Blog do Leão Pelado



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Colaboradores:

A. João Soares, Aruangua, J. Rodrigues, Sapiens, Mentiroso



Ignomínias de Gananciosos e Impostores

Um governo minoritário ou composto por vários partidos em coligação – esta última sendo o comum nos países nórdicos mais democráticos – deveria produzir os melhores resultados, além de representar melhor os eleitores, pois que as maiorias que se têm tido têm sempre representado cerca de 40% dos votos, indo os restantes (a maioria) para o lixo.

Por esta e outras razões já várias vezes enunciadas [Vejam-se os links ao fundo do artigo], Portugal nunca teve um governo democrático, nem representativo, nem mesmo legal.

Ora, verifica-se de novo que a ganância das oligarquias mafiosas não permite uma verdadeira democracia. Assistimos em contínuo a uma guerra pelo tacho, pelo enriquecimento ilícito e pelo roubo impune (tudo à nossa custa), em que as armas são os resultados da desgraça nacional usadas nos ataques entre os figurões empregando palavreado dirigido a uma população de atrasados mentais incapazes de discernir a malvadez do que é justo ou a verdade da patranha. É nisto apenas que esses energúmenos contam para sacar os tachos. Iguais de todos os lados, o palavreado apenas muda consoante a ocasião.

Ultimamente, por um lado ouvimos o governo apresentar vários dados manipulados em seu favor sobre vários sectores de interesse, como a economia e a pobreza.

Por outro lado os outros mafiosos tentaram transformar os dados em apoio de críticas ao governo. Um deles, diferente por errado, foi a crítica do Paulo Portas de que uma diminuição registada da pobreza duma ordem de 0,1% era um agravamento. Ora, tendo em conta a recessão, esse resultado até deve ser equiparado a um milagre. Está bem longe do que se precisa, mas em evidente contrariedade com a afirmação do Portas.

O Sócrates tem-se visto obrigado – e muito bem – a engolir a sua arrogância ao felizmente ter perdido a maioria. Do lado do PSD e do CDS ouvem-se autênticas bestialidades desarrazoadas por desprovidas de sentido. Dizem que é arrogante como antes quando todos sabemos bem isso lhe ser agora impossível, ainda que o queira ou quisesse ser. É que há sempre os crédulos que ouvem sem ver nem pensar. A voz vai-lhes directamente ao coração sem lhes passar pela cabeça. Não será por isso que os germânicos dizem que os portugueses pensam com o coração e sentem com a cabeça? Bom, na verdade até dizem muito pior e mais grave.

Se tirarmos o motivo único destes ataques de ambos os lados – a ganância e o roubo impune – nada fica de útil. Estamos num país sem igual na Europa, onde os mais favorecidos ganham seis vezes menos que os outros, ou vice-versa. Alguém ouviu algum partido ou jornaleiro dizer ou fazer algo para fechar o fosso? Alguns dos últimos aludem por vezes, envergonhadamente, mas para eles não dá para os scoops da coxinha com música de pranto ou outros com maior encenação.

Ou melhor, sim, houve dois que apontaram a essas diferenças tão exageradas. Um foi o Pedro Coelho a gozar a população com uma proposta quase envergonhada de diminuir os ganhos dos que mais auferem em 5%. Gozar, porque entre 5% e seis vezes, apenas no seu ver de ganancioso, pode ser adequado. Não obstante, ainda ontem se ouviu na Lavandaria Nacional um alarve apregoar que os portugueses podiam contar com o PSD. Viu-se e continua a ver-se como.

O outro que condenou as diferenças exageradas foi o Hernâni Lopes, um velho que, por o ser, por se ter retirado da luta partidária e por já não ser atingido por qualquer medida do dessa ordem, alvitrou mesmo reduções de 30%, muito mais justas.

O esbanjamento do nosso dinheiro pelas associações de criminosos tem de acabar. Mesmo que difícil quando os mais altos cargos da nação estão ocupados pelo pior primeiro-ministro de sempre, e pelo segundo pior. Aquele que permitiu o roubo dos fundos de coesão que deveriam ter preparado o país para enfrentar o futuro; e o aldrabão e vigarista que o tem secundado com na destruição do país. Pior é só não haver quem os substitua. Que desgraça!

Após a ordinária e pulha da Manela Leiteira temos um velhaco finório bem treinado em sonsice. Diga-se em abono da verdade, que se os portugueses tiverem capacidade para discernir – e até agora tem-se provado o contrário – tudo é preferível à bruxa que ele substituiu. O grande mal do Coelho é apenas ser um extremista em neoliberalismo, o que implica o inexorável aumento do fosso entre mais ricos e mais pobres e um maior afastamento democrático da Europa em prejuízo dos últimos. Tirar aos que menos têm para dar aos que mais têm. Estranho, que os raros que se encontram no meio possam continuar que jamais serão atingidos, mesmo com o que nesta altura presenciamos.

Calma, estamos ainda longe do fim e muitos deles irão ainda ficar desempregados. Os partidos nada farão senão utilizar esta questão incontrolável para propaganda. O governo mostrará que fez muito e bem e a realidade dirá se sim ou se não consoante a miséria aumente pouco ou muito, embora um aumento seja inevitável. Os outros esperam pelo aumento para acusarem, mesmo se ele for relativamente pequeno. Não é uma previsão, é a própria lógica mesmo, a sequência dos factos aliada ao conhecido procedimento das corjas. De qualquer modo, não terão grande dificuldade em derrotar o governo, visto tradicionalmente nenhum consiguir ultrapassar uma crise financeira que aumente muito a miséria nacional.

Pelas ideias, idiotas mas prenhas de malícia, com que nos bombardeiam, pode deduzir-se sem margem de erro que, à parte as diversas seitas mafiosas a que pertencem, os métodos das oligarquias são absolutamente idênticos, tentando manipular os casos à medida das suas conveniências consoante forem aparecendo e de que lado o vento sopre. Apenas se preocupam em mentir para atraiçoar os que, estupidamente, continuam a votar neles. O seu procedimento é análogo ao de qualquer associação de criminosos.

Estes métodos são, ainda assim, compreendidos por um certo número a quem repugnam e provocam desinteresse e abandono do voto. Vêm a inutilidade da escolha e abstêm-se. Não é todavia assim que se conseguirá virar o bico ao prego. Há que martelar no prego com força e acerto. Há que dominar a besta, pôr-lhe açamo, rédea curta, fazê-la passar fome e chicoteá-la, coisa que nem aos animais de carga se deve fazer, porque esta besta que nos rói a alma e a carne, ou a dominamos mesmo ou ela nos deixa com os ossos limpos de cerne e de pele. Procedamos antes que até o tutano nos chupe, que depois já não haverá salvação. Se a bem não for possível, a mal terá que ser. Assim é que não se pode continuar.

5 mentiras:

A. João Soares said...

Caro Leão,

Uma boa análise. Sugiro, no entanto que retoque algumas frases. No 3º parágrafo em vez de chamar à população atrasada mental talvez fique melhor pouco esclarecida ou ingénua, ou outra expressão que queira dizer o mesmo sem repelir alguns leitores!
No sétimo parágrafo a frase «os mais favorecidos ganham seis vezes menos que os outros» lança um pouco de confusão, parecendo melhor escrever dois «mais» ou dois «menos».
Mas como diz, a lógica leva a que tudo continue na mesma porque os beneficiados não vão prescindir das suas regalias pacificamente.
Terá de haver bordoada (cacetada) da rija.

Um abraço
João

Anonymous said...

Por alguma razão se disse que havia mais 600 milionários em PORTUGAL.

Bastou ouvir a sessão do ESTADO NAÇÃO para fazer a análise de como vai este PORTUGAL.

PLANTAÇÃO DE NABOS, não direi NABIÇAS porque em jovem conheci uma NABIÇA que fazia o seu jeito aos mais jovens ( ainda era a 1 escudo a moda da rapidinha e á pressa).

Aquela sessão de ontem deu mesmo para pensar que NABOS este PORTUGAL está semeando, tude se rege aos numeros, quando se sabe que numeros são MALICIOSOS.

Conheço casais que EMIGRARAM (FUGINDO desta miséria), se os numeros dos desempregádos são os que o PM afirmou, QUE VÁ DAR BANHO AO CÃO.

Anonymous said...

Desculpe mas não me identifiquei nos dois comentário de anónimo - TOUAQUI42 e o email já conhece, um ab

FRF

Mentiroso said...

Caro A.J.S.,

«Atrasados mentais» do terceiro mundo é exactamente como os portugueses são conhecidos nos países avançados e até nos menos, como em França. O que lhes dá esta opinião, segundo eles próprios o dizem, é o seu comportamento face à corrupção política. Pu seja, os portugueses não serem capazes de obrigar os políticos a fazerem o que o país precisa e deixarem que os corruptos lhes façam constantes lavagens cerebrais, aliás improdutivas a qualquer mentalidade normal. São os resultados das políticas, legislação, burocracia e outros do mesmo âmbito obtidos pelos seus eleitos sem controlo do povo. É esta a realidade que forma essa opinião sobre os portugueses nos países avançados. É assim que eles são.

É preciso ser realmente um atrasado mental para acreditar nas reportagens de elogio dos estrangeiros aos portugueses.

Ora, como Victor Hugo escreveu, «a ignorância é a mãe da estupidez». Desta forma, também a mãe da miséria.

Esconder a realidade às pessoas e impedi-las de a conhecer e assim de poderem desejar corrigir o que está mal é um crime contra elas, igual ao que os infames desinformadores infligem à nação em geral, tornando-os tão culpados dos crimes políticos como os próprios autores, pois que mantêm o povo na ignorância (o caminho para a estupidez), às mãos dos seus algozes. É isto. Não lhes dizer verdade sobre eles é um crime.

É o mal de muitos blogs: esconderem a realidade, manterem o pesado véu de ignorância sobre quem os ler, tratarem criminosos com deferência, abordarem assuntos com parcialidade. A situação que assim ajudam a criar só poderá ser arrasada a mal. Pelo que se vê, pelos resultados que desse modo se podem alcançar, só poderá ser isso que pretendem: uma revolução. Porque escondendo para manter a ignorância nada mais se vai poder fazer sem pancadaria da forte.

Mentiroso said...

Caros Anónimos,

A realidade é esta. A mentira, o jogo dos números ao lado do desprezo pelas pessoas e pelos interesses básicos só podem gerar estes resultados. Mais facilmente e pior quando os números se manipulam tão facilmente e sobre eles se pode emitir qualquer opinião, certa ou errada, para influencias mentes simplistas, por isso extremamente influenciáveis.