fazem. Não o ignorando são malvados. Os seus actos o demonstram. A persistência da população em continuar a votar neste género de gente desprezível que os engana e os faz infelizes de todos os modos, é outra prova da crassa ignorância em que os interesses ilícitos dos políticos os têm mantido. Os políticos, com a indispensável ajuda dos jornaleiros, têm mantido a situação de ignorância que tem garantido este referido estado de status quo, mas na verdade este caso não se limita a este ponto.
A continuidade deste estado é garantida pela continuidade da ignorância e pela continuidade da sua aceitação pela parte dos carneiros votantes. Existem mesmo alguns ingénuos ao ponto de ainda suporem que os políticos que assim se comportam «não serão assim tão maus» e que «um dia arranjarão as coisas». Outros, como anteriormente citado, parecem estar à espera que venha um arcanjo salvá-los. Ingenuidade, tacanhez boçal ou pura estupidez? Porque diabo haveriam os políticos de rejeitar a felicidade que lhes é assim oferecida numa bandeja, mesmo que à custa do mal e da infelicidade de toda uma população, enquanto lhes permitirem? Não é este país um verdadeiro paraíso para gente dessa espécie?
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O Portugal do Terceiro Mundo
IV – A Nova Ditadura
Tópicos: 3º mundo, Corrupção, Destruição, Ditadura, Embuste, Indignidade
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5 mentiras:
É uma análise, sem dúvida, dura e crua do statu quo vigente em Portugal. Um dos aspectos desta análise que me tocou foi o relativo ao povo que somos. Nesta questão, continua a vigorar a iliteracia e o próprio analfabetismo: sim, por incrível que pareça, há pessoas que não sabem ler e nem escrever neste país!
Outra das questões que achei importantíssima nesta análise é o facto de a classe política ser a principal responsável pelo atraso em que vivemos. Os políticos vivem desligados do povo que os elegeu, numa espécie de "Olimpo sagrado", onde tudo lhes é permitido. Os problemas reais são encarados como instrumentos para outros fins, como jogos de interesses, favorecimentos, etc.
Queria ainda referir a questão de vivermos em ditadura. Efectivamente, não é a ditadura de um homem só - como Salazar - mas uma ditadura da maioria.
A sua análise tem que se diga mesmo.
Uma apresentação de questões que dá para perceber o pensamento do Zé Português na maneira como esta MAIORIA GOVERNA este cantinho chamádo PORTUGAL.
Não tenhamos dúvidas alguma , que estes politicos estão-se nas tintas para a situação catastrófica que este País se encontra.
Não é raro o dia que vem a lume uma qualquer situação de Corrupção que branda aos céus , claro que , até prova em contrário é tudo INOCENTE.
Podemos não saber ler e escrever, mas sabemos pensar que PORTUGAL se encontra a caminho de UM POÇO SEM FUNDO.
Que no amanhã quem irá sofrer será os PORTUGUESES CONTRIBUINTES e não a classe POLITICA , esses não terão qualquer RESPONSABILIDADE de deixarem PORTUGAL na MISÉRIA.
touaqui42
tenho 28 anos, vou pintar, pescar e cuidar da minha horta! os portugueses tem o que merecem!
Anónimo de 14-Mar-2007 12:01:00. Fazes bem. Para quê preocupares-te? Deixa ficar os problemas que criaste por lazeira para os teus descendentes. Eles que desenrasquem. Entretanto, a ti não pode acontecer grande coisa. Se te roubarem ou vigarizarem e puserem o teu agressor em liberdade, que importância tem? Se estiveres doente, o pior que te pode acontecer é deixarem-te com sequelas para o resto da vida ou matarem-se. Que importância tem, não é? E se mesmo assim tiveres sorte em viver muitos anos e atirarem contigo para um desses montes de esterco para onde atiram os velhos e te amarrarem a uma mesa, cadeira ou cama, que mal faz? Conformas-te. Se Deus não mandou nenhum anjo para te salvar, como esperavas, e se ou outros nada fizeram por ti, que hás-de fazer senão comer e calar? Ou então mata-te como tantos outros têm feito e de que só agora se começa a falar mais. Tens o que procuraste, inclusivamente a maldição dos teus descendentes por lhe teres deixado um mundo onde não podem viver. Morre contente ou rebenta que nem uma besta, é contigo. Tipicamente selvagem, para quem a vida em sociedade é uma ideia estranha. Tipicamente português. Cada povo tem o governo que merece e sofre a desgraça que preparou para si.
Os outros comentadores (e toda a gente) têm aqui simultaneamente uma causa e um resultado da situação em que se vive.
Atenção, o dia de hoje traz mais uma revelação:
"Aborto após 10 semanas deixa de ser punido
O anteprojecto da primeira lei de política criminal, que vigorará entre Setembro de 2007 e 2009, prevê como alternativa à prisão a aplicação da suspensão provisória do processo no caso do aborto praticado após as dez semanas.
Segundo o documento, considera-se “indispensável reforçar a aplicação dos institutos de diversão e de consenso”, entre os quais se encontram a suspensão provisória do processo, no caso dos crimes puníveis até três anos de prisão, como é o caso da interrupção voluntária da gravidez quando realizada após as dez semanas, ou seja, após o período em que o aborto deixa de ser crime, na sequência da vitória do ‘sim’ no referendo de 11 de Fevereiro.
“Também o aborto com consentimento da mulher grávida, fora das situações de não punibilidade legalmente previstas, é objecto destas orientações, tendo em conta que a prisão efectiva não possui um efeito ressocializador”, lê-se no anteprojecto da Lei sobre Política Criminal, que estabelece prioridades e orientações em matéria de prevenção e investigação criminal.
Além do aborto praticado após as dez semanas e, logo, punível pelo Código Penal, também são alvo destas orientações os crimes pouco graves contra a liberdade, contra a liberdade sexual, contra a honra e as ofensas à integridade física simples."
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