Pelo ludíbrio e fabricação de guerras partidárias perfeitamente orquestradas e controladas, a população desmiolada tem sido completamente dominada pela corrupção a ponto de tomar causa pelas facções corruptas num teatro onde representação e realidade se confundem e se equivalem. Ou a arte do marketing dos corruptos que dominam um povo que deveria ser soberano.
As guerras orquestradas e controladas são as “gué-guerras” armadas pelos políticos dos partidos que aparentando antagonismo mortal servem para defender e cimentar os interesses comuns. Ou seja, os partidos têm efectivamente interesse em “ocupar” o governo, não só pelos “tachos lícitos”, mas sobretudo pelos ilícitos. Os tachos ilícitos são em número múltiplas e múltiplas vezes maior do que os lícitos. Os tachos lícitos são os que, apesar de tachos, por serem ocupados por indivíduos corruptos e incompetentes são cargos governamentais. Os tachos ilícitos são todos aqueles que em qualquer país são postos a concurso e atribuídos aos que os merecem, dum modo sem corrupção. Para que os corruptos continuem a aproveitar-se desta situação é necessário que os partidos se esgrimam, mas sem jamais demolirem a estrutura que a mantém. Que façam apenas as pessoas baterem-se por eles – “dividir para reinar” – e dar a ilusão que o mal está nos partidos. Os corruptos querem ser tomados por “salvadores”. Simplesmente diabólico!
Contrariamente ao que se passa em países democráticos e até mesmo menos democráticos, os políticos portugueses adoptaram o sistema parasitário e anti-democrático de se apossarem injustificável e desonestamente de todos os cargos de chefia da Administração Pública e duma boa parte de postos subalternos em que colocam os militantes e amigos após cada eleição, atirando-se a eles como que a um despojo de guerra.
Estes cargos passam assim, o mais corruptamente possível, de mão em mão. Para poderem justificar o roubo dos parasitas à Nação, extorquido das bolsas da população, inventaram artimanhas mafiosas inexistentes em qualquer outro país europeu do modo como cá foram arquitectadas. Com alicerce na corrupção, construíram um sistema de indemnizações para cada parasita ao sair do seu cargo, como esperado quando o partido no governo for substituído após eleições. Não só se coloca um parasita indevidamente num cargo por modo corrupto, como ainda se lhe oferece uma parte do produto do roubo.
Inventaram ainda as reformas especiais para parasitas corruptos. Ou seja, como os parasitas não podem permanecer nos seus cargos roubados ao povo para lá do tempo eleitoral, insuficiente para ser considerado para qualquer reforma legal, atropelaram as regras da democracia, passaram por cima dos direitos de todos os cidadãos e obrigaram estes a pagar uma real reforma aos parasitas. Em qualquer país democrático há limites ao máximo das reformas de qualquer cidadão, seja ele quem for; mas essa regra democrática foi também espezinhada pelos corruptos nacionais. Corruptos e parasitas podem usufruir de montantes não só já por si sós escandalosamente maiores do que aqueles em vigência noutros países, como – inacreditável – podem juntar várias reformas milionárias enquanto a população aperta o cinto, não morre à fome por ter em a sopa dos pobres, mas morre por falta de assistência médica, de medicamentos. A população permite-o. Se o povo o permite porque se queixa, então, que o seu pão lhe ser tirado da boca e da boca dos seus filhos para ser dado a malditos?
Abuso escandaloso, roubo inqualificável dos fundos públicos, pago pelos doentes sem assistência, pelos velhos abandonados e à fome, pelas grávidas que passaram a ter os filhos nas ambulâncias, para já não falar nos elevadores. Uma extorsão dos pobres por corruptos parasitas que vivem à sua custa, explorando-os por vezes ao ponto de lhes provocarem a morte. De notar o facto altamente significativo da esperança de vida continuar a diminuir em Portugal.
Entretanto, os próprios corruptos apregoam a luta contra a corrupção. Que anedota! A corrupção jamais terá fim se não se tomarem decisões cruciais sobre os políticos: domesticá-los como fizeram os irlandeses e que aqui se manteve secreto pelos óbvios interesses que nem precisam de ser mencionados, mantê-los sempre com rédea curta.
É impossível reduzir a corrupção e aumentar a eficiência da administração pública ignorando a sua fonte. A origem de todos estes males e doutros vem de que os partidos açambarquem todos os lugares de chefia, tal como acima descrito e como toda a gente conhece pormenorizadamente em Portugal.
Os bandos das oligarquias de corruptos têm o arrojo de alegar que entregam estes lugares a parasitas incompetentes por precisarem de pessoas de sua confiança a fim de lhes encobrirem os seus actos criminosos. Só em Portugal acontece assim. Daqui, tudo o que há a recriminar aos funcionários, aos hospitais, aos médicos, à polícia e a todos os serviços que funcionam mal, ou a tudo em geral, terem a mesma causa. Os dirigentes e os cargos superiores são todos ocupados por parasitas corruptos.
Voltando ao ponto inicial, o domínio da população pelas oligarquias corruptas está neste momento assegurado. Enquanto os parvalhões continuarem enganados, pensando que o mal está nos partidos e cada um a defender “o seu” partido contra os outros, a corrupção não estará em perigo. Os lorpas continuarão sem compreender a que ponto estão a ser gozados e a sua credulidade explorada por uma maldade baixa e abjecta que se perpetua.
Após décadas de exploração e desdém dos oligarcas que deles se aproveitam para lhes comerem a carne, os papalvos dos portugueses ainda não compreenderam que o mal nuca esteve, está ou estará nos partidos, necessários a uma democracia, mas na cambada corrupta que os ocupa e domina sem o braço forte da população. Enquanto estes problemas não forem resolvidos nada mudará senão mezinhas e areia atirada aos olhos.
Devido à comprovada colaboração da jornaleirada indigna, que encobre tudo o que possa prejudicar as oligarquias corruptas e os interesses financeiros das grandes empresas de informação, nenhuma informação transpirou em Portugal sobre como casos semelhantes foram decapitados logo ao princípio noutros países pelas populações que não permitiram a sua continuidade. Puseram cobro à malandragem açaimando e encabrestando os corruptos, controlando-os e obrigando-os a obedecer ao povo soberano.
Quem quer que despreze factos palpáveis, exemplos democráticos de outros países e persista numa luta partidária em lugar de defender o fim da corrupção, só o pode fazer por estupidez ou por interesse ilícito.
Em conclusão, a cegueira em continuar a atacar os partidos em lugar dos corruptos, só pode servir para apoiar a perpetuação da estrumeira em que se vive. Dizer mal de um ou de outro partido de nada serve. Afinal, todos têm culpas idênticas, tanto os que desbarataram e roubaram os fundos europeus e não prepararam o país para o futuro, cujas consequências estamos agora a sofrer, como os que agravaram a miséria e a infelicidade do povo de outros modos. Já que não vemos mais longe, tenhamos um mínimo de capacidade mental para compreender factos tangíveis e inegáveis. E a coragem de pegar o touro pelos cornos. Tal como aconteceu noutros países em que a população impôs a democracia, cá também ninguém o fará por nós. A União Europeia não se preocupa com a corrupção e permite-a no seu seio. Ou estaremos à espera de que venha um arcanjo salvar-nos dos corruptos, enquanto continuamos a fazer a sua alegria, incriminando os partidos em seu lugar e a dar-lhes a vitória?
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A Vitória da Corrupção
Tópicos: Cobardia, Corrupção, Destruição, Ditadura, Malvadez, Oligarquia, Roubo autorizado
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2 mentiras:
Uma boa análise! Mas fica descrito um labirinto um ciclo vicioso de que não é fácil sair. Quem vai agora legislar para tirar os tachos aos políticos que dominam o poder legislativo?.
Eles têm a faca e o queijo na mão. Para já só vejo a Internet, através de blogs e de e-mails levantar os problemas que forem surgindo, ao ponto de convencer todo o País que está a praticar-se um abuso, uma corrupção lesiva dos interesses colectivos da Nação.
O caso da taxa do Multibanco, da Ota, do fecho de maternidades e de centros de saúde, tudo isso foi objecto de recuo, depois de a população se manifestar.
Continue a martelar nos casos concretos e, a longo prazo, irá ter o prazer de ver as soluções chegarem.
Um abraço
Cargos de confiança. Que confiança?
Não será conivência, compadrio, cumplicidade nas negociatas!
Onde fica a competência?
Pois é, só tenho perguntas a que ninguém responde!
Quem tem moral para denunciar isto, sem ter de esconder a face? Muito poucos, estou certa.
Um abraço pro-A
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