Blog do Leão Pelado



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Colaboradores:

A. João Soares, Aruangua, J. Rodrigues, Sapiens, Mentiroso



Ciclo Vicioso

Quer o queiramos reconhecer ou não, sabemos o que provocou a crise nacional agravada pela mundial, esta por causa dos especuladores. Após tanto se falar, ainda que encoberto pelos corruptos e pala desinformação jornaleira, as razões têm vindo à tona e fala-se agora abertamente, ainda que evitando de as ligar: a falta de produção (e daí de exportação) e um consumo exagerado num país que não produz. A queda de produção num país que ainda que pobre conseguia subsistir chegou-nos por dois caminhos.

Um, foi a destruição da agricultura enquanto os outros países europeus a reestruturaram. Foi o abate quase completo da frota de pesca, passando a importar-se o peixe dos países que remodelaram a sua. Foi ainda o desmantelamento da indústria em mãos mencionais de que os industriais portugueses se queixaram por ter sido entregue a empresas estrangeiras (o tal tão gabado investimento do exterior) sem que ninguém lhes desse ouvidos.

Um dos outros caminhos para a miséria actual veio do roubo, esbanjamento e mau uso dos tais fundos de coesão europeus recebidos precisamente para armar o país para a concorrência e desenvolvimento futuros, mantendo-o produtivo.

Estas destruições, orquestradas pelos governos do Cavaco foram completadas já no tempo do Guterres, que fugiu por ter vislumbrado o que aí vinha e saber que já nada mais podia fazer do que acabar de cumprir os acordos do Cavaco.

Se nos lembrarmos do que é um pouco mais recente, Portugal continuou ainda a receber avultadas quantias da UE, mas nenhum governo mais tentou sequer remediar os estragos, donde a culpa é a dividir por todos, sem excepção. Ou seja, à sua maneira todos colaboraram para a miséria do país. Por isso que se os partidos se acusam reciprocamente pela miséria actual, uma chachada, e nenhum se atreve a mencionar as verdadeiras causas, anteriores, de que são culpados e que são a autêntica fonte da desgraça nacional. Incomparavelmente muito mais grave e que provocou a queda. Com a ajuda duma verdadeira desinformação jornaleira que encobre a corrupção, nem se atrevem a tocar no assunto porque, como diz o ditado, «quanto mais se mexe na merda mais mal ela cheira».

A fim de manter a população contente, os governos usaram o dinheiro da UE para sacar votos aos incautos improdutivos, incutindo-os a gastar quanto podiam. Para tanto, facilitaram o crédito para todos os gastos improdutivos, empurrou as pessoas para comprar casa e habituou as pessoas a viverem acima dos seus meios, ou seja, a gastar 100.000$00 por mês quando ganhavam 80 ou 90.000$00. Isto em lugar de aproveitarem o algum dinheiro que ainda vinha para investir nalguns meios para o progresso do país.

Em nenhum país a população jamais comprou tantas casas como os pelintras nacionais. A falta de controlo das rendas tem feito parte do plano para estimular as compras. Há rendas extremamente baixas e outras incrivelmente altas. Não existe um controlo como em países democráticos, em que tribunais especiais anulam os contratos de arrendamento de montantes exagerados após avaliação oficial e obrigam o senhorio a baixar a renda. É uma autêntica paródia onde em tudo rouba mais aquele que tiver melhor ocasião.

Quando a fonte secou e a torneira se fechou, os corruptos, que há muito já tinham todos enriquecido, com um tipo de roubo ou outro, incluindo as reformas astronómicas. (criticadas pela UE), prosseguiram com os mesmos métodos de roubo. Começaram a aumentar os impostos, mas ainda assim o dinheiro não chegava para compensar a vida a que os corruptos tinham habituado a vivar um povo que não só deixou de produzir e de exportar, como se tornou viciosamente mandrião, julgando que trabalhar era marcar presença. Fizeram-se muitas greves por meio tostão, porém nenhuma no sentido de remediar o verdadeiro mal. Era tudo apenas para uso imediato: o trabalho, os gastos, as greves.

Entretanto, a construção movimentava rios de dinheiro, dando a ilusão de progresso económico quando na realidade só os construtores – nas mãos ca corja política – lucravam. Todo este burburinho da construção era só cá dentro, nada era exportado, ou seja, era mais um gasto nacional.

Quando os fundos europeus terminaram, as seitas mafiosas, mas cobardes, não quiseram confessar o que tinham feito do país. Que fazer, então, para continuarem a passar por santos e sacarem os tão necessários votos que lhes davam a tão desejada imunidade ao roubo? Só havia um caminho: afundar cada vez mais o país com empréstimos junto das financeiras internacionais para permitir que a população lerda, convencida por eles de que desde que entrou na UE não precisava mais de trabalhar, continuasse a gastar mais do que ganhava numa euforia suicidária.

E assim cresceu a dívida nacional, cada ano mais, inversamente à diminuição gradual de entrada de fundos europeus. Uma olhadela ao crescimento da divida revela bem esta autenticidade: quanto menos se recebia anualmente da UE maior era o aumento do endividamento externo. A dívida é pois quase totalmente da população por ter vivido muito acima dos seus meios – do que só um tolo poderia esperar consequências diferentes. Ao que se constata os tolos abundam.

Sabemos como foi, mas certamente existem incrédulos incapazes de acreditar que tudo isto pudesse ter acontecido sem que ninguém lhe tivesse feito a mínima alusão (sem que ninguém os «alertasse», dirão os papagaios que tão bem imitam os iletrados que mais colaboraram para a sua desgraça). Então não se tem sempre afirmado neste blog que os segundos culpados do estado da nação são os jornaleiros desinformadores e anti-sociais que nos escondem aquilo que nos devem contar e quando o fazem é encenado (mentem, encobrem, escolhem música e actores), fazem scoops, manipulam as informações, tentam modificar as opiniões gerais. Oh, não acaba aqui, mas se fôssemos continuar nunca mais acabaríamos os louvores a essa canalha imunda e nojenta de rascas pedantes.

Os portugueses são um povo estúpido, tal como os outros países europeus o sabem. Não eram assim conhecidos, não, porque foram estes canalhas que os embruteceram. Escondendo-lhes como se procede em países democráticos para se controlar os políticos, inibiram-nos de tentar evitar esta desgraça. Escondendo-lhes como vivem, trabalham e procedem os povos mais ricos, condenaram-nos à miséria mental e à pobreza por os impossibilitarem de trabalhar e ganhar como os outros.

Em lugar de nos informarem tudo esconderam em perfeita colaboração com as máfias, permitindo que elas tenham operado do modo que nos arrastou até ao fundo da cloaca onde chafurdamos. Incharam os miseráveis, fazendo-os crer que eram um povo avançado, inteligente e informado, quando ocupam a ponta da cauda da Europa, comem travias que os engordam e adoecem e chamam-lhes manjares. Os turistas evitam comer nos restaurantes a que nós chamamos normais, e como os capazes são tão poucos e mais caros, comem sandes; não lhes cai bem, fazem-lhes mal as delícias nacionais. Os jornaleiros fizeram os estúpidos acreditar que era tradição nacional comer bacalhau no Natal e as pobres diabos desataram a cumprir o que lhes impingiram. Os portugueses são hoje o povo mais rasca e atrasado da Europa e é assim que há já uns bons anos é conhecido.

Os portugueses de hoje são indivíduos pouco inteligentes, estúpidos, teimosos, ignorantes, com pouco entendimento, sem conhecimentos gerais. Estes atributos são os que se encontram num dicionário comum como definição do substantivo burro. Enquanto não o entenderem continuarão a piorar, de acordo com o que escreveu Victor Hugo na década de 1880, «a ignorância é a mãe da estupidez». Foi o que aconteceu em consequência do embrutecimento administrado aos portugueses pela mentira contínua da desinformação anti-social arquitectada por jornaleiros rascas e mal intencionados, de que a corrupção política tem sabido tirar tanto proveito quanto tem podido. Sane-se em toda a Europa e só os portugueses o têm ignorado pela mesma simples razão: tem-lhes sido escondido, têm sido enganados como mamões.

Clamam agora, os políticos e os jornaleiros, de que não há solidariedade na UE dar a Portugal o dinheiro intencionalmente estoirado e roubado pela corrupção política e por quererem viver acima das suas possibilidades e nada produzirem. Francamente, se outro país tivesse feito o que Portugal fez, quereriam os portugueses pagar-lhes para saírem do buraco em que se meteram conscientemente? Porque foi conscientemente que chegámos onde nos encontramos: permitimos que os políticos o fizessem.

Enganados pelos jornaleiros ou não, tínhamos obrigação e responsabilidade de corrigirmos aqueles a quem pagamos para serem nossos mandatários e não nossos mandantes. Eles não representam a vontade daqueles que os elegeram e a maioria dos escolhidos nem eleitos foram. Idem quanto à justiça que também não foi metida na ordem, duramente criticada por toda a Europa devido à sua incapacidade, mândria e colaboração dos juízes com a corrupção política que se recusam a investigar.

Por todos estes factos tampouco nos reconhecem como democracia – o que evidentemente não somos e devemos compreender e admitir que os corruptos nos atiram com a palavra à cara para se aproveitarem dela convencendo-nos a deixa-los roubar-nos – , sobretudo agora, com mais uma prova dada, cada partido em conversação (a que chamam impropriamente negociação) com a delegação do FMI e da UE.

Os portugueses ainda não aprenderam a não acreditar, muito menos confiar em políticos. Continuam convencidos de que devem votar no seu partido ou noutro para uma mudança. Que irrealismo! Até o compreenderem eles continuarão a trata-los como objectos a espoliar. Continuam a ler-se opiniões de lorpas sobre em que partido votar para mudar, como se votar nos mesmos ou noutros, mudando de máfia no poder, lhes pudesse resolver os problemas, tal a inconsciência e a ignorância. Sem pôr rédeas e cabrestos nesses animais nada continuará, só as aparências.


Ver também Debacle.

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