Blog do Leão Pelado



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Colaboradores:

A. João Soares, Aruangua, J. Rodrigues, Sapiens, Mentiroso



Implicações do Caso Freeport

Tome-se de que lado se tomar, vire-se donde se virar, este caso é a prova real do banditismo político nacional, seja qual for a oligarquia no poder ou na oposição. A escumalha é a mesma.

Se se vier a apurar a culpa do Sócrates, não ficamos a saber mais do que aquilo que já conhecemos, que os políticos se servem do estado para corromperem e beneficiarem da corrupção, circunstância já amplamente demonstrada para quem tenha memória e se recorde do que os governos do Cavaco, entre os mais corruptos que jamais houve, fizeram dos largos fundos de coesão da União Europeia, esbanjando, distribuindo-o por amigos e correligionários partidários, roubando-o e tudo o mais do pior de que nos recordamos, mas que muitos pretendem ter esquecido por partidarismo ou pelo palrar enganador dos culpados. Esta simples circunstância faz do Cavaco o verdadeiro coveiro nacional, o cabeça do governo que preparou o futuro do país causando o estado actual, agora agravado pela conjuntura mundial, aquele que também construiu as estradas assassinas.

Portanto, a eventual conclusão da culpabilidade do Sócrates não poderá ser uma novidade inesperada, inserindo-se apenas no ram-ram quotidiano do comportamento dos políticos portugueses. (Obs.: o nome de “coveiro” já foi atribuído ao Cavaco aquando da sua eleição; a Leiteira limitou-se a copiá-lo como o papagaio que é, nem ideias frescas tem.)

Se pelo contrário se vier a confirmar que o Sócrates não esteve implicado no caso não demonstra que Portugal se encontre em melhor situação de seriedade. Bem pelo contrário. Por alguma razão a fama da corrupção nacional se alastrou pela Europa fora e esta ocorrência só poderá aprofundar a ideia que se formou do país. Afinal, ambas as hipóteses são perfeitamente plausíveis.

Por um lado Sócrates é um político que, corrupto ou não como os de todas essas oligarquias gananciosas e mafiosas, tal como os outros com grande dificuldade resistiria ao contágio; por outro lado o PSD está bem colocado para ter sido o autor da carta anónima de delação. Não admira que uma calúnia pudesse chegar por esse caminho (se de calúnia se tratar); a corrupção política geral acima mencionada é de todos conhecida. Como tem sido bem visível, o PSD é um partido que quase se desmancha quando não está no poder e encontra-se actualmente num autêntico estado de frenesim e desespero. Vendo-se sem argumentação contra um governo que afinal seguiu o caminho que ele tinha delineado quando era governo, não tem ponta por onde pegar e as circunstâncias não lhe deixam outro curso que o de mentir ainda mais do que o usual dos políticos. Alguns, extremamente nojentos, como a Manela Leiteira e o Aquilino ave de rapina, conceberam em conjunto um plano no estilo do que o presente governo seguiu, todavia pior por incluir a destruição do já miserável sistema de saúde, um dos piores da Europa, assim como abandonar o sistema solidário da segurança social, ou seja perpetrar crimes contra os Direitos Humanos, porque as necessidades sociais são Direitos Humanos.

Estes bandidos assaltantes da saúde pública e das pensões de reforma, encontrando-se sem argumentação com pés e cabeça, um cala-se e a outra limita-se a vomitar as maiores atrocidades jamais concebidas, pois sabe que aquilo que aprovou antes do governo o ter concretizado era ainda muito pior. Até o malfadado comboio a alta velocidade é filho desse governo. Donde as suas vociferações mais não podem ser do que a banha da cobra para ludibriar os carneiros eleitores. Contudo, ao que se constata, quanto mais baboseiras bárbaras a Leiteira clama mais desce a sua cotação, segundo tem publicado a TVI.

Noutros países europeus os partidos da família do PSD são democráticos do centro ou mais para a esquerda. Recordemos que foram os partidos do PSD da Suécia, da Noruega e da Dinamarca que em grande parte financiaram o Partido Socialista no seu princípio. Em Portugal, o PSD de PSD só tem o nome, não é nem social nem democrata, mas apenas burocrata, ou não fizesse parte da podridão política nacional. O PS também se voltou para o neo-liberalismo feroz. Que o Diabo leve a ambos e nos livre doutros piores que querem diminuir os impostos para terminar de vez com os serviços sociais, já que não haveria fundos para os manter mesmo assim reduzidos, e pôr mais agentes da polícia na rua para evitar o crime com origem na pobreza e na miséria moral.

Não tenhamos ilusões, políticos santos será a mais rara das excepções e quer este caso penda para uma conclusão ou para outra, os perdedores serão sempre os mesmos: nós, que pagamos e sofremos as consequências e ainda ficamos com fama de atrasados nos outros países por permitirmos que assim seja. A justiça podre, incompetente e arrogante que leva anos a avançar também para isso contribui.

Surge ainda uma outra questão. Então o Sampaio promulgou conhecendo que se tratava dum projecto numa zona protegida?

A corrupção generalizou-se no país, tornou-se parte integrante da nossa história recente e aprovamos governos corruptos pensando que se estivéssemos lá procederíamos de modo idêntico. As únicas coisas que movem estes políticos são a competição pelo poder e a acumulação de bens materiais. O povo que se lixe, só serve para sustentar a ganância, para ser ludibriado e se lhe arrancar o voto que permite a continuidade.

Num qualquer governo o poder é exercido por delegação. O governo exerce-o em nome dos que o elegeram e entre eles podem delegar o poder, como um ministro pode delegar poderes nos seus secretários. O ministro que delega o poder pode sempre tomar ele mesmo as decisões, ultrapassando a delegação. Do mesmo modo, num sistema verdadeiramente democrático – e não apenas de nome – os eleitores também têm o direito de tomar as decisões dos seus eleitos ou de as corrigir em seu lugar. Negá-lo é treta. Enquanto em Portugal não existir um sistema sério de controlo e de avaliação dos políticos, a corrupção continuará de vento em poupa. Se não se lhes põem rédeas bem curtas nenhuma melhoria há a esperar.

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