Blog do Leão Pelado



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Colaboradores:

A. João Soares, Aruangua, J. Rodrigues, Sapiens, Mentiroso



Quel culot!

Sobre a entrevista do Presidente da República em 17-11-07.
Com que então, "se não fizermos as reformas agora, temos de fazê-las mais tarde em situação mais penosa"!? É preciso ter verdadeiro descaramento de político corrupto para largar destas. É chamar tarados a todos e gozar o Zé Povinho. Então o senhor presidente toma todos por alarves amnésicos? Quel culot! Diriam os franceses.

Alarves amnésicos são apenas os que votaram em si, embrutecidos pelas suas políticas a ponto de se esquecerem da corrupção com que os seus governos esbanjaram os fundos europeus de coesão e lhes arruinaram o futuro, enquanto nos outros países com políticos menos corruptos, esses mesmos fundos foram aplicados na preparação para o futuro que se conhecia, vindo a melhorar substancialmente o nível de vida das suas populações. Os seus governos desprezaram completamente os interesses nacionais e usaram o dinheiro em proveito próprio e para extorquir votos. Porque é que os seus governos não o fizeram, quando receberam montanhas de dinheiro única e especificamente para esse fim!? Quel culot!
Os governos que dirigiu partilharam os fundos de coesão europeus, distribuindo-o pela pandilha de pulhas corruptos & amigos que compunham os seus governos. Não é de crer que o Sr. Presidente o tenha feito, mas que a canalhada que o cercava o fez não resta dúvida, é do conhecimento geral em todo o país. De tal modo que nem vale a pena insistir sobre um facto tão amplamente conhecido e reconhecido.

Das sobras, depois de todos os parasitas já se terem enchido, uma pequena parte foi mal administrada e mal usada (são os resultados que o demonstram). O remanescente foi posto em circulação a fim de criar a ilusão de que se vivia bem e ludibriar os eleitores para lhes sacar os votos. Deste modo, votos roubados, evidentemente.

Os usurpadores enriqueceram com os fundos de coesão e encalacraram o futuro da população, projectando-a em profundo atraso e na miséria actual.

E a falta de médicos? Quem foi que decretou a redução das vagas para medicina? Quem é o responsável pelo estado de miséria da falta de médicos actual? Quel culot!

Outro factor não menos importante deve-se a política acima descrita e o dinheiro posto em circulação terem induzido a população em crer que já não era preciso trabalhar, era só colher os frutos como no Éden. Vivia-se num limbo. Por má administração e alta corrupção, foram assim delapidados os fundos que deveriam ter preparado o país para enfrentar o futuro previsto; lembremo-nos de que era unicamente para prover a estas dificuldades futuras que os fundos europeus foram entregues àquele bando. Mas esse bando de canalhas parasitas encobriu a finalidade, deturpando o sentido, roubando e estafando os despojos.

Nesta sequência, os discursos de falsidade e as acções governamentais mergulharam a população num torpor mental e transformaram-na num bando incapaz de calões e mandriões. A mão-de-obra cresceu até se tornar na mais cara da União Europeia. Os salários sempre foram dos mais baixos, e são, mas como o trabalho é feito por calões, inexperientes e ignorantes subdesenvolvidos, sai mais caro. Os governos não só não prepararam a população para o futuro, como lhes incutiram a mândria, como referido.

Hoje, conhecendo a situação actual e os factos que lhe deram origem, algumas perguntas se impõem. Os governos que provocaram este caos eram dirigidos por um economista. O que levaria esse economista a praticar tais actos contra o povo que o elegeu? Seria por incompetência, por maldade, por irresponsabilidade ou por qualquer outro motivo?

Se foi por incompetência ele não poderia ser o eminente economista que a fama, nesse caso ilegítima, lhe atribui. Se era realmente um distinto economista, não poderia ignorar as consequências das decisões dos seus governos, as quais, em qualquer caso, eram sempre de sua responsabilidade, directa e inteira. Se não o ignorava só o poderia fazer por má intenção. Não é de crer que tenha sido por má intenção pessoal, embora o mesmo não se possa afirmar sobre os seus acólitos. Se era incapaz, porque não se demitiu?

De qualquer modo, o que conta são os desastrosos e gravíssimos resultados dos seus governos para o país, que o colocaram numa situação inigualável, instável e quase insuportável, infligindo um maior ou menor sofrimento à quase totalidade da população. E não só. As acções irresponsáveis e malignas de tais governos mataram centenas de pessoas em estradas mal construídas e consideradas as piores de toda a Europa. Estradas construidas por criminosos tarados e irresponsáveis. Os hemofílicos foram contaminados por diversos vírus, incluindo e na sua maioria, pelo do VHI. Numa república nas mãos da corrupção – um milhão de vezes pior do que se fosse das bananas, antes o fosse – na qual a um certo gang tudo é permitido com uma impunidade só equiparada à completa inexistência de justiça. tudo é permito aos corruptos, inclusivamente a garantia de impunidade.

De quem é pois a responsabilidade? O que foi feito não se fez sozinho. Alguém o fez e sabe-se quem deve responder pela responsabilidade do atraso do país, pela miséria que provocou, pelos crimes de sangue.

Alguma vez se fará justiça e punirá o ou os responsáveis de tais crimes contra a população? Quando é que o povo soberano será reconhecido como tal e todos, políticos, juízes e magistrados lhe prestem contas das suas acções, a fim de que os princípios básicos da democracia possam realmente existir? O que é e para que serve a justiça ficcional e selectiva num país que um bando de políticos gananciosos, parasitas, corruptos, falsos e que se querem irresponsáveis e intocáveis, transformou na estrumeira da Europa?

Entretanto, enquanto se encobrem os crimes dos políticos e estes são afrontosa indigna e vergonhosamente protegidos, as autoridades portuguesas são acusadas pela Amnistia Internacional e pela Comissão dos Direitos Humanos por actos de violência contra cidadãos comuns, que incluem maus tratos e assassínios sob diversas formas. É este aquele a que políticos malignos, corruptos e criminosos chamam Estado de Direito Democrático, protegidos por jornaleiros indignos e imundos que escondem a verdade com conhecimento de causa. Que fantochada anti-democrática que viola as leis internas e internacionais e coloca Portugal a par das ditaduras sanguinárias com igual impunidade de criminosos políticos.

Jamais esqueçamos que ainda que no futuro o senhor presidente venha a provar ter sido um bom presidente, tal facto, num estado de direito (que Portugal tem provado e reafirmado não ser) não o poderá isentar de qualquer outra responsabilidade, seja ela qual for.

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