Blog do Leão Pelado



Este blog está construído segundo as normas da W3C, pelo que pode apresentar irregularidades em browsers que não as sigam, como o Internet Explorer e o Google Chrome. As bandas rotativas não funcionam no IE e as molduras são duma só cor.


Visite o blog da Mentira!
Colaboradores:

A. João Soares, Aruangua, J. Rodrigues, Sapiens, Mentiroso



O Portugal do Terceiro Mundo
II – Sinais Característicos dos Países do Terceiro Mundo

Na sequência da política infame lembrada (1, 2 e 3), chegámos ao nível dos países do terceiro mundo, para não dizer do quarto mundo, atendendo a avanços significativos verificados nos primeiros que Portugal não foi capaz de acompanhar e chegar a satisfazer.

O que aqui se menciona não se limita apenas a caracterizar um país do terceiro mundo, mas o seu conjunto é disso prova irrefutável.

Não nos iludamos com o assobiar de serpente dos políticos, sobretudo sabendo que apenas querem os nossos votos, porque os sintomas do terceiro mundo são mais do que isso. São em quantidade suficiente, a maioria até de carácter permanente. As provas dos atrasos são avassaladoras e vêm mencionadas no site da Mentira! sob o título «Bases da Democracia», mas outras existem. Por muito que os políticos o neguem e nos mintam, a verdade é essa, verificada em todos os países, duma maneira nos do terceiro mundo, no sentido contrário nos mais avançados.

Cuidados de saúde e idosos
Como noutros países do terceiro mundo, à prevenção na saúde, não é atribuída nenhuma importância, nem a maioria dos medicamentos para esse efeito são participados. Faz-se muito alarido jornalístico sobre a prevenção, mas não passa disso. Quando se fazem rastreios, por exemplo, são apenas para atirar areia aos olhos dos eleitores – como tudo o resto, aliás – pois que na maioria das vezes não duram mais do que dois ou três dias e são apenas ocasionais, mesmo nos maiores centros populacionais, como em Lisboa, "para inglês ver". Temos todas as doenças características dos países do 3º mundo, excepto aquelas que só se desenvolvem em climas que não correspondam ao nosso. A tuberculose e o elevadíssimo número de contagiados de SIDA são dois exemplos flagrantes do terceiro mundo que nos fazem ocupar um lugar privilegiado, não só na Europa, mas mesmo no mundo. O comportamento da população face à SIDA: ignorância, irresponsabilidade, crenças incrédulas e modos de agir. O ensino adequado permitiu a ultrapassagem destes problemas logo ao fim de poucos anos em países mais avançados, enquanto que, em Portugal, ao fim de um quarto de século após o desenvolvimento da doença, a situação mantém-se.

A falta de assistência a idosos e o completo desinteresse pelo seu tratamento, tampouco existindo nem sendo ensinada no país a especialidade médica relativa -- a de geriatria -- é mais uma característica do terceiro mundo. O governo de José Sócrates quis aparentar interesse neste sentido. Embora o milagre de tudo mudar da noite para o dia não seja possível, logo em seguida mostrou-nos que o seu pretenso interesse não passava de mais uma alegação de cinismo e impostura.

Se a verdadeira reestruturação da administração do Estado não for concretizada competentemente (incluindo o fim total duma burocracia atrasada e estúpida) e se a especialidade médica de geriatria não passar a existir como nos outros países e a falta desses médicos continuar a verificar-se, estaremos frente a outra vigarice política, visto ser este o primeiro requisito sobre o assunto.

A carência geral em tudo o que diz respeito à saúde é outra característica intrínseca aos países to terceiro mundo. A incompetência, o desleixe e a corrupção gerais, mas sobretudo da parte dos governos, enquanto que com termos de impostura nos dizem "estou tranquilo" ou "estamos a trabalhar" ou outras frases cínicas e falsas do mesmo tipo, são outras causas principais entre as tantas que fazem de Portugal um país do terceiro mundo. Os esforços dos políticos gananciosos em nos enganarem tentando convencer-nos de que estão a trabalhar no sentido do interesse geral e para o bem da Nação, quando de facto o fazem apenas no seu próprio interesse, é indubitavelmente outra fonte do atraso do País.

Face aos resultados apresentados, o uso destas frases e de outras semelhantes é a própria expressão da vigarice, da burla e da malícia por parte dos políticos irresponsáveis que as pronunciam. Este facto salta aos olhos e é inegável. Estas fontes são praticamente inumeráveis, pelo que ficam aqui por citar, o que, evidentemente, não implica a sua inexistência.

Infraestruturas básicas
Água, electricidade e esgotos
Faltas de água frequentes devidas a rupturas nas canalizações de distribuição é outra das principais característica. Locais onde as câmaras mantêm água a correr constantemente sem nenhuma objectividade nem utilidade. As perdas de água nos serviços de distribuição; como exemplo conhecido, cerca de 35% da água que circula no subsolo de Lisboa provém de perdas da EPAL, perdas muito semelhantes às da cidade do México, com 40%; nalgumas áreas do Algarve, as perdas chegam aos 45%. No entanto há impostores parvalhões que nos dizem que não deixemos as torneiras a pingar! Para a pouparmos! Que comecem por dar o exemplo. Não?

A EPAL começou a substituir mais de 400 Km de condutas em 2005 e em 2006 já ia em cerca de metade. Sabendo que Lisboa tem muito mais de 1400 Km de canalização de água, dos quais apenas cerca de 200 são posteriores à década de 1950, esta “grande” operação em curso é tão pequenina que se torna ridícula.

Inúmeras falhas no abastecimento de corrente eléctrica. A quinta parte da população não tem esgotos nem tratamento de águas. Estas três últimas, água, electricidade e esgotos são verdadeiras características de países profundamente atrasados e que só neles ocorrem. Uma das primeiras medidas tomadas nos países em pleno desenvolvimento (não subdesenvolvidos) é a substituição das canalizações, o que lhes faz poupar entre 15% a 60% no consumo de água e nas despesas muito superiores de reparações contínuas a conta-gotas, consoante as condições em que as infra-estruturas se encontrem.

Pequenas coisas significativas
Mais despercebido, mas não menos grave por operar uma cisão nos direitos constitucionais de igualdade dos cidadãos, disfarçado sob todos os aspectos a fim de impedir o reconhecimento da triste realidade, é a permissão de abertura do comércio aos domingos e feriados. Este facto, mascarado de inócuo é considerado por todos os países europeus como anti-democrático, e todos eles menos Portugal reconhecem que tal permissão dá aos ricos (proprietários das grandes superfícies comerciais com abertura permanente), indiscutível vantagem de tratamento sobre os mais pobres (que têm os seus pequenos comércios) e os empregados de ambos em relação à restante população nacional. Os proprietários e administradores dos comércios de abertura permanente podem, assim, gozar os seus domingos e feriados, enquanto que aos mais pequenos tal só lhes é possível mediante o castigo da pena de ganho ou do despedimento.

A desigualdade de tratamento é deste modo assegurada e garantida por uma legislação que contorna e contraria a constituição, criando uma subclasse destinada a ser espezinhada em nome do bem-estar de outros. Esta legislação, por si só, coloca Portugal fora do contexto democrático europeu. Faz dele um país não do terceiro mundo, mas do quarto, em consequência duma legislação reconhecida e propositadamente anti-constitucional, anti-democrática e contrária ao uso na UE.

Por aquilo a que alguns chamam "as pequenas coisas" se nota o que se passa com as grandes. Aliás, como tudo no país, pela parte dos políticos. Na mente de políticos corruptos, desde que se possa ludibriar o povo e ele continue enganado e convencido de que não o enganam, tudo vai sempre bem, visto que nada impede que os carneiros continuem a votar neles.


Este artigo é parte duma série em vias de publicação sob o tópico «3º mundo». Os casos que comprovam Portugal encontrar-se na “parte baixa” do terceiro mundo são demasiados para se comprimirem em poucas linhas.

Ler mais...

Comentários Dignos de Relevo

Neste blog foram deixados três documentários muito judiciosos e bem-vindos, referentes ao post precedente, Como se Atira um País Para o 3º Mundo. Tão significativos e verdadeiramente pertinentes que merecem uma referência especial.

Um dos comentários, refere:
Não podemos acreditar nos políticos...o que fazer?
Não podemos só dizer que eles não prestam. Temos que perguntar o que fazer?


Evidentemente, é essa precisamente, a razão da existência deste blog, assim como já era a do site da Mentira! Só que os textos são bastante descritivos e precisos, o que os torna longos e enfadonhos para quem prefira ler sobre os folhetinzecos. Nem todos são adeptos do mesmo, mas os textos, que não podem ser reduzidos por abrangerem o período de algumas décadas em que os acontecimentos que fizeram de Portugal o que ele hoje é, continuam subsequentemente longos. E são sempre actuais, dado o âmbito histórico em que se inscrevem. Esclareça-se que não se trata de história escrita pelos vencedores (políticos e jornalistas), mas pelos que a perderam (o povo português).

Quanto à pergunta do comentário – se os políticos não prestam – devemos dizer que são bons? Se o fizermos, seguiremos as suas práticas que criticamos, mentimos e aplaudimos a corrupção e o estado anti-democrático: a ditadura oligárquica. Se eles tiverem um mínimo de boa vontade, terão que começar por limpar as suas próprias casas, desistindo de se atirarem como animais selvagens de rapina à conquista das presas, os mais de 2000 lugares da administração que roubam aos cidadãos competentes, passando de mão em mãp, de partido para partido, consoante os governos vão mudando. Por aí só, já se começa também com uma mais do que sensível melhoria dos serviços de administração central e municipal.

Os clãs oligárquicos são todos o mesmo. Alguém ouviu os outros partidos defenderem qualquer destas causas justas, minimamente elementares. Os partidos são úteis, os que os compõem são uma corja de clãs oligárquicos sem outra intenção de que a de por eles se servirem a si próprios.

De não esquecer o imprescindível abandono de privilégios escandalosos, como as reformas e a legislação corrupta que lhes concede tanto as reformas como a impunidade criminal e possibilita o roubo do estado. Só a partir daí se pode encetar uma conversa. Sem estes elementos não pode haver concertação nem aprovação: actos neste sentido deverão ser repudiados por pessoas honestas e os seus autores condenados, ninguém honesto pode votar neles. Todavia, ou porque há muitas pessoas desonestas, ou porque delas tiram proveito, ou porque há muitos que ignoram as suas acções, a corrupção, a maldade e a traição continuam a ser alegremente votadas. Note-se bem que votar neles é aprovar as suas acções e que, enquanto tal se verificar, ninguém dos que neles votarem tem o direito lógico de reclamar aquilo que aprova. Fazê-lo é um embuste.

Se não renunciarem a bem ao mal que espalham pelo país e população, começando pela pequena prova da renúncia voluntária dos factos acima referidos, terá que ser a mal. As Forças Armadas já provaram por duas vezes no século passado serem capazes e estão motivadas pelas razões conhecidas. Como podem aceitar a situação de desprezo e de desprestígio actual e a injustificável diminuição de salários de que sempre usufruíam por comparação a outros cargos, como os de juízes e magistrados, por exemplo?

É evidente que a conjuntura de bandalheira geral não se limita aos políticos nem à justiça. Afinal, não podemos passar em vão o facto de que sendo das mesmas gerações, foram criados por pais idênticos, em escolas idênticas, num ambiente idêntico, sujeitos a idêntica formação de carácter e educação idêntica. (O ensino, desde a tenra infância, por formadores especializados, como aconteceu nos outros países europeus, imediatamente a seguir à Segunda Guerra Mundial, nunca aconteceu em Portugal.) Pelo que uma similitude de princípios, de valores e de mentalidade não é de estranhar, muito menos de espantar. Por analogia, o mesmo se aplica aos professores e aos senhores da justiça mencionados e em geral. Cresceram todos em castelos (ou pocilgas) semelhantes. Por única culpa dos governantes, que nunca lhes proporcionaram o ensino requerido.

As causas deste estado são mais do que visíveis e estão amplamente descritas no site acima mencionado. Nas últimas décadas foram conscientemente criadas pelos políticos para que delas pudessem tirar o máximo de proveito. Não era o Marcelo Caetano quem dizia, por palavras agora difíceis de recordar com precisão, que os portugueses não estavam preparados para a democracia, em que uma das suas razões era a de serem facilmente enganados por políticos, caso estes viessem a formar um sistema mafioso? O caminho era efectuar a preparação. Recorda-se isto apenas para demonstrar como a máfia política soube efectivamente aproveitar a ocasião criada pela conjuntura.

Sobre a pergunta se “Temos que perguntar o que fazer?”, isso depende, como aqui se lê. Todavia, vista a sua arrogância, quem acreditará que se tornem honestos da noite para o dia, que releguem tudo aquilo que usurparam e a que não têm qualquer direito, que param leis honestas que não os imunizem, que passem a governar o país com consideração pela população e pelas suas necessidades?

O blog Do Mirante está repleto de diagnósticos acertados sobre o assunto, incluindo o comentário anónimo («Maldito Carnaval», abaixo mencionado), donde se depreende que o autor, apontando tão bem o dedo na direcção certa, não terá falta de imaginação em discorrer soluções. O que faz rir é ter esperança que daqueles que desmoralizaram a população com os seus exemplos e as suas leis, se espere agora moralizem a estrutura do estado sem que a isso sejam obrigados. Não é esta esperança bem diferente do que esperam os políticos dum povo que embruteceram precisamente nessa mira? Ou poderia ter sido outra a intenção? Se os portugueses, pelo menos, soubessem votar… talvez pudessem obter um pequeno resultado um pouco do género do que se passou em França pouco antes da «era» Mitterrand, como o próprio queria que o seu tempo ficasse conhecido. Mas nem isso é de esperar.

A escuridão, criada e promovida por políticos e jornaleiros coniventes, é total. O seu único intuito é o de manter o que com tanto trabalho desonesto conquistaram. Não têm nem nunca tiveram outro. De notar que esta gentalha adoptou os princípios da verdadeira Máfia, que segue estritamente, tanto nas regras como no procedimento, bem pior do que a própria máfia política italiana.Não vemos como põem de parte os seus próprios confrades, quando estes podem prejudicar os interesses dos clãs? Não vemos como de acordo com os procedimentos mafiosos celebram acordos tácticos entre os clãs, para o bem das famílias mafiosas e não o da nação que deviam servir? Primeiro o interesse geral (não do país, mas da Máfia, no seu conjunto), em seguida os interesses dos clãs oligárquicos, depois os interesses individuais dos seus componentes, o tudo sem esquecer o imprescindível ludíbrio para a conquista de votos. Teremos obrigação de aceitar sermos governados por mafiosos? De sustentar um bando de parasitas arrogantes?

Alguns alvitres para uma solução lógica foram já apresentados por ambos. De salientar os protestos e sugestões sob o título «Maldito Carnaval» deixado como anónimo em vários blogs (aqui no Do Mirante) e publicado como post no blog Mentira! Um anonimato que chama tíbio a um autor doutro modo lúcido. Pena também, que após publicação se retirem posts ou parte deles, como o «Portugal Desamparado», que esteve a seguir ao «Acredito na Polícia» no blog Aromas de Portugal, mas que desapareceu. Assim, não se pode ter credibilidade e mais não se faz do que colaborar com os corruptos de modo latente. É uma aprovação que remove qualquer direito a reclamar.

A solução, do ponto de vista deste blog e do site da Mentira! é exactamente aquela que foi defendida no comentário acima citado, «Maldito Carnaval». Além disso, um facto é evidente e está provado: os governantes são mandatários; se não cumprem o mandato para o qual foram eleitos a sua continuidade no governo é ilegal. Donde, crendo na incontestável boa intenção dos comentários em questão, não se pode compreender que quem tenha provido uma resposta, repita a pergunta na mesma.

Devido à arrogância cada vez maior dos lobos do Capuchinho Vermelho, a única alternativa que resta ao povo português é a de dissolver governo e partidos a fim de se formarem outros sem os mesmos abortos (porque se os políticos actuais são abomináveis, os partidos são imprescindíveis; até são poucos com alguma força). No intermédio deverá haver um governo de salvação nacional. Se a canalha arrogante não o aceitar a bem, terá que ser à força. Se não, ficaremos cada vez mais na cauda do mundo.

Entretanto, todos os cuidados são poucos, porque já sabemos que os falsos profetas entre os corruptos e seus defensores vão redobrar as suas promessas de melhoria, tal e qual como até hoje o têm feito, mas com um blá-blá-blá mais longo e mais forte. Sem verdadeiras e concretas provas tais balelas não podem ser aceites. Que comecem como dito acima, que mudem a legislação que lhes confere todos os privilégios e de todos os géneros. Depois então, logo se verá. Se não que saiam à força. Não é contra isto que todos reclamam. Que esperam então? Mais 30 anos, a ver se muda?

De nada serve limitar-se a lamentar casos isolados, mesmo tão justos e reais por serem demonstrativos do cancro da máfia, a menos que a causa seja também mencionada. É como tomar medicamentos para uma dor, desprezando a sua causa e origem.

Existem outros detractores da verdade ou que são simplesmente sectários políticos. Vejamos um exemplo. Ainda que a maioria da população esteja como que anestesiada a ponto de não se dar conta de certos factos que mais a têm ferido no seu âmago, a ignorância, espalhada por politiqueiros e jornaleiros, fá-la sentir que lhe dói apenas o pé quando a gangrena já avançou até à coxa. Assim, elegeu o carrasco que lhe estafou os fundos europeus de coesão e dividiu por aqueles que se conhece como tendo enriquecido escandalosamente durante os seus governos e estafou o restante pondo-o a circular, causando uma enorme inflação de miséria camuflada para arrecadar votos ilicitamente. E não só, porque tendo reduzido o número de vagas para medicina, provocou a falta deles que agora se sente atrozmente.

Agora, contrariando todas as regras de economia em uso internacional, tenta vender-se o futuro do país e dos portugueses , como demonstrado e provado neste blog. As corjas das outras oligarquias aprovam com o seu silêncio traidor, como comprovado.

Tudo nos querem esconder com uma arrogância indizível acompanhada da costumeira banha da cobra de hipócritas. O procedimento habitual. Os problemas da destruição do sistema de saúde a que chamam «requalificação», pois que de reestruturação não se trata, muitos deles surgem pela falta dos governantes em darem as explicações e satisfações obrigatórias ao seu soberano, o povo. Tudo escondem. Se não é para esconderem a desonestidade, então porque será?

Não obstante os factos constatados e inegáveis, há sempre quem atribua todas as culpas ao partido socialista. Claro que com o governo deste partido o mal não tem feito senão aumentar, a constituição é abertamente espezinhada e posta de lado. De que direito? A sua culpa pela continuidade do agravamento é indiscutível, mas a constatação da existência do diabo não torna os restantes santos. No entanto, é o que se lê em quase todos os posts de certos blogs, como o do José Maria Martins.

Chega de banha da cobra, venha ela de que lado vier. Fora com os ditadores opressores, seja de que partido forem!

Ler mais...

O Portugal do Terceiro Mundo
I – Como se Atira um País Para o 3º Mundo

Na sequência da corrupção que foi resumida no post intitulado Progresso Português —> Progresso Invertido, o país tornou-se o monte de esterco por que veio a ser conhecido, a estrumeira da Europa à beira-mar apodrecida. Pior que muitos países do terceiro mundo.

Portugal nunca foi um país muito avançado. O nível tem variado através dos séculos, uns tempos mais alto, outros mais baixo. Todavia, nunca atingiu extremos. Porém, nestes últimos tempos, devido à podridão da corja da maioria dos políticos que têm composto os governos, autênticos traidores que deveriam ser julgados e enforcados pelas suas acções, o nível do país está agora idêntico aos dos mais pobres da Europa, os quais, ainda assim têm hoje um crescimento e desenvolvimento superiores ao nacional, o que significa que bem cedo nos vão todos ultrapassar, sem excepção.

Claro que há muita gente que contraria o facto chamando-lhe opinião. Todavia a mesma opinião já foi expressa há uns 25 anos, quando se previa o futuro – hoje o presente – e as ideias contrárias estão agora provadas como erradas. É evidente que, tal como no passado, só pode haver dois grupos que contrariem um facto grandemente previsível. Um é o grupo formado pelos desprezíveis parasitas infames que exploram a situação a seu favor, o outro o dos que foram e são mantidos na escuridão da ignorância por políticos corruptos e interesseiros que beneficiaram da contínua desinformação dum bando de jornaleirecos indignos a soldo dos grandes conglomerados de média, puras ferramentas de propaganda política.

No que respeita ao atraso, todos os factos mencionados se verificaram em consequência do mau uso e má administração dos fundos europeus de coesão, incluindo o seu roubo, comprovados pelos enormes enriquecimentos largamente conhecidos de todos. O resto foi posto em circulação para causar inflação e a ilusão de que todos tinham enriquecido, o que gerou uma ignorante e desinformada opinião de aprovação do governo, o que originou votos, reeleição e até, ultimamente, a eleição do responsável pelos autores da desgraça actual para a presidência da república.

Assim se preparou e conduziu o país para o grupo baixo dos países do terceiro mundo.

Por quanto tempo vai o rebanho de carneiros aguentar esta situação sem tugir nem mugir? Em países com populações menos carneiras e cobardes, tal situação nunca se passaria, porque não seria tolerado e quando isso estivesse para acontecer já se teriam revoltado. Jamais permitiriam que os fizessem chegar ao ponto que os carneiros cobardes portugueses têm deixado. Na Europa, só em Portugal, país de mentalidade do quarto mundo. Note-se que o problema não reside exclusivamente no partido actualmente no governo; todos operam da mesma forma porque a população a todos permite o mesmo. O problema, afinal, está menos nos corruptos canalhas que se aproveitam das circunstâncias do que nos cobardes que os autorizam a sacrificar o povo soberano.


Para quem ainda restarem dúvidas de que Portugal esteja mesmo bem no fundo da lista dos países do terceiro mundo, vejam-se os artigos seguintes, que vão ser publicados sob o tópico «3º mundo».

Ler mais...

Fora Com a Cambada das Oligarquias Parasitas!

Comentário do post «A Actual Ditadura Portuguesa»
no blog Do Mirante, da autoria do Mentiroso, que não resistimos a publicar como novo post. Francamente, não se compreende por que as pessoas aguardam que as continuem a matar, a sacrificar, a roubar para ir dar aos sanguessugas parasitas que não acabam com a corrupção, nem com a desigualdade, nem com a impunidade, nem prestam contas.

Ler todo o artigo...

Ler mais...

Progresso Português —> Progresso Invertido

É raro o mês em que não sejam apresentadas notícias de organismos – tais como o Eurostat ou outros similares – que nos dão a conhecer os degraus que Portugal vai descendo na sua heróica conquista do estado mais miserável da União Europeia. Os países que vão aderindo, não nos vão ultrapassando alegremente com a maior naturalidade?

Porém, não paramos de ser matracados com as mesmas farsas, eternas frases imutáveis de cada governo a afirmar que sem qualquer sombra de dúvida esta situação se está a inverter. A certa altura, os aldrabões da banha da cobra até nos dizem que as condições estão verdadeiramente a mudar, que se notam os sinais inconfundíveis! História que não cessa de se repetir. Se não é como eles dizem, é porque são um bando de vigaristas oligárquicos.

Embora o caminho pela rampa abaixo não seja novo, há ainda alguns anos que de vez em quando se ouvia uma notícia no sentido contrário. Apesar desse facto não ter significado real por geralmente dizer respeito a pequenos assuntos sem importância fundamental, mesmo essas pequenas fagulhas se apagaram, verificando-se que cada vez vamos pior. Não se tratava mais do que falsa propaganda de políticos corruptos apoiados por jornaleiros coniventes.

A descida, porém, não é consequência de acontecimentos ou de má política recentes, pois que tais efeitos só podem começar a sentir-se anos depois dos acontecimentos que os provocaram. Muitos anos, por vezes, o que permite aos políticos diabólicos passarem por santos.

A mudez dos economistas mais conhecidos, portanto dos que passam mais frequentemente pelos noticiários e pelos textos dos jornais, deve-se, obviamente, a trabalharem quase todos para grandes aglomerados de exploração económica selvagem. Estes, dum modo ou doutro defendem os seus interesses que são contra os nossos, pagam às oligarquias políticas, corrompendo-as, para garantirem a continuação da aprovação ou da tolerância dos seus roubos. São aquilo a que este blog se refere como «roubos autorizados». Assim, aproveitando o encobrimento e pelos anos que os efeitos que provocam o agravamento da miséria demoram a fazer sentir-se, os esforços dos traidores para o afundamento do país são coroados de êxito, metodicamente aplicados por governantes ignóbeis, para assegurarem o afundamento contínuo da economia e da democracia.

Donde se conclui que a origem do presente estado da Nação já vem de longe, de há cerca de 15 a 30 anos. Contrariamente ao apregoado pela malandragem parasita oligárquica, em que foi sempre o último governo quem provocou todo o mal, os males dum país não podem ser consequência de políticas recentes, foram indubitavelmente operadas pelos partidos que acusam os outros aquando dos seus anteriores governos. Ou seja, como se vão revezando, os autores são sempre os mesmos. Todos os que formaram governo são indubitavelmente culpados.

Confirma-se e conclui-se ainda que além desses problemas terem uma origem relativamente longínqua, não se fez, entretanto, nada para evitar ou pelo menos atenuar as consequências. Agradeçamos pois aos nossos queridos políticos, não só pela desgraça para que nos atiraram sem escrúpulos, como ainda o terem permitido o seu contínuo agravamento sem nada fazerem senão mezinhas de atirar areia aos olhos dos eleitores e assim lhes sacarem os votos, pois que são esses políticos quem nos desgoverna, para o que são pagos com o dinheiro dos nossos impostos – o nosso dinheiro. Estamos a pagar para sermos roubados por quem nos ataca e atraiçoa, parasitas que nos sugam mais do que os malditos castelhanos, por eles ajudados. Todos os tipos de traições.

Todos os governos têm desprezado medidas que fomentem o progresso, concebidas conjuntamente e de modo inteligente, ordenado e global. Durante décadas não houve um único plano a longo termo para qualquer tipo de progresso. Tal como os efeitos maléficos atrás relatados não produzirem resultados visíveis senão vários anos após as acções que os provocaram, assim também acontece com as medidas para o crescimento da economia. Os primeiros passam despercebidos e o Diabo passa por Santo. Os segundos são preteridos porque devido ainda ao tempo, não produzem votos. Haverá uma canalha de malditos mais repugnantes? Não deveria a pena de morte ser restaurada para crimes de alta traição, como os que presenciamos e que ficam impunes?

Devido a estes programas só produzirem resultados visíveis muito depois das próximas eleições, estas medidas têm sido sistematicamente proteladas e substituídas por mezinhas de resultados pobres e insuficientes, mas que se notam antes das próximas eleições, com que os jornalistas fabricam scoops para agradarem aos políticos e em que pegam e atiram como areia aos olhos da população para a enganar. São estas as simples
mas principais circunstâncias que têm enfiado o país no buraco em que os políticos o colocaram com a ajuda dos jornalistas.

Pior ainda, têm também engendrado a pobreza geral e escavado a divisão entre ricos e pobres cada vez mais profundamente. Ricos cada vez nais ricos, pobres cada vez mais pobres. Afinal, quase tudo (e todos) sem excepção tem sido afectado por uma desorganização completa, fruto do desinteresse dos políticos por aquilo que quer que seja não lhes sirva os seus sentimentos gananciosos e parasitas.

Cada partido no governo, por discursos muito semelhantes, quais fotocópias, tenta ludibriar a população com historietas ridículas, verdadeiras canções de embalar, ou melhor, de intoxicar. Basicamente, o conto do vigário é sempre o mesmo: a culpa do estado actual é do governo precedente – querendo fazer-nos esquecer de que eles próprios já foram governo precedente – mas agora vão tomar todas as medidas necessárias para endireitar a situação; com eles, Portugal vai realmente recuperar o atraso que eles mesmos (anteriormente, mas não o confessam) provocaram. Perto do fim do mandato começam a aventar-nos com as mezinhas podres que fizeram, grandes scoops jornaleiros, mas desta feita de sua autoria, o que não inibe a outra vara de porcos jornaleiros de os apoiar.

Certas acções produzem resultados mais rápidos, outras alongam-se a notar-se. Ninguém se recordará da decisão dum certo primeiro ministro em diminuir drasticamente o número das vagas para medicina? Nenhum carneiro papalvo ou espertalhão, político ou jornaleiro, comentou o caso na altura. Mas francamente, que outra poderia ser a consequência senão a actual falta de médicos? Alguém pensará que o homem tão brilhante que tomou tal decisão fosse suficientemente estúpido para não compreender o resultado da sua decisão? Que iria matar uma multidão enorme dos que nele confiavam? Múltiplas mais vezes o número dos assassinados nas estradas pelos seu construtores? Seria tão estúpido e irresponsável ou impregnado de maldade? No entanto, os carneiros continuaram a votar nele, merecendo, assim a morte que ele lhes reservou, agora culminada com os encerramentos de serviços imprescindíveis. A matança dos velhos e dos pobres. Talvez que os números escondidos se aproximem da maior chacina que jamais teve lugar na história em nome da liberdade: a Revolução Francesa que seguiu a tomada da Bastilha. A decisão de reduzir as vagas para medicina levou anos a produzir efeitos – o tempo da substituição gradual dos médicos existentes pelos que não se formaram – mas acabou por se sentir, pelo menos pelos mortos chamados para tratamento após 13 anos de espera (caso mais recente conhecido, mas apenas parte dum rol infinito).

Será possível que digam verdade, que vão inverter a situação? Será realmente possível que um governo, em poucos anos consiga refazer o que levou décadas a destruir? Ou não será mais uma impostura duma consagrada e vulgar quadrilha oligárquica tentando desesperadamente agarrar-se ao poder, conservar por mais uns anos as regalias e abusos a que não tem direito algum, a parasitar e a gozar com a carneirada estúpida, que os aplaude e aprova, sugando-lhes o sangue?

Estas atitudes e modos de governar são típicas das oligarquias ditatoriais. Ora, sabendo que a democracia é o governo do povo por sufrágio popular que nasceu como reacção contra os governos oligárquicos, quem quer que seja que chame ao sistema actual português uma democracia só o pode fazer por ignorância, por escárnio, por conveniência, ou por ludíbrio. Todas as possibilidades revelam a baixa índole de quem quer que defenda o sistema.

Tem sido amplamente provado em todo o mundo que tal recuperação relâmpago é uma “possibilidade impossível”. Vamos, então, continuar a admitir que uma corja de sabujos gananciosos – que tem provado que a sua única intenção é enganar-nos, vigarizar-nos, matar-nos com um sistema de saúde assassino, que construiu estradas assassinas onde nos matamos (a culpa é mais das estradas do que da falta de civismo, eles é que dizem que não, claro), que nos rouba as reformas para as distribuir por eles próprios e por outros párias dos grupos oligárquicos, que nos faz viver na miséria, que nos faz regredir cada ano mais, que não reforma uma justiça arcaica e inoperativa que é uma palhaçada ridícula que para nada serve – continue a comer a nossa carne, a sangrar-nos, a viver e a gozar à nossa custa? Vamos julgá-los pelos discursos de impostura e marketing sujo e nojento, ou pelos resultados concretos dos seus logros imundos? Vamos continuar a ser os tradicionais carneiros estúpidos e obedientes?

Fora com eles!

Veja-se a frase no redapé do blog desde a sua reabertura.

Ler mais...

A Actual Ditadura Portuguesa

Os cinco pilares da democracia (Instrução, Saúde, Justiça, Segurança Social e Comunicações) deveriam gerar uma maior igualdade e homogeneidade na população. Mas como não são seguidos originam o contrário duma democracia, a desigualdade, castas e classes, tanto como ricos são favorecidos pelas leis, como estas e a constituição são contornadas viciosamente e com maliciosa corrupção.

Estes procedimentos de acordo com as melhores regras anti-democráticas, originaram o país europeu não só com o maior número de pobres, mas também com maior desigualdade entre ricos e pobres. Além de que os políticos escolheram que o Estado, contrariamente à regras democráticas, deveria cobrar menos impostos aos ricos e mais aos pobres, chegando quase a dispensar os bancos de pagamento de impostos, tanto estes lhes têm sido reduzidos. Assim, os bancos com a sua quase isenção de impostos e as grandes firmas latifundiárias a cobrarem preços acima dos europeus e a pagarem ordenados de morrer de fome, roubam a sociedade. O que não pode acontecer sem o acordo táctico de políticos corruptos até ao tutano. Fá-lo-ão sem nada ganharem?

Os bancos e as grandes sociedades não param de aumentar os seus lucros dum modo escandaloso – todavia, não menos escandaloso do que o modo como são tratados por governos corruptos – frequentemente a um nível bem superior à média europeia, enquanto que os pobres rebentam à fome ou roubam para não rebentarem, para o que os políticos velhacos encontram a melhor solução pondo mais polícias na rua! Com o andar dos tempos, estes métodos de desamparo da sociedade vão gerando uma criminalidade muito mais pesada do que a dos pequenos roubos para a qual o aumento de polícias na rua deixará de ser uma mezinha. Quererão os burlões fazer-nos esquecer a regra verificada em todo o mundo, em que o aumento de miséria conduz impreterivelmente a aumento de criminalidade? Tomam os tolos por aquilo que são, senão os espertalhões parasitas há muito teriam sido corridos e expatriados.

Por outro lado, seguindo precisamente a mesma ideia de base anti-social e anti-democrática, atribuem-se salários desproporcionada e ultrajantemente altos, absolutamente injustificáveis, verdadeira blasfémia e afronta à população, como é o caso do salário do Governador do Banco de Portugal, provavelmente o maior do mundo para as suas funções, pelo menos o maior de qualquer país europeu ou da América do Norte. Para não falar nas múltiplas pensões de reforma individuais que sendo comutadas dariam para tirar todos os mais pobres da miséria. Outra afronta infame à população é o «direito» dos deputados a uma reforma real com meia dúzia de anos de «trabalho», por comparação aos que após quarenta recebem uma miséria. Estas enormes diferenças entre os mais ricos e os mais pobres formam uma verdadeira situação estúpida, obscena e imoral promovida e criada por políticos que só podem ser corruptos. Atribuíram ordenados escandalosos aos postos que açambarcaram com o falso pretexto de serem de confiança governamental para lá se colocarem eles e os seus correligionários.

Sendo assim, quem e com que base se hão-de convencer os funcionários públicos e outros a não reclamarem aumentos que os coloquem fora da proporcionalidade? O grande problema é que este caso não é uma excepção, mas apenas um simples exemplo da horrenda generalidade e da podre corrupção em que os corruptos nos fazem viver.

Por quanto tempo vai o rebanho de carneiros aguentar esta situação sem tugir nem mugir? Em países com populações menos carneiras e cobardes, tal situação nunca se passaria, porque quando isso estivesse para acontecer já se teriam revoltado. Jamais permitiriam que os fizessem chegar ao ponto que os carneiros cobardes portugueses têm deixado. Na Europa, só em Portugal, país de mentalidade do quarto mundo. Note-se que o problema não reside exclusivamente no partido actualmente no governo, todos operam da mesma forma porque a população a todos permite o mesmo. O problema está nos cobardes que autorizam os corruptos canalhas a sacrificar o povo soberano.

Ler mais...

Aborto Abastardado por Política Repugnante

O grande tema do referendo sobre o aborto está a sofrer enormes distorções por parte dos políticos. Estes estão a aproveitar-se para fins que denunciam as suas intenções pouco escrupulosos a que nos habituaram. Entretanto, os debates esquecem os verdadeiros problemas e tomam um caminho que vai dar pretexto aos corruptos para não resolverem os problemas reais.

Ler todo o artigo...

Ler mais...

Pensões de Reforma – IV
A Grande Burla do Século

Epílogo


Considerações gerais

Mentalidade Rasca e Atrofiada ou Corrupção e Malvadez?



Traição
O interesse e os métodos dos governos têm-se caracterizado por um desleixe completo no seu trabalho, o qual nem vale a pena delinear. Deveria, contudo, definir-se por organizar e dirigir a vida nacional no interesse e para satisfazer às necessidades dos seus patrões, o povo soberano, de quem não são mais do que simples mandatários, pouco importando aquilo por que se possam tomar.

Como pela obra se reconhece o seu autor, somos obrigados a reconhecer que não tem sido assim. Os políticos têm demonstrado ser servidores traiçoeiros que roubam os seus patrões, apossando-se do que não lhes pertence e desprezando os interesses nacionais. Pior, actuam frequentemente contra esses mesmos interesses, o que nas circunstâncias específicas se classifica indubitavelmente como traição.

Máfia
As medidas tomadas são, quase sem excepção, tardias, mal dirigidas, mal concebidas, incompetentes. Como, também aqui, pela obra se reconhece o seu autor, somos obrigados a reconhecer que este corolário só pode ter origem em gente indigna, incapaz, mandriona e relaxada, altamente corrupta, abusadora e maligna. O todo patenteado peos resultados funestos para o país. Gente que em qualquer empresa seria devidamente expulsa. Em Portugal acontece o contrário, quando as actuações de um destes reles parasitas vêm à luz do dia ele é posto na rua para poder usufruir de indemnizações milionárias. Em seguida atribuem-se-lhes cargos ainda melhor remunerados. Constantemente casos deste tipo vêm à luz, mas como os canalhas fabricaram uma lei que admite este tipo de corrupção, podem praticá-los e repetir o crime sem receio duma justiça assim tornada fantochada. Nem a Máfia Siciliana nem a Camorra Napolitana fariam melhor. Muito semelhante à Máfia política italiana.

Nesta sequência, enunciam-se mais abaixo algumas (poucas entre tantas) das conhecidas medidas tomadas que demonstram o modo como operam à toa, como fazem tudo literalmente ao contrário, desorganizadamente, a ponto de nos interrogarmos se estes indivíduos não teriam recentemente tido alta do Hospital de Júlio de Matos. Ou então se não são membros duma verdadeira Máfia. Esta organização de malfeitores não tem nem quer ter nome, mas o seu procedimento não fica atrás do da Máfia.

Um partido do centro, mais para a direita do que aquilo devia ser, coxo e apoiado pela direita, que cheira a podridão como queria dividir o bolo, tentou fazer um projecto 200% da direita, como narrado na Segunda Parte d'«A Grande Burla do Século». Após eles, apareceu este partido no governo, mascarado de socialista, com uma nova solução. Esta solução, todavia, é um logro tão grande que deixa um pronunciado cheiro. Cheiro a Máfia.

Analisando as circunstâncias em que tudo ocorreu, reparamos que os pseudo-socialistas tinham que apresentar uma solução. A que escolheram foi uma coisa que aparenta profunda estupidez. Mas pode não ser assim tanto. Afinal, ninguém crê que os políticos no governo sejam verdadeiramente socialistas. À luz das circunstâncias mencionadas e bem vista a "solução" que não solucionou nada, pois que se limitou a empobrecer os que já eram os mais pobres, é-se quase obrigado a pensar que a dita "solução" não passou duma deixa. Esta seria aproveitada pela outra oligarquia quando sucedesse à presente no governo. Nessa altura, segundo a sua óptica e aproveitando a desmesurada ignorância da população, poderão então ser eles e não estes a a aproveitar a deixa para aplicar o golpe da Segurança Social, instituindo o regime privado para os mais ricos. Estes poderão então sacar os fundos dos pobres em seu proveito, protegidos por leis corruptas feitas por corruptos para proteger corruptos e lhes garantir impunidade, como é costume. A ver vamos. Wait and see, como dizem os ingleses. Dão autênticas lições à Máfia. A não esquecer.

Incompetência
Além de todos estes problemas, as medidas adoptadas, tardias e tomadas à pressa como último recurso, atropelam a ordem lógica e não conseguem resolver os problemas, contornam-nos, especialidade de políticos manhosos e incapazes, inteligentes para acções de banditismo.

No problema atrás tratado, comparando o que finalmente se fez em Portugal e a solução dada com o que se passou em casos do mesmo âmbito noutros países, não se podem negar as conclusões a que se chegou sob este título.

Desinformação maliciosa
Observando a maneira como os jornaleiros tratam destas e doutras questões que envolvem decisões políticas em que o conhecimento da população está em deficit e em que o seu desconhecimento ou a ignorância podem pesar nas decisões dos políticos, tal como de graves consequências para a vida nacional constatamos uma indecente colaboração dos jornaleiros, contrária à utilidade da sua profissão. Conluio desleal e traiçoeiro para com o povo na sua totalidade. O caso seguinte é por si só um exemplo elucidativo.

Flagrante conluio jornaleiro
Salvo erro, em 25 de Junho de 2004, o jornal da RTP-2 englobou uma pequena entrevista com o então ministro da Segurança Social, o ministro que propunha exactamente o sistema referido na Segunda Parte deste artigo, tratado no subtítulo Solução para a matança dos mais pobres. Durante essa entrevista o mentiroso do ministro afirmou que a reforma que ele propunha para o sistema era como nos noutros países. Mentiu, pois, desavergonhadamente, por não mencionar que o que ele propunha era completamente diferente do que afirmava com falsidade estudada. A sua proposta limitava-se a favorecer os mais ricos e a roubar os mais pobres, enquanto que o que estava e está em uso nos outros países que ele dizia era um sistema de descontos obrigatórios sem distinção, para todos igual e democrático.

A jornaleira que o entrevistou não fez qualquer menção à verdadeira realidade, aceitando todas as mentiras que o monstro vomitou. E engoliu-as. Qual poderia ser a finalidade e o resultado desta entrevista, como de outras semelhantes, se não o de burlar toda a nação? Das duas uma, ou se tratava duma estúpida profundamente ignorante, portanto imprópria para o serviço, que seria melhor que a enviassem cavar terra para batatas, ou colaborou com um corrupto falso e vigarista, não podendo ela neste caso ser melhor do que o mostro mentiroso.

É assim que se encobrem todas as realidades da população que alguma vez poderiam prejudicar os políticos, se se conhecesse a verdade sobre como são verdadeiramente. É assim que se mantém o véu que cobre a população de ignorância e não se lhe permite conhecer a verdade. É assim que este bando de jornaleiros procede de aberto conluio com a corja de malandros corruptos. Ao ouvirmos a maioria das entrevistas é impossível deixar de o notar. É por casos destes, que se sucedem constantemente, que os jornaleiros não merecem consideração nem confiança, não passando disso mesmo: um bando de jornaleiros imundos e indignos. Se há excepções? Claro, como em tudo e para tudo, incluindo no que respeita aos políticos, provam a regra.

Seguem-se alguns exemplos que caracterizam o comportamento e as acções dos políticos.

Aborto
Na questão do aborto, independentemente da opinião que se possa ter e da posição que se assuma, temos que reconhecer que o aborto, ainda que possa solucionar outros problemas, não é solução para acabar com o lugar ocupado por Portugal como o país com mais adolescentes prenhas e mães. Não substitui a educação sexual ensinada nas escolas europeias desde princípios da década de 1970. Não substitui os programas e aconselhamentos de planificação familiar tão velhos noutros países e praticamente inexistentes em Portugal. Uma vez mais, começa-se pelo fim por única culpa de políticos que se recusam a cumprir os seus deveres. Rua com os parasitas!

Estradas assassinas
A mortandade nas estradas tem várias causas. As maiores são a construção das próprias estradas sob a direcção de políticos cuja responsabilidade inerente tornou assassinos em série, em consequência do elevado número de mortes que provocaram. Mas continuam impunes. Outra causa da mortandade é a incivilidade da população em geral. Todavia, os políticos irresponsáveis e assassinos, procuram eliminar estas duas causas. Limitam-se a dizer que os acidentes são sempre provocados por condutores alcoólicos e por excesso de velocidade. A questão do excesso de velocidade simples, não acompanhada por outra condição, é um factor relativo que nem se ensina como nem porquê nas escolas de condução nacionais. E esquece-se que os países sem limite de velocidade em auto-estradas são entre aqueles que se registam menos acidentes. Vão saber por quê.

As medidas tomadas para remediar este assunto são a culpabilização de «outros», as atropeladas e contínuas pseudo-mudanças do código da estrada, que demonstram a incapacidade mental para conceberem um efectivo e comparável aos dos países com menos acidentes. Nem de copiar o que está bem os monstros são capazes, mas o que está mal não param de copiar; assim transformaram o país na estrumeira da Europa. Ainda aumentam os valores das coimas e fazem caça à multa. Para quê? Que estupidez e afronta à população, como se alguma destas medidas resolvesse os problemas em questão. Começam pelo fim, pois que o problema reside apenas nas duas causas mencionadas ao princípio deste subtítulo e nada mais.

Cidades coalhadas de veículos
As cidades estão cheias de veículos que os habitantes das vilas dormitórios levam para o trabalho. Para agravar a situação, os próprios habitantes das mesmas cidades não têm onde guardar os seus automóveis porque, enquanto nos outros países a inclusão de parques subterrâneos nos novos prédios é obrigatória desde inícios da década de 1950, esta medida é bastante recente em Portugal.

Quem faz as leis é estúpido e incapaz, anda a dormir ou está no governo ou no parlamento apenas para viver à custa do cidadão comum? Governos e câmaras têm insistido, como atrasados mentais ou como impostores, para que as pessoas utilizem os transportes públicos em lugar dos seus. Todavia, nunca providenciaram para que isso fosse aceite, posto que nunca tomaram as medidas necessárias para que tal fosse aceitável. Se fosse dado a conhecer o que eles e os jornaleiros nos escondem, constatar-se-ia que na grande maioria das cidades europeias em que os transportes públicos são preferidos, existem sistemas de transportes decentes em que em geral não se espera mais de quatro minutos por um autocarro e que estão estudados para que poucas vezes se mude para chegar ao destino. Ora tudo isto se esconde para encobrir o desleixe e a incapacidade dos eleitos para esse fim, também.

Todavia, ainda aqui optaram por começar pelo fim, ou seja, em lugar de resolver o problema capazmente, escolheram o uso de medidas repressivas. Até houve quem tivesse tido a ideia ultrajante e estúpida de querer cobrar uma taxa a veículos que entrassem em Lisboa e outras medidas no estilo. Se não têm capacidade para resolver problemas do género, rua com os parasitas!

Pensões de reforma
Serão necessários mais exemplos, mais argumentação ou mais provas para demonstrar que o que se passa com as pensões se encontra bem dentro do âmbito do normal dos actos dos políticos bandalhos, canalhas, incapazes e corruptos que permitimos que nos governem? Será preciso dizer também que é bem certo o velho ditado que diz que cada povo tem o governo que merece?

Se pelo menos os portugueses aprendessem a votar em lugar de votarem sempre nos mesmos (alguns até dão os seus lugares a outros não votados) ou de ficarem em casa por julgarem que não têm escolha que os satisfaça, talvez que as coisas mudassem um pouco.

Ler mais...

Aborto – SIM ou NÃO?

Este blog é francamente neutro face a este referendo. Todavia, sob um manto aparentemente simples, outras questões mais importantes se levantam. Escondidas por políticos e jornaleiros, para não destoar da malícia do costume.

Desde tempos imemoriais sempre houve alguém que se quis desembaraçar de crianças. No princípio matavam-se à nascença ou iam-se abandonar longe, método ainda por vezes em uso. Mais tarde, quando se começou a compreender que havia outras possibilidades que deixavam menos remorsos, optou-se por fazê-lo mais cedo, ou seja, antes de chegarem à luz. Os métodos podem ter mudado, aperfeiçoados pelos conhecimentos adquiridos através dos tempos, mas mais nada mudou. A ideia sempre foi análoga.

Contudo, parece que uns escondem e outros ainda não aprenderam que um feto humano, após oito semanas de gestação, está completamente formado, o que inclui dedos, unhas, pele, um pequeno cérebro, olhos, coração que bate, mexe-se e até se parece mais com um adulto que com um recém-nascido. Daí, a barreira das 10 semanas já ser ultrapassada no que respeita à existência ou não de vida. Poucos são aqueles a quem isto lhes foi ensinado.

De regresso à actualidade, têm-se observado os esforços empregues pelos estados para evitar estes acontecimentos que, no fundo ninguém deseja, muito menos aqueles que os praticam. Começou por se proibir o aborto. Em seguida tomaram-se outras medidas mais eficazes.

Nas últimas décadas houve um maior esforço em educar as massas, em instruir todos os indivíduos sobre os caminhos possíveis de evitar a continuação da matança. Tudo se fez nesse sentido, incluindo educação sexual, planeamento familiar e todos os ensinamentos necessários, para além de como usar os contraceptivos eficientemente e não à toa. Raros eram então os países em que o aborto era permitido.

Mais tarde, quando os ensinamentos começaram a frutificar e o auxílio indispensável a quem o necessitava era amplamente provido, as escassas condições sob as quais o aborto era permitido foram alargadas. Em certos países o condicionalismo foi mesmo praticamente abandonado. O conhecimento, o civismo e o sentido de responsabilidade de sociedades mais desenvolvidas tornaram-nas mais responsáveis e mais preparadas para tomar decisões acertadas e tão humanas quanto possível.

Que se passou, entretanto em Portugal? Nada. Ou quase nada, o que é equivalente a nada. Governos que se dedicaram a embrutecer a população, teriam realmente feito um esforço particular e selectivo no mesmo sentido que se verificou, entretanto, nos países que evoluíram enquanto Portugal parou? Parou, não podemos obliterar o facto de que desde o fim da Segunda Guerra Mundial, a maioria dos países europeus encontrava-se a nível idêntico, dado a maioria ter sofrido idêntica destruição. Entretanto, Portugal permaneceu intacto, mas o progresso nacional foi sempre menor. Para cúmulo, o plano Marshal foi imperdoavelmente recusado por Salazar. Deste conjunto resultou uma permanente acumulação de atraso. Nesta comparação, nas últimas décadas verificou-se um retrocesso. Não se pode pretender ignorar que dum atraso de pouco mais de 20 anos em princípios da década de 1970 (25 a 30 anos após o final da guerra) se passou a mais de 52 anos em fins de 2005, sempre em relação aos mais avançados, segundo o Eurostat.

Para os muitos que insistem em afirmar que se fez progresso, o esclarecimento é simples: houve progresso, mas sempre inferior ao mundial, donde, efectivamente, se traduziu num progressivo aumento de atraso. É mais um facto sobre o qual os governos continuam a enganar a população. Quando dizem que com eles o país fez um grande progresso sobre o ano anterior, escondem maliciosamente que os outros países também, só que o fizeram sempre muito maior, donde o que realmente houve foi um atraso igual à diferença. Afinal, contas bem feitas e não à conveniência de quem o proclama com falsidade repulsiva, o atraso continuou a aumentar logaritmicamente. Embuste!

Qualquer insistência se torna descabida; o atraso vê-se, sente-se e vive-se. A nossa situação geográfica longe do centro da Europa, permite um logro e encobrimento fácil aos embusteiros. Observa-se mais facilmente a miserável Espanha que nos é enfiada pelos olhos como um país muito adiantado, para ficarmos a pensar que se ela é assim tão adiantada, então o nosso atraso relativamente à média europeia não será assim tão grande. Se não são um bando se vigaristas profissionais, então o que são?

Em consequência, em Portugal, além da continuada e praticamente inexistência de propagação dos conhecimentos didácticos, o apoio às famílias e em especial às mulheres, também ele praticamente não existe, é rudimentar e uma afronta extremamente perniciosa feita à população. O estado actual só pode ser fruto de governantes mal intencionados. Este facto deixa as famílias e as mulheres completamente desamparadas, em que frequentemente o aborto é a única solução viável aos problemas causados por estas faltas. Fruto do trabalho dos governos.

Independentemente das razões que cada um defenda sobre a liberdade ou não de abortar, qualquer opinião esbarra obrigatoriamente com as condições verificadas no parágrafo anterior. A realidade diz-nos que a população portuguesa não tem ainda os conhecimentos, nem a preparação, nem o civismo necessários para que a liberdade de escolha lhe seja outorgada. Afirmar que as mulheres portuguesas não têm capacidade mental para tomarem essa decisão, é contar a verdade. O problema não se restringe a elas só nem é por serem mulheres, é geral e atinge quase todos sem distinção: a elas também.

Com efeito, este caso não é mais do que um entre tantos outros em que os políticos não cumpriram as obrigações a que as suas eleições os sujeitaram. Os políticos, em geral, crêem que são eleitos para servirem as suas ganâncias e não o povo seu soberano, patrão ou empregador, a quem devem vassalagem e não suserania. Nunca tomaram qualquer medida que preparasse a população para tomar decisões sobre a vida de uma criança, nem proporcionaram o apoio necessário que lhes permitisse fazer uma escolha acertada e responsável. Assim geraram a situação actual.

Casos absolutamente idênticos verificam-se em todos os assuntos que requeiram a preocupação dos governantes para as necessidades da população e da nação, alguns dos quais estão descritos aqui neste blog e que devem ser vistos porque, ainda que poucos, são bem elucidativos do que levou o país ao presente estado. Definem a regra geral.

Cabe ainda realçar que este blog não pretende fazer recomendações em geral sobre o que se deve ou não votar. Todavia, é evidente que mesmo para quem esteja convencido que a permissão para abortar deva ser generalizada, as condições de apoio pessoal e familiar, assim como o ensino sobre os assuntos estreitamente relacionados, são todos rudimentares, insuficientes ou inexistentes em Portugal. Donde, a enorme maioria da população não tem qualquer preparação para assumir a responsabilidade dos seus actos a este respeito.

É um erro fundamental admitir a qualquer pessoa assim irresponsável – não por sua culpa directa, mas porque tem votado em carniceiros – tomar qualquer decisão irresponsável sobre uma outra vida humana. Para mais, também nas circunstâncias actuais, o aborto clandestino não vai desaparecer a partir das dez semanas de gravidez. O sofrimento das mulheres continuará. Os argumentos dos liberacionistas são estúpidos por não compreenderem a realidade, sempre relativa a estas circunstâncias e avançam razões absolutamente absurdas por desprezarem essa realidade. O problema no facto é que só o conhecimento e o apoio inexistentes podem trazer uma verdadeira liberdade à mulher. Sem isso, tudo é mentira e ilusão. A liberação do aborto só pode ser humana desde que as condições mencionadas sejam previamente satisfeitas e na sua totalidade.

O interesse dos políticos é apenas na intenção de extorquirem votos com o mal da população. Novidade? Eles sabem-no perfeitamente, pois que foram eles quem arrastou a população para a fossa onde ela se encontra. Durante os oito anos que decorreram desde o referendo precedente nada fizeram para ajudar as mulheres nem as famílias.

O governo diz actuar em defesa das mulheres e nega-lhes a vacina para o cancro do colo do útero!? Fazem pouco da desgraça que semeiam e espalham por todo o país.

Observação. Os defensores da libertação do aborto fizeram um erro monumental. Para definirem um acto que impõe um “fim” ou um “termo” irrecuperável, adoptarem o termo “interrupção”, um vocábulo cujo significado geralmente expresso é o de “suspender” ou “parar momentaneamente”. Independentemente da possível realidade ou intenção, esta escolha de semântica só pode virar-se contra os que a apoiam porque fomenta a desconfiança por um fim escondido ou mascarado, ou palavreado para enganar os indecisos.

Se alguém continua enganado, embezerrado e estupidificado pelos políticos, a ponto de julgar que alguma coisa vai mudar na vida das mulheres (e dos homens, como pais), a não ser um aumento do número de abortos, veja-se mais uma opinião
de quem não é contra nem a favor.

Ler mais...

Pensões de Reforma – III
A Grande Burla do Século

Tereira Parte


Soluções Adequadas Noutros Países

Previsão
Nos países democráticos, de que Portugal não faz parte, os problemas da Segurança Social enunciados perto do início da Primeira Parte deste artigo foram há muito previstos. Pequenas comissões, formadas por especialistas competentes e não por abortos políticos parasitas ou amigos, que usufruíram de remunerações bem inferiores às que são pagas em casos idênticos neste país de miséria do quarto mundo – como de costume –, estudaram-nos, acompanharam-nos e previram as soluções com muitos anos de avanço. Haverá por aí algum político que compreenda que o significado do verbo prever não se aplica unicamente a eleições e a outros interesses políticos?

Em países de democracia mais ou menos exemplar, as medidas foram previstas e tomadas, passo a passo, nas alturas previstas. Pois, segundo recentemente afirmado pela União Europeia, Portugal é em tudo um exemplo a evitar. Portanto, como os carneiros continuavam a nadar num mar de ignorância, falar na prevenção só interessava – como de costume – para aliciar votos por logro. Aplicá-la conscientemente não importava porque não dava votos imediatos.

Estudo consciente e concepção apropriada
Nalguns países, na década de 1970 notou-se a baixa de natalidade que seguiu o chamado baby-boom do pós-guerra. Estudou-se o caso e conclui-se que essa baixa de natalidade deveria continuar a acentuar-se nas décadas futuras. Note-se que estes estudos não são efectuados por políticos como em Portugal, mas por pessoas de comprovada competência. O mesmo é válido para a administração do estado.

À parte as soluções mencionadas abaixo, outras medidas foram tomadas. Vários factores foram contados para o cálculo dos valores das pensões, como o número de filhos criados, assim como o número de anos em que eles dependeram dos pais. Pensou-se, assim, em estimular as populações para contrabalançar a baixa de nascimentos. Em alguns países este factor já existia do anterior, por ser reconhecido que os filhos quase sempre concorrem para perdas nos descontos dos pais. Consideraram-se ainda o número de anos de cotização, os montantes sobre os quais as cotizações foram deduzidas, assim como as bonificações por funções educativas e de assistência. Estabeleceu-se um montante máximo para qualquer pensão. Tomaram-se praticamente todos os factores financeiros, físicos e humanos em linha de conta.

Claro que estes cuidado e estas previdências jamais mereceram a atenção dos políticos portugueses. Não dão votos imediatos.

Nada do aqui se narra é segredo. Os sistemas de Segurança Social de todos os países da União Europeia – e não só – têm sites na internet com tudo bem explicado e onde se podem tratar de todos os assuntos relativos. O que faz parecer o site da nossa como uma lixeira. Além de estar cheio de estatísticas e dados bibliográficos, quase nada se pode tratar por esse meio e pouco informa de interesse prático. típica concepção, o contrário seria de estranhar. Nos sites dos outros países, não, só que a maioria das pessoas se preocupa estritamente com os mexericos mesquinhos que não vão muito para lá dos escoiceadores de bolas, das tretas dos folhetinzecos e outras baboseiras do género. Como quem devia informar – os jornaleiros – desinforma, ninguém conhece nada. Porque não se hão-de os políticos aproveitar da situação? Eles não são assim tão estúpidos como parecem, têm baixos sentimentos mas astúcia para maldade.

Aplicação adequada dum estudo válido
Em posse dum estudo válido, efectuado por gente válida, os governos chamaram a si a obrigação de encontrar e propor às suas populações uma solução válida. Não podendo citar em pormenor todos os métodos concebidos, resumem-se as linhas gerais, as quais incluíam a apresentação e explicação às populações e a sua aprovação. Estabeleceu-se continuar o sistema de solidariedade baseado no esforço do apoio do estado, juntando-lhe a colaboração privada. Concebeu-se um projecto tripartido, composto pela segurança social tradicional a que se chamou o primeiro pilar; pelos descontos privados obrigatórios, regulamentados e tabelados dos empregados e das firmas que os empregavam, o segundo pilar; o aforro totalmente a cargo do segurado, comparável ao que existe em Portugal, o terceiro pilar.

Estabeleceram-se as regras gerais e particulares. Para o primeiro pilar tudo continuava como precedentemente. Para o segundo, a entidade empregadora, quando as relações de emprego terminassem, qualquer que fosse o motivo, teria o direito de ser reembolsada duma parte da sua contribuição para a conta da futura pensão do seu empregado; o cálculo do montante da devolução foi estabelecido por uma fórmula aproximadamente inversamente proporcional ao tempo em que o empregado tinha permanecido ao serviço da firma; a partir dum certo tempo a empresa perdia o direito a qualquer reembolso; a conta em questão era intocável salvo nas condições referidas. O terceiro pilar baseava-se em sistemas muito similares aos existentes em Portugal, em que o estado estimula a poupança ao máximo em contas de acesso reduzido, regulado e extremamente condicionado. Só que o estado manteria o estímulo, sempre e incondicionalmente, não como a chachada portuguesa do dá-e-tira; pôr, tirar, voltar a pôr, retirar e repor.

Conclusão
Estas reformas foram projectadas de avanço e aplicadas de forma progressiva. Em Portugal tudo foi abandonado ao deus dará até se tornar impossível continuar. Então, mente-se a torto e a direito Vem um partido e quer separar os pobres dos ricos, roubar os fundos dos pobres para dar aos ricos, favorecer estes desfavorecer os outros. Que canalhice de malvados, que balbúrdia! Em seguida vem outro partido e decide que o melhor a fazer é continuar tido como está, sem qualquer modificação e em contrária oposição ao operado noutros países. Para estes, o melhor é cortar nas pensões, já de si as mais miseráveis da Europa, fazendo alastrar a miséria. Difícil de dizer quais serão os piores canalhas, se estes os se os anteriores. É como escolher entre morrer de fome e morrer à fome.

Haverá ainda alguém que estando ao corrente do que aqui está que seja suficientemente parvo para acreditar que esta esterqueira é uma democracia, como políticos e jornaleiros apregoam? Nos países democráticos ninguém acredita nem pode acreditar. Posto que a vivem, sabem o que é. Não vivemos num verdadeiro nojo de podridão?

Nota sobre a parte final deste artigo:



No Epílogo da história de A Burla do Século vamos recordar e concluir que o que se passa efectivamente com este caso é o que acontece com tudo no país, que venha de políticos ou jornaleiros: corrupção, falsidade roubo dos fundos do estado, incapacidade e má administração, má fé declarada e descarada, publicidade enganadora, arrogância, pedantismo e tantas outras “qualidads” do género.


Ler mais...