Neste blog foram deixados três documentários muito judiciosos e bem-vindos, referentes ao post precedente, Como se Atira um País Para o 3º Mundo. Tão significativos e verdadeiramente pertinentes que merecem uma referência especial.
Um dos comentários, refere:
Não podemos acreditar nos políticos...o que fazer?
Não podemos só dizer que eles não prestam. Temos que perguntar o que fazer?
Evidentemente, é essa precisamente, a razão da existência deste blog, assim como já era a do site da Mentira! Só que os textos são bastante descritivos e precisos, o que os torna longos e enfadonhos para quem prefira ler sobre os folhetinzecos. Nem todos são adeptos do mesmo, mas os textos, que não podem ser reduzidos por abrangerem o período de algumas décadas em que os acontecimentos que fizeram de Portugal o que ele hoje é, continuam subsequentemente longos. E são sempre actuais, dado o âmbito histórico em que se inscrevem. Esclareça-se que não se trata de história escrita pelos vencedores (políticos e jornalistas), mas pelos que a perderam (o povo português).
Quanto à pergunta do comentário – se os políticos não prestam – devemos dizer que são bons? Se o fizermos, seguiremos as suas práticas que criticamos, mentimos e aplaudimos a corrupção e o estado anti-democrático: a ditadura oligárquica. Se eles tiverem um mínimo de boa vontade, terão que começar por limpar as suas próprias casas, desistindo de se atirarem como animais selvagens de rapina à conquista das presas, os mais de 2000 lugares da administração que roubam aos cidadãos competentes, passando de mão em mãp, de partido para partido, consoante os governos vão mudando. Por aí só, já se começa também com uma mais do que sensível melhoria dos serviços de administração central e municipal.
Os clãs oligárquicos são todos o mesmo. Alguém ouviu os outros partidos defenderem qualquer destas causas justas, minimamente elementares. Os partidos são úteis, os que os compõem são uma corja de clãs oligárquicos sem outra intenção de que a de por eles se servirem a si próprios.
De não esquecer o imprescindível abandono de privilégios escandalosos, como as reformas e a legislação corrupta que lhes concede tanto as reformas como a impunidade criminal e possibilita o roubo do estado. Só a partir daí se pode encetar uma conversa. Sem estes elementos não pode haver concertação nem aprovação: actos neste sentido deverão ser repudiados por pessoas honestas e os seus autores condenados, ninguém honesto pode votar neles. Todavia, ou porque há muitas pessoas desonestas, ou porque delas tiram proveito, ou porque há muitos que ignoram as suas acções, a corrupção, a maldade e a traição continuam a ser alegremente votadas. Note-se bem que votar neles é aprovar as suas acções e que, enquanto tal se verificar, ninguém dos que neles votarem tem o direito lógico de reclamar aquilo que aprova. Fazê-lo é um embuste.
Se não renunciarem a bem ao mal que espalham pelo país e população, começando pela pequena prova da renúncia voluntária dos factos acima referidos, terá que ser a mal. As Forças Armadas já provaram por duas vezes no século passado serem capazes e estão motivadas pelas razões conhecidas. Como podem aceitar a situação de desprezo e de desprestígio actual e a injustificável diminuição de salários de que sempre usufruíam por comparação a outros cargos, como os de juízes e magistrados, por exemplo?
É evidente que a conjuntura de bandalheira geral não se limita aos políticos nem à justiça. Afinal, não podemos passar em vão o facto de que sendo das mesmas gerações, foram criados por pais idênticos, em escolas idênticas, num ambiente idêntico, sujeitos a idêntica formação de carácter e educação idêntica. (O ensino, desde a tenra infância, por formadores especializados, como aconteceu nos outros países europeus, imediatamente a seguir à Segunda Guerra Mundial, nunca aconteceu em Portugal.) Pelo que uma similitude de princípios, de valores e de mentalidade não é de estranhar, muito menos de espantar. Por analogia, o mesmo se aplica aos professores e aos senhores da justiça mencionados e em geral. Cresceram todos em castelos (ou pocilgas) semelhantes. Por única culpa dos governantes, que nunca lhes proporcionaram o ensino requerido.
As causas deste estado são mais do que visíveis e estão amplamente descritas no site acima mencionado. Nas últimas décadas foram conscientemente criadas pelos políticos para que delas pudessem tirar o máximo de proveito. Não era o Marcelo Caetano quem dizia, por palavras agora difíceis de recordar com precisão, que os portugueses não estavam preparados para a democracia, em que uma das suas razões era a de serem facilmente enganados por políticos, caso estes viessem a formar um sistema mafioso? O caminho era efectuar a preparação. Recorda-se isto apenas para demonstrar como a máfia política soube efectivamente aproveitar a ocasião criada pela conjuntura.
Sobre a pergunta se “Temos que perguntar o que fazer?”, isso depende, como aqui se lê. Todavia, vista a sua arrogância, quem acreditará que se tornem honestos da noite para o dia, que releguem tudo aquilo que usurparam e a que não têm qualquer direito, que param leis honestas que não os imunizem, que passem a governar o país com consideração pela população e pelas suas necessidades?
O blog Do Mirante está repleto de diagnósticos acertados sobre o assunto, incluindo o comentário anónimo («Maldito Carnaval», abaixo mencionado), donde se depreende que o autor, apontando tão bem o dedo na direcção certa, não terá falta de imaginação em discorrer soluções. O que faz rir é ter esperança que daqueles que desmoralizaram a população com os seus exemplos e as suas leis, se espere agora moralizem a estrutura do estado sem que a isso sejam obrigados. Não é esta esperança bem diferente do que esperam os políticos dum povo que embruteceram precisamente nessa mira? Ou poderia ter sido outra a intenção? Se os portugueses, pelo menos, soubessem votar… talvez pudessem obter um pequeno resultado um pouco do género do que se passou em França pouco antes da «era» Mitterrand, como o próprio queria que o seu tempo ficasse conhecido. Mas nem isso é de esperar.
A escuridão, criada e promovida por políticos e jornaleiros coniventes, é total. O seu único intuito é o de manter o que com tanto trabalho desonesto conquistaram. Não têm nem nunca tiveram outro. De notar que esta gentalha adoptou os princípios da verdadeira Máfia, que segue estritamente, tanto nas regras como no procedimento, bem pior do que a própria máfia política italiana.Não vemos como põem de parte os seus próprios confrades, quando estes podem prejudicar os interesses dos clãs? Não vemos como de acordo com os procedimentos mafiosos celebram acordos tácticos entre os clãs, para o bem das famílias mafiosas e não o da nação que deviam servir? Primeiro o interesse geral (não do país, mas da Máfia, no seu conjunto), em seguida os interesses dos clãs oligárquicos, depois os interesses individuais dos seus componentes, o tudo sem esquecer o imprescindível ludíbrio para a conquista de votos. Teremos obrigação de aceitar sermos governados por mafiosos? De sustentar um bando de parasitas arrogantes?
Alguns alvitres para uma solução lógica foram já apresentados por ambos. De salientar os protestos e sugestões sob o título «Maldito Carnaval» deixado como anónimo em vários blogs (aqui no Do Mirante) e publicado como post no blog Mentira! Um anonimato que chama tíbio a um autor doutro modo lúcido. Pena também, que após publicação se retirem posts ou parte deles, como o «Portugal Desamparado», que esteve a seguir ao «Acredito na Polícia» no blog Aromas de Portugal, mas que desapareceu. Assim, não se pode ter credibilidade e mais não se faz do que colaborar com os corruptos de modo latente. É uma aprovação que remove qualquer direito a reclamar.
A solução, do ponto de vista deste blog e do site da Mentira! é exactamente aquela que foi defendida no comentário acima citado, «Maldito Carnaval». Além disso, um facto é evidente e está provado: os governantes são mandatários; se não cumprem o mandato para o qual foram eleitos a sua continuidade no governo é ilegal. Donde, crendo na incontestável boa intenção dos comentários em questão, não se pode compreender que quem tenha provido uma resposta, repita a pergunta na mesma.
Devido à arrogância cada vez maior dos lobos do Capuchinho Vermelho, a única alternativa que resta ao povo português é a de dissolver governo e partidos a fim de se formarem outros sem os mesmos abortos (porque se os políticos actuais são abomináveis, os partidos são imprescindíveis; até são poucos com alguma força). No intermédio deverá haver um governo de salvação nacional. Se a canalha arrogante não o aceitar a bem, terá que ser à força. Se não, ficaremos cada vez mais na cauda do mundo.
Entretanto, todos os cuidados são poucos, porque já sabemos que os falsos profetas entre os corruptos e seus defensores vão redobrar as suas promessas de melhoria, tal e qual como até hoje o têm feito, mas com um blá-blá-blá mais longo e mais forte. Sem verdadeiras e concretas provas tais balelas não podem ser aceites. Que comecem como dito acima, que mudem a legislação que lhes confere todos os privilégios e de todos os géneros. Depois então, logo se verá. Se não que saiam à força. Não é contra isto que todos reclamam. Que esperam então? Mais 30 anos, a ver se muda?
De nada serve limitar-se a lamentar casos isolados, mesmo tão justos e reais por serem demonstrativos do cancro da máfia, a menos que a causa seja também mencionada. É como tomar medicamentos para uma dor, desprezando a sua causa e origem.
Existem outros detractores da verdade ou que são simplesmente sectários políticos. Vejamos um exemplo. Ainda que a maioria da população esteja como que anestesiada a ponto de não se dar conta de certos factos que mais a têm ferido no seu âmago, a ignorância, espalhada por politiqueiros e jornaleiros, fá-la sentir que lhe dói apenas o pé quando a gangrena já avançou até à coxa. Assim, elegeu o carrasco que lhe estafou os fundos europeus de coesão e dividiu por aqueles que se conhece como tendo enriquecido escandalosamente durante os seus governos e estafou o restante pondo-o a circular, causando uma enorme inflação de miséria camuflada para arrecadar votos ilicitamente. E não só, porque tendo reduzido o número de vagas para medicina, provocou a falta deles que agora se sente atrozmente.
Agora, contrariando todas as regras de economia em uso internacional, tenta vender-se o futuro do país e dos portugueses , como demonstrado e provado neste blog. As corjas das outras oligarquias aprovam com o seu silêncio traidor, como comprovado.
Tudo nos querem esconder com uma arrogância indizível acompanhada da costumeira banha da cobra de hipócritas. O procedimento habitual. Os problemas da destruição do sistema de saúde a que chamam «requalificação», pois que de reestruturação não se trata, muitos deles surgem pela falta dos governantes em darem as explicações e satisfações obrigatórias ao seu soberano, o povo. Tudo escondem. Se não é para esconderem a desonestidade, então porque será?
Não obstante os factos constatados e inegáveis, há sempre quem atribua todas as culpas ao partido socialista. Claro que com o governo deste partido o mal não tem feito senão aumentar, a constituição é abertamente espezinhada e posta de lado. De que direito? A sua culpa pela continuidade do agravamento é indiscutível, mas a constatação da existência do diabo não torna os restantes santos. No entanto, é o que se lê em quase todos os posts de certos blogs, como o do José Maria Martins.
Chega de banha da cobra, venha ela de que lado vier. Fora com os ditadores opressores, seja de que partido forem!
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Comentários Dignos de Relevo
Tópicos: Cobardia, Ditadura, Impunidade, Indignidade, Traição
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2 mentiras:
Passarás a contar igualmente com os meus.
Abraços e até breve.
Caro mentiroso...o que versava o "PORTUGAL DESAMPARADO"?
Recordo-me do título, mas não do conteúdo.
Não alterei somente o título??
Abraço e continuemos
Mário Relvas
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